Modelos de minibairros de São Paulo inspiram outras cidades brasileiras

O minibairro do Jardim das Perdizes, que fica na Barra Funda, em São Paulo, inspira outras cidades brasileiras e empresas. O local possui mais de trinta torres – também de uso comercial, em um espaço de 250 mil metros quadrados. O condomínio fechado concentra ruas e avenidas, além de pista de corrida, parque, ciclovia e áreas de lazer. Um projeto que ganhou vários elogios. O Sinduscon (Sindicato da Construção) aponta o projeto como uma forma de unir emprego e moradia em um mesmo espaço. E a prefeitura do Rio de Janeiro já aposta no projeto.

A instalação de bicicletários facilitaria o acesso da população (Divulgação)
Os Bairros de Uso Misto são uma solução idealizada pelo Sinduscon-Rio. Em 2005 a entidade elaborou um Projeto Piloto de Habitação Popular Sustentável que previa o potencial de minibairros em grandes áreas de terrenos vazios, próximos às estações ferroviárias, em especial ao longo da avenida Brasil.
A instalação de bicicletários facilitaria os acessos da população, o que garantiria a esses novos bairros o transporte coletivo de massa. “A vinda dos Jogos Olímpicos Rio 2016 deixará no Rio de Janeiro grandes legados. Entre eles os corredores de mobilidade urbana (TransOeste, TransCarioca, TransBrasil e TransOlímpica), que estão em fase avançada e serão incentivos e facilitadores ao surgimento de grandes bairros de uso misto ao longo de seus traçados. E podemos ainda considerar o Arco Metropolitano, que permitirá a mesma estratégia principalmente no trecho entre Duque de Caxias e Itaguaí”, afirma o presidente do Sinsduscon-Rio, Roberto Kauffmann. “Estão aqui as grandes oportunidades de o Rio de Janeiro aumentar a oferta de moradias populares nesses minibairros, com uso residencial, comercial, industrial não poluente e com serviços de educação, segurança e saúde”.
Segundo ele, já foi solicitado ao prefeito Eduardo Paes a agilização da elaboração dos Projetos de Estruturação Urbana (PEU’s), que vão permitir essas construções de uso misto, descentralizando a cidade e proporcionando à população em geral morar mais próxima de seu local de trabalho. “Só existem vantagens neste modelo para a região e para o mercado imobiliário”.
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