Vendas devem crescer nos próximos meses
Após um 2016 muito ruim, em que as vendas de imóveis caíram aproximadamente 10% no País, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) projeta uma retomada do mercado ainda no primeiro semestre deste ano. A expectativa da Abrainc é que até o fim de 2017 a situação será bem diferente do ano passado.
Para Luiz Fernando Moura, diretor da Abrainc, se a economia continuar dando sinais de melhora, com inflação e taxa de juros recuando, deve ocorrer uma reação rápida no setor, que é mais sensível às medidas tomadas pelo Governo Federal.
“Esperamos que a queda na taxa de juros acelere ainda mais, rapidamente para o patamar de um dígito. É importante para a reação da economia e, consequentemente, o nosso seguimento. Temos condições de reagir rapidamente, por causa da dinâmica de atuação do setor”.
Ele acredita, inclusive, que se as vendas voltarem com muita força pode até faltar imóveis novos. Isso porque, nos últimos dois anos, foram poucos os lançamentos, até pela falta de projetos aprovados. As incorporadoras, diz Moura, têm poucos empreendimentos que podem ser lançados com velocidade, em dois ou três meses.
“Comprar terreno para fazer um lançamento demora pelo menos um ano. Dependendo do ritmo da recuperação, se gerar uma procura grande, e a gente espera que sim, poderemos ter uma demanda superior à oferta em imóveis novos”.
Usados
O presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, diz que o mercado de imóveis usados é que deve salvar os negócios dos corretores em 2017.
“Os empresários ficaram mais criativos com essa longa crise econômica, buscando meios de manter as vendas por conta própria. Então, acredito que, se as coisas melhorarem um pouco, vai aquecer sim o mercado. E quando aumenta a credibilidade na economia, as pessoas não têm medo de assumir financiamento e compram mais”.
Viana Neto prevê maior volume de vendas de apartamentos de classe média, sem muita estrutura de lazer, com preço do metro quadrado mais baixo. “Falo de imóveis entre R$ 160 mil e R$ 580 mil, com média de R$ 350 mil. Até pela disponibilidade hoje, serão responsáveis pelo maior número de transações”.
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