Negócios imobiliários exigem empenho e disposição para driblar o aperto de crédito

Especialista: Mercado Imobiliário
Diante da escassez de crédito vivida nos últimos tempos pelo mercado imobiliário, temos buscado alternativas, pois sabemos que as saídas existem quando realmente desejamos encontrá-las.
Nas nossas idas e vindas constamos recentemente que, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, Abac, são mais de 100 mil os contemplados de consórcios imobiliários que ainda não fizeram uso de suas cartas de crédito, o que totaliza algo em torno de 10 bilhões de reais em recursos.
Na ponta do processo imobiliário, os corretores de imóveis podem buscar localizar e convencer os titulares dessas cartas de crédito de que este é um momento bom para investir em imóveis, podendo, como no caso dos usados, que a Caixa agora só financia a metade, pechinchar e fazer ótimas aquisições.
Nós da Federação Nacional dos Corretores de imóveis temos feito a nossa parte, buscando soluções para o aperto de crédito. Em maio, o Banco Central decidiu liberar bancos para usar parte dos depósitos compulsórios em operações de financiamento habitacional. Com essa alteração na exigibilidade do dinheiro que os bancos são obrigados a manter no BC, devem ser liberados cerca R$ 22,5 bilhões dos depósitos da poupança para desembolsos nas operações de financiamento habitacional.
A medida contempla sugestão que fizéramos pouco antes, na mesma época em que enviamos ofício ao presidente do Banco Central, ao diretor de Fiscalização da entidade e à presidente Dilma Rousseff, solicitando maior rigor na fiscalização do cumprimento, pelos bancos privados, de Resolução que obriga as instituições integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo a destinar 65% do saldo da poupança ao crédito imobiliário.
Destacamos tais fatos, para mostrar que sempre temos que buscar soluções para os problemas e isso tem de acontecer em todos os tempos, sejam eles bons ou ruins. Sem contar o déficit habitacional de 6 milhões de moradias, há uma série de outros números que mostram que o Brasil tem um potencial gigantesco à disposição da indústria imobiliária. O que não podemos é ficar inertes, pois só espera sentado quem se acha conformado.
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