Prédios compartilhados atraem clientes pela comodidade

Bicicletas, carros, lavanderia e até um apartamento mobiliado. Tudo para ser compartilhado entre os condôminos e controlado via internet, por rede social fechada entre os moradores. O conceito sharing economy (economia do compartilhamento) que, pela comodidade, atrai principalmente os jovens, começa a ganhar força no Brasil. É um produto atraente e que deve estar na mira do corretor de imóveis.
O empreendimento Smart Santa Cecília, na região central de São Paulo, é uma aposta da Gafisa com previsão de entrega em 2018. Além dos itens citados acima, terá espaço de coworking (escritório compartilhado), lounge – bar e piscina na cobertura, salão de festas, espaço gourmet e academia.

(Foto: Shutterstock)
Como é possível fazer muito nas áreas comuns do prédio, os apartamentos são pequenos, de 36 e 52 metros quadrados, e mais baratos, partindo dos R$ 200 mil. A aceitação foi tão grande que a Gafisa lançou outro prédio nos mesmos moldes, o Smart Vila Madalena, com previsão de entrega também para o ano que vem.
O diretor executivo comercial da Gafisa, Rodrigo Lucas Tarabori, diz que a intenção dos projetos é entender o consumidor. “Começamos a ver uma geração nova que quer ter serviços personalizados e menores áreas dentro de regiões do Centro ou proximidades do metrô, como Smart Santa Cecília”.
Tarabori afirma que a modelagem do empreendimento é feito após pesquisas verificando o que o cliente necessita. “É um projeto pronto para o uso, com, teoricamente, todos os serviços que o consumidor precisa. É um conceito que vem da cultura do consumidor e entendermos que existe uma demanda para isso”.
Espaço mínimo
A Vitacon Incorporadora e Construtora é a responsável pelo recente lançamento do menor compacto da América Latina – uma unidade 10 metros quadrados no condomínio Palmeiras-Nova Higienópolis .
Isso só é possível porque há à disposição dos moradores áreas comuns com lavanderia compartilhada, espaços de coworking, bicicletas, carros e motos compartilhados, serviços de guarda entregas refrigerados e até apartamentos compartilhados (quando o morador recebe uma visita pode locar por um dia ou uma semana).
Alexandre Lafer Frankel, CEO da Vitacon, diz que muita coisa as pessoas não precisam ter dentro de casa. “As pessoas não usam todo dia, por exemplo, um martelo ou uma furadeira, por isso vamos começar a entregar empreendimentos com ferramentas compartilhadas. Isso é legal porque a gente vai conseguir ter a furadeira top de linha para que o morador use quando tiver necessidade”.
Para ele, o compartilhamento propicia convívio social, a interação com o vizinho. “É trabalhar e conviver, talvez até fazer negócios. Temos esse conceito em nosso DNA e cada novo empreendimento que lançamos implementamos uma novidade, ou simplesmente, melhoramos o que já foi criado. Queremos proporcionar isso ao morador”.
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