Chaves com o zelador? No futuro, não mais!
Continuando nossa série de artigos sobre o futuro da tecnologia e como ela pode impactar no mercado imobiliário, falaremos aqui sobre as portas. Sim, até mesmo isto alterará, e muito, a forma com que corretores e imobiliárias farão negócios no futuro. E já começa com um bom ponto positivo: as chaves não ficarão com o zelador, nem com vizinho, nem embaixo do tapete da porta. Na verdade, nem vai ter chave.
Apresento três formas, já existentes, de abrir portas e depois trarei outras possibilidades e aplicações para este tipo de tecnologia ao nosso favor.
Biometria
O sistema de identificação por biometria, já utilizado em bancos, vai invadir as portas das casas de seus clientes no futuro. E com isto: adeus chaves! Ou não.
Ao menos no que propõe a SmarScan, fechadura de desbloqueio biométrico tem ainda o destravamento da porta por chave, mas isto é um “detalhe” que vai ser completamente extinto em uma próxima geração de fechaduras biométricas.
Sequência de batida
Sabe aqueles “códigos secretos” que se usa para que a pessoa saiba quem está batendo na porta? Pois é, isto existede verdade – chama-se NoKey – e permite que uma porta seja destravada através de um código de batida.
O sistema percebe os impactos e, se estiverem dentro dos padrões pré-estabelecidos, ele libera sua entrada.
NFC
NFC é uma tecnologia sem fio já presente em smartphone, onde permite que sejam troca de arquivos entre aparelhos por simples aproximação entre eles. Mas isto é só um exemplo da tecnologia.
Para abrir portas, o NFC foi aplicado a um anel, onde que ele vai fazer o desbloqueio da porta aproximando a mão (o anel) de um receptor na porta. O produto está para arrecadação de fundos no Kickstarter e chama-se NFC Ring.
Mas o mesmo pode acontecer com o seu smartphone, que é basicamente a mesma forma que acontece com os pagamentos por smartphone – não de pagar pela internet, mas com a aproximação do aparelho em um receptor no caixa da loja ou mercado, como se um cartão de crédito que você não insere, só aproxima.
Ok, mas e o mercado imobiliário com isto?
Isto tudo é muito bonito na teoria, tudo parece funcionar. Mas onde é mesmo que o zelador vai perder a chave?
Para clarear o cenário futuro das nossas casas, é preciso compreender que a casa do futuro terá tudo conectado e controlável via internet ou wireless. Isto já existe, e é aplicado em diversos empreendimentos mais modernos ou luxuosos.
Bom, sendo assim, tudo será conectável e acessível via internet – obviamente com rigorosas soluções de segurança para ninguém “hackear” a casa. E o corretor ou imobiliária que detém a exclusividade na venda ou locação do imóvel poderá ativar ou desativar aparelhos ou pessoas para acessarem aquele imóvel.
Para quem ainda não leu, recomendo a leitura do post em que falo sobre o Google Glass, óculos inteligente do Google que terá (tem) aplicativos para busca de imóveis na rua, enquanto você caminha por aí. 🙂
Brevemente contextualizando: a pessoa, caminhando pela rua e que através do smartphone ou Google Glass encontra um imóvel e quer visitar. Ela pode ligar para a imobiliária ou corretor e dizer que quer ver aquela residência. Hoje o que seria feito neste caso é enviar um corretor para mostrar o imóvel ou só liberar a chave, ou pegar ela com o zelador, vizinho ou de outra forma.
Porém, com a conectividade das coisas no futuro, será possível que o responsável pelo imóvel identifique o visitante e colete ou forneça a informação necessária para ele abrir a porta através da internet. Bacana, né?
Agora leia abaixo as aplicações destas tecnologias no mercado imobiliário, mas antes saiba que nem ligar para a imobiliária será preciso, pois isto tudo pode ser feito, da identificação à liberação, pelo próprio smartphone.
BIOMETRIA: o corretor poderá solicitar a leitura e envio da digital para que seja liberado no sistema e enviada para que a fechadura biométrica passe a aceitar aquela digital por um período de tempo determinado. Simples, prático e seguro. Esta digital será coletada e enviada pelo próprio smartphone do visitante ou, muito provável, que seja enviada identificação biométrica de um registro nacional de informação – como o RG, porém de digitais.
Assim a pessoa é identificada, sabe-se o horário que entrou, o horário que saiu e pelas câmeras se pode ter a segurança final de que não fez nada criminoso por lá, hehe.
Código de batida: pelo smartphone, pode ser enviado um código aleatório, gerado para aquela pessoa já identificada por um sistema biométrico, por exemplo, e ela o reproduz na porta para ter acesso à residência. Também, obviamente, com limite de tempo e prévia permissão da imobiliária ou corretor.
NFC: enviando uma identificação de pessoa e dispositivo, a imobiliária pode fazer a liberação por internet à fechadura do imóvel. Então, com o aparelho reconhecido e o dono identificado, é só aproximar o smartphone da fechadura NFC e pronto: porta aberta.
Ainda há outras formas
No post que fiz sobre assinatura digital de documentos para vendas 100% online, falo da possibilidade de “assinatura” via token, leitura de íris ou senha por voz.
Isto tudo pode ser aplicado igualmente às fechaduras, da mesma forma, atributos e segurança dos outros métodos melhor explicados aqui.
Viveremos em um mundo onde a “internet das coisas” estará por todos os cantos facilitando e permitindo a interação de tudo e todos.
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