Alugar para universitários exige cuidados redobrados
O mercado imobiliário sofre com os efeitos da crise econômica. E uma das consequências é a dificuldade tanto de vender quanto de alugar um imóvel. Diante deste cenário, existe mais flexibilidade para propostas. No caso do aluguel, se antes o critério para escolher o inquilino era mais controlado, hoje, para não arcar com os custos do imóvel fechado por muito tempo, é possível ser mais flexível. Mas, não se deve deixar a segurança de lado. Se a ideia é alugar para um universitário, além das necessidades tradicionais para fechar o negócio, fique atento para outros cuidados que se deve levar em consideração.
A primeira questão é a mesma que vale para qualquer tipo de contrato de aluguel: a segurança financeira. Para isso, existem duas possibilidades. A primeira delas é que o universitário viabilize um fiador. “Neste quesito é importante analisar a situação financeira do fiador e pesquisar nos órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa, se existe alguma pendência”, afirma o economista Marcelo Barros. Outra possibilidade é utilizar o adiantamento de aluguel ou até mesmo fazer um seguro fiança. “Algumas seguradoras já fazem o seguro fiança. Também é possível colocar no contrato o adiantamento de três a quatro alugueis e, ao final, o dinheiro pode ser devolvido ou fazer uma compensação em caso de danos no imóvel”, explica a advogada Daniele Akamine.
A depreciação no imóvel é uma questão que deve ser levada com seriedade quando o imóvel for alugado para um universitário. “Primeiro é preciso entender quantas pessoas vão morar no imóvel porque, às vezes, acontece de viver um grupo maior do que o informado na hora do aluguel. Isso é importante também para que o imóvel não fique depreciado. Se isso acontecer, ao final, o proprietário pode precisar realizar uma grande reforma e vai perder o valor do aluguel recebido”, aponta Antônio Pessoa, economista e professor da Faculdade Boa Viagem.
Outro ponto que exige atenção é nos casos de alugar o imóvel mobiliado. “É fundamental colocar no contrato uma lista de móveis, utensílios e equipamentos que estão no apartamento ou casa e, na hora da devolução do imóvel, é necessário checar se está tudo aí e o estado das coisas”, declara o economista Marcelo Barros.
Para ele, ainda é preciso bastante atenção para os aspectos de convivência. “Com gente mais jovem, é preciso deixar bem claras as regras do condomínio para que o universitário não faça festa, exceda no barulho ou descumpra qualquer norma que prejudique o condomínio e gere multa para o proprietário do imóvel”, completa Barros.
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