Conheça as diferenças de atendimento em vários estados
A boa e velha placa de ‘vende’ afixada na janela ou na porta do imóvel. Essa ainda é a principal maneira de captar clientes em Fortaleza, capital do Ceará. “Por isso as pessoas de fora chegam aqui ficam impressionadas com a quantidade de placas, acham que tem muito mais imóvel para vender do que em outros lugares”, explica a corretora de imóveis Juliana Teixeira de Araújo Gonçalves, Mega Imóveis, de Fortaleza.
Segundo ela, lá o cliente prefere ir pessoalmente aos locais antes de procurar um corretor. “É hábito, na hora de procurar um imóvel, a pessoa ir até o bairro que prefere e fazer uma rota para ver as placas e anotar os telefones. Depois, liga e pega as características do imóvel por telefone”, diz a corretora.
Diferentemente de São Paulo, onde a maioria dos clientes busca moradias pela internet e quer saber o máximo de detalhes antes de iniciar uma negociação. No estado, o corretor aposta na visita acompanhada ao imóvel para demonstrar suas habilidades em vendas.
“Nessa ocasião, além de dirimir quaisquer dúvidas que os clientes tenham, é o momento de buscar subsídios, coletar informações de suas necessidades, para apresentar outras opções, se for o caso. O intuito é debruçar a nossa expertise à mercê do cliente”, diz Edgar Hirota, diretor da Base Imóveis, na capital paulista.
A lábia é instrumento muito usado no Rio de Janeiro para garantir boas vendas. É já no primeiro contato que os cariocas querem causar boa impressão para ganhar os clientes. “A conversa é para entender a necessidade do cliente. Depois, o corretor seleciona os imóveis que podem interessar, os apresenta e definem juntos o que irá fazer parte da agenda de visita”, explica Joao Paulo Mallet, diretor da Privilégio Imóveis.
Com e sem emoção
Em Salvador, capital da Bahia, boa parte dos corretores tem receio em passar todos os detalhes dos imóveis para os clientes. O medo é de tomar um bypass, ou seja, o interessado dispensar o corretor após saber as informações e fechar direto com o proprietário. Evitando a parte técnica, os baianos trabalho com o lado sentimental.
“A gente trabalha sempre com a emoção do cliente. No corpo a corpo, tentamos sentir o que ele precisa, entender o que ele está querendo para direcionar da melhor maneira”, afirma o corretor Joaquim Torres, da Nova Imobiliária de Salvador.
Já em Curitiba, capital do Paraná, talvez estejam os clientes mais exigentes, pelo menos é o que acham os corretores do estado. “A compra de um imóvel é uma coisa emotiva, mas aqui o cliente tem uma noção técnica muito grande. O curitibano prima pela qualidade técnica e quer atenção personalizada desde atendimento ao telefone até praticamente pegar a chave do imóvel”, detalha o corretor Gercindo de Souza Pereira, da Baggio Imóveis.
Público variado
Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina, os corretores de imóveis precisam ser pacientes e saber se relacionar com pessoas com as mais variadas culturas. Isso porque a maioria dos compradores vem de fora do estado, e do primeiro contato até a visita ao imóvel por transcorrer um longo período.
“São clientes do Rio de Janeiro, de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul. Cada um tem ideias e perspectivas diferentes, e até a forma de negociar muda muito. O que conta é o primeiro impacto, se a pessoa gostar do local, ela compra. Até porque a cidade tem muitos corretores, então não falta gente para assessorar”, conta Ronaldo Limberger dos Santos, da Max imóveis.
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