O fenômeno dos apartamentos pequenos
15 de janeiro de 2016
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novas tendências. Como corretor sempre atento ao mercado imobiliário, você já deve ter percebido o lançamento de apartamentos cada vez menores e mais funcionais. Além destes novos empreendimentos, kitnets e apartamentos de 1 dormitório prontos também estão sendo mais valorizados. E se você ainda está tentando entender as raízes dessa tendência dos apartamentos pequenos, preste atenção nesse post que a gente explica pra você.
Mudanças nas famílias
Há não muito tempo, era comum no Brasil que as pessoas ficassem na casa dos pais até casar e em muitos casos até continuavam depois de casados. Com isso, era habitual ver lares com 5 pessoas ou mais. Esse tipo de lar vem diminuindo ano após ano, enquanto os imóveis com apenas um morador crescem. Agora é mais comum que as pessoas saiam de casa para estudar, trabalhar ou mesmo ter mais independência. Também é mais fácil encontrar pessoas que optaram por não casar ou viver em união estável. Hoje, segundo o IBGE, órgão do Governo Federal responsável pelo censo da população, já são mais de 89 milhões de solteiros no país, além de quase 16 milhões de pessoas viúvas, separadas ou divorciadas.
Cada vez mais pessoas moram sozinhas
Em 2013, de acordo com o IBGE, mais de 13% dos domicílios no Brasil eram formados por pessoas morando sozinhas. O número de pessoas morando sós cresceu 35% entre 2004 e 2013. Embora uma boa parte desse público seja composta por pessoas mais velhas após a viuvez ou uma separação, o número de pessoas solteiras e mais jovens morando sozinha é cada vez maior e tende a aumentar. Hoje, 33,9% das pessoas entre 20 e 34 anos moram sozinhas. Um levantamento feito pelo portal VivaReal apontou que 14% dos imóveis procurados para compra pela chamada Geração Y, que reúne pessoas entre 18 e 35 anos, foram de 1 dormitório.
Uma mudança na economia
O número cada vez maior de pessoas que moram sozinhas tem impactado na economia e nos setores de produtos e serviços. Há uma demanda cada vez maior por alimentos em porções menores e eletroeletrônicos em tamanhos pequenos, por exemplo. Uma pessoa que mora sem mais ninguém não tem porque comprar uma margarina de 500 g ou uma máquina de lavar roupas com capacidade para 10 kg. A praticidade e funcionalidade são muito valorizadas em lares de uma pessoa só. Como o espaço e as necessidades tendem a ser menores, os produtos e serviços pensados para grandes famílias não se encaixam na vida dessas pessoas, fazendo com que o mercado foque cada vez mais em oferecer soluções para esse público.Uma oportunidade para o mercado imobiliário
Se existe um setor que soube identificar o surgimento desse público e se voltar pra ele, foi o mercado imobiliário. Lofts, studios, kitnets e apartamentos de 1 dormitório estão na mira e nos planos de construtoras em todo o Brasil, especialmente em grandes cidades. Em 2013, levantamento realizado pela área de Inteligência de Mercado da Imobiliária Lopes, 21% dos lançamentos em São Paulo foram de apartamentos de 1 dormitório. São imóveis com espaços menores e facilidades maiores.
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