Como será a adaptação dos corretores à nova lei de zoneamento?


Os corretores precisão estar por dentro de todas as novidades sobre este acordo (Foto: Shutterstock)
“Ainda não sabemos qual será o fim deste processo. Mas estamos acompanhando tudo com muita atenção para saber qual será a repercussão no mercado imobiliário”. A afirmação, sobre a nova lei de zoneamento, é do presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto. Ele diz que a nova lei ainda está sendo discutida e a expectativa é grande com relação ao que será definido. O importante, diz Neto, é que os corretores continuarão trabalhando – não importa quais são as mudanças. “Os corretores são intermediários dos negócios. Nunca deixaremos de trabalhar. Só temos que ficar de olho nas decisões e tocar o dia a dia de acordo com as novidades”.
Muitos dos pontos que estão sendo debatidos para a criação da lei já são rotinas em São Paulo, como o uso misto das ruas – residencial e comercial. Só precisa acontecer a regularização. “A cidade não para de crescer. Não se justifica mais que algumas ruas só possam abrigar residências, por exemplo. A lei deve acompanhar as transformações que acontecem ao longo do tempo”, afirma Neto. “É preciso ressaltar que os corredores de ônibus valorizam várias regiões. O transporte público estimula a geração de empregos e isso é positivo para todos”.
Muitos moradores de regiões denominadas “residenciais” estão reclamando por conta da possibilidade de que as áreas abriguem, oficialmente, o comércio. “Isso não deveria acontecer. Se a mudança for aprovada, a valorização dos imóveis vai acontecer”. Neto lembra que existem pessoas que se “apegam” a valores emocionais e não aceitam a mudança – mesmo se ela for benéfica. “Quem mora numa área por 30 ou 40 anos não quer que as transformações sejam incorporadas e aprovadas. A cidade não pode ficar brigando por conta da emoção. O que interessa são os benefícios que a lei pode trazer para a maioria. A sociedade tem a oportunidade de participar e deve fazê-lo”.
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