Saiba como aconselhar o cliente a comprar um imóvel usado ou na planta

Definir a compra de um imóvel na planta ou pronto é algo muito pessoal e essa decisão vai depender da necessidade do cliente. “Se for uma pessoa divorciada, talvez o mais interessante seja um imóvel pronto. Mas se é um casal que está programando o casamento, a melhor alternativa pode ser um imóvel na planta”, avalia Odair Garcia Senra, vice-presidente de imobiliário do Sinduscon-SP.

Há um imóvel ideal para cada perfil de comprador (Fotos: Shutterstock)
Outras variáveis incluem o fato de ser casado e estar pagando aluguel, situação em que pode ser melhor um apartamento pronto. “Se é um casal com filhos, precisa de mais quartos, enquanto o solteiro não. Mas é importante ressaltar que essa definição está ligada à necessidade do comprador”, reforça Senra.
Na compra de um apartamento na planta é necessário verificar a situação fiduciária do imóvel e o arquivamento no registro de imóveis daquele empreendimento. “Se estiver arquivado traz mais segurança. Em obra não é diferente, porque pode ou não estar regularizado no registro de imóveis. É importante também visitar o imóvel e colher informações da vizinhança antes de fechar negócio”, aconselha. Em relação ao crédito, o prazo para pagar de 20% a 30% do preço do imóvel é diluído durante a obra.
No caso de imóveis usados, é recomendável ler as últimas cinco ou seis atas e balanços para saber como está a questão financeira do condomínio e ir atrás das certidões de débito do imóvel.
“Para o imóvel pronto, o crédito imobiliário exige que toda a documentação esteja perfeita e a entrada não tem a vantagem de ser diluída”, esclarece.
Na opinião de Ricardo Paixão, vice-presidente da Rede Secovi de Imóveis, além de definir se usado ou novo, o mais importante é encontrar o imóvel ideal para cada pessoa, que tem necessidades específicas.

O ideal para quem está planejando casar é o imóvel na planta
“O ponto mais importante é o cliente entender o seu próprio perfil e os seus limites, levando em consideração três elementos: características, localização e valor”, explica Paixão. “Às vezes o cliente tem de abrir mão de algum desejo para atender às suas reais necessidades”, completa.
Para Paixão, em relação a comprar o imóvel na planta ou não, é uma questão de um estar pronto e o outro não. “De resto, as características são semelhantes. A programação do financiamento imobiliário hoje não faz diferença se o imóvel está ou não na planta. Quando está na planta, por não existir ainda o bem, o pagamento é diluído até a entrega, mas depois tudo é igual”, explica.
Segundo ele, cabe ao corretor dar um atendimento consultivo e entender o perfil do cliente para oferecer a melhor oportunidade.
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