Entenda como atender compradores de casas de vila

Cristiano Verardo, proprietário da imobiliária Casas de Vila, especializada nesse nicho, explica que há quatro públicos-alvo bem específicos que procuram esse tipo de casa. “O primeiro são casais jovens sem filhos; o segundo, casais jovens com filhos pequenos, até porque as casas de vila são pequenas e, na maioria, nem suportam muitos filhos ou filhos grandes”, salienta.

Corretor apresenta casa à venda em condomínios de vila (Foto: Shutterstock)
O terceiro público são solteiros, geralmente gente de outras cidades chegando a São Paulo, mas também pessoas descoladas. “E o quarto grupo são casais maduros cujo ninho esvaziou e que querem uma vida mais legal morando em vila! Isso transformou nossa forma de atender. O nosso ‘Quem Somos’ do site nos guia! Queremos atender gente como a gente. Queremos que as pessoas nos vejam como moradores-especialistas de casas de vila mesmo, que podem ajudá-las a escolher ou não uma casa! Isso tem feito toda a diferença”, relata Verardo.
As casas de vila são tipicamente geminadas e pequenas, com 100 metros quadrados de área útil, em média. São imóveis bastante antigos, com 40 ou 50 anos, mas que guardam raízes e proporcionam uma vida com o pé no chão e uma sensação maior de segurança, segundo Verardo. São locais sem taxa de condomínio, onde normalmente os moradores apenas dividem custos, como a eletricidade do portão eletrônico. Para Verardo, são lugares mais gregários e amistosos.
O dono da imobiliária conta que encontrar interessados é fácil. “Difícil mesmo é encontrar casa de vila! Nosso trabalho, diferentemente do mercado imobiliário normal, não foca no cliente comprador, mas no cliente vendedor. São poucas as casas de vila em São Paulo, muito menos as disponíveis para locação ou venda. Aí está o foco”, garante.
Ele conta que a imobiliária funciona por meio de indicação de pessoas que gostaram do atendimento. “É muito legal trabalhar assim!”
Na visão dele, o mercado está se ajustando a um ambiente de curto prazo no mínimo desconfiado e, no máximo, ruim em termos de economia e confiança dos clientes em investir. “As locações, cujos valores caíram e se ajustaram mais rapidamente, estão sendo bastante procuradas e com negócios sendo fechados em maior volume.”
Para Verardo, as famílias de proprietários realmente interessados em vender suas casas deverão ser reunir para decidir um novo valor, abaixo do atual. “Temos ajudado tecnicamente famílias com avaliações desse tipo. Imóvel com preço irreal, na percepção do comprador, é produto envelhecendo na prateleira. Enquanto os produtos ‘fresquinhos e de preço justo’ atraem olhos, corações e dinheiro dos compradores”, conclui.
Comentários