Veja como garantir uma boa venda mesmo em meio à crise

Com a crise financeira achatando o valor dos lançamentos e com as alterações no financiamento de imóveis usados, a perspectiva para a venda de imóveis não é das melhores. Relatório da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) afirma que os desembolsos para compra de imóveis utilizando recursos da poupança devem cair 20% neste ano, para R$ 60 bilhões. O movimento daria continuidade à queda nas vendas, que foi 33% em 2015, quando as liberações alcançaram R$ 75,6 bilhões.

Na hora de calcular o preço do imóvel deve ser levado em conta também a mudança no Plano Diretor (Foto: Shutterstock)
Com inflação e juros altos, o crédito como um todo hoje é menos promotor do crescimento, diz o relatório da entidade. Assim, segundo o Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de SP), quem está querendo vender um imóvel hoje não pode dispensar um bom corretor de imóveis. “A pessoa precisa estar aberta a negociação, aceitar bens como automóveis e propostas dessa natureza. Para os corretores o importante é fazer uma avaliação clara e criteriosa para garantir um preço justo e um cliente rápido”, diz José Augusto Viana Neto, presidente do Creci.
Para manter as boas condições de negócio, mesmo em meio ao turbilhão econômico, A Abecip trabalha num novo indicador de preços de imóveis que levará em consideração características dos bens hoje não abarcadas pelos indicadores do mercado. “Temos informações de financiamentos, da análise de crédito dos bancos. Vamos equalizar pelo tamanho do imóvel, região, número de quartos, entre outros, e vamos ter uma visibilidade muito melhor do que está acontecendo”, comenta o presidente Gilberto Abreu, em entrevista para a imprensa.
Segundo os especialistas, as taxas praticadas hoje não são problema na hora da venda. “Os juros precisam ser pesquisados entre os bancos. Há taxas razoáveis e também é preciso considerar as condições cadastrais das pessoas, porque há juros especiais de acordo com o perfil e a escolha”, afirma Viana Neto.
Estar aberto à negociação de preço e condições também são fundamentais para quem quer garantir uma boa venda. “Ás vezes o imóvel está vazio, tem condomínio, IPTU, isso causa aborrecimento e deve ser levado em consideração na hora de negociar as vendas”, diz Aparecido Viana, presidente da Viana Negócios Imobiliários.
A mudança no perfil da cidade de São Paulo, com a alteração do plano diretor, também deve ser levada em conta na hora de calcular o preço. Por isso o auxílio do corretor é fundamental. De acordo com levantamento do banco Credit Suisse, o custo de terrenos e outorgas deverá subir 40%, em média, em 80% da área da cidade, deixando os terrenos mais caros para novos empreendimentos e ajudando também os imóveis usados a manter as condições de preço, mesmo em meio à crise financeira.
Comentários