Administração de imóveis: como funciona e aplicações da tecnologia
A administração de imóveis representa um conjunto de atividades destinadas ao gerenciamento integral de propriedades, envolvendo desde a seleção de inquilinos até a manutenção e a gestão financeira dos imóveis.
Assim, os administradores desempenham um papel crucial na mediação entre proprietários e locatários, garantindo a integridade das propriedades e o cumprimento das obrigações contratuais.
Neste artigo, explicamos em detalhe como funciona a profissão e como o uso da tecnologia é capaz de otimizar as atividades administrativas, desde a gestão com clientes até a análise de tendências de mercado.
Continue no artigo e tenha uma ótima leitura!
O que é administração de imóveis?
A administração de imóveis envolve o gerenciamento completo de propriedades, contemplando aspectos desde a seleção de inquilinos até a manutenção e gestão financeira.
Com base na Resolução COFECI n° 199/1985, essa atividade é regulada para corretores de imóveis devidamente registrados, que podem exercer funções diversas, como cobrança de aluguéis, realização de vistorias, manutenção de contratos e intermediação entre proprietários e inquilinos.
Além disso, o este profissional é responsável por assegurar a integridade do imóvel e zelar pelo cumprimento dos deveres de ambas as partes.
As práticas incluem elaborar relatórios detalhados sobre o estado da propriedade, gerenciar possíveis disputas e prestar orientação financeira ao proprietário. Além disso, a profissão demanda conhecimento das legislações aplicáveis, como o Código Civil e as normas locais e federais.
Na prática, como funciona a administração de imóveis?
Confira a seguir como funciona, na prática, esta atividade profissional.
Administração própria
Na administração própria, o proprietário assume todas as atividades envolvidas no gerenciamento de seu imóvel, desde a seleção de inquilinos até a manutenção e cobrança de aluguéis.
Esse modelo exige que o proprietário esteja familiarizado com aspectos legais, como a elaboração de contratos de aluguel e o cumprimento das normas da Lei do Inquilinato, além de dedicar tempo para resolver questões burocráticas e operacionais.
Tendo em vista que nesta modalidade não ocorre o exercício profissional da administração, não há menção nos documentos oficiais do COFECI a necessidade de vinculação e registro no CRECI local.
Vale ressaltar, no entanto, que a administração própria pode ser desgastante e menos eficiente caso o proprietário não disponha de conhecimento específico ou tempo suficiente.
Administração terceirizada
A administração terceirizada envolve a contratação de uma empresa ou profissional especializado, que assume as responsabilidades do dia a dia da gestão do imóvel. Portanto, tanto a empresa quanto o prestador de serviços administrativos devem possuir registro do CRECI local.
A empresa atua como intermediária entre o proprietário e o inquilino, cuidando de tarefas como manutenção, cobrança de aluguéis e elaboração de contratos. Isso permite ao proprietário focar em decisões estratégicas, enquanto a equipe contratada lida com as obrigações operacionais e burocráticas.
Esse modelo é vantajoso para quem busca praticidade e segurança, embora haja custos associados ao serviço. A experiência e rede de contatos da empresa também podem ajudar a reduzir a vacância do imóvel.
Qual a função de um administrador de imóveis?
Como vimos anteriormente, é atribuído ao administrador de imóveis o gerenciamento integral das propriedades sob sua responsabilidade, assegurando a preservação do imóvel e o cumprimento dos deveres de locadores e locatários.
Neste sentido, incluindo:
- Seleção de inquilinos;
- Manutenção do imóvel;
- Elaboração e atualização de contratos;
- Cobrança de aluguéis;
- Prestação de contas periódicas ao proprietário.
Registrado no CRECI, o administrador atua como intermediário entre proprietário e inquilino, aspecto que exige conhecimento em legislação imobiliária, especialmente em áreas como o Código Civil e a Lei do Inquilinato.
Entenda o que diz a lei sobre esta atividade
Apesar de não existir uma lei específica que regulamenta e normatiza a atividade profissional, pela Resolução COFECI n°199/1985 o COFECI reconhece a profissão como associada às obrigações e deveres da Corretagem Imobiliária.
Embora as atividades de administração e corretagem imobiliária não sejam exclusivamente semelhantes, são aplicadas à profissão as exigências, regras e compromissos em relação ao determinado pelo CRECI na Lei do Corretor de Imóveis.
Além destes aspectos, um conjunto de normas e leis acessórias e complementares estabelece as diretrizes para a atividade profissional, contemplando aspectos contratuais e de direitos do consumidor.
Neste sentido, o Código Civil regula as obrigações contratuais entre administrador e proprietário, enfatizando a necessidade de transparência e prestação de contas. Além disso, a Lei do Inquilinato detalha as responsabilidades na gestão de locações urbanas, abordando reajustes, garantias e direitos do locador e do locatário.
Por fim, o Código de Defesa do Consumidor também pode ser utilizado como referencial para a garantia dos direitos aos clientes, exigindo transparência e equilíbrio nos contratos.
Como a tecnologia pode ser aplicada na administração de imóveis?
Confira a seguir como a tecnologia é capaz de otimizar as atividades de administração de imóveis!
Tour virtual
Os tours virtuais permitem que potenciais inquilinos explorem um imóvel de forma interativa, sem a necessidade de visitas físicas. Essa tecnologia proporciona uma experiência imersiva, permitindo visualizar todos os ambientes e detalhes da propriedade em 360 graus.
Para os administradores de edificações e imóveis, isso não apenas economiza tempo e recursos, mas também aumenta o alcance e a atratividade do imóvel no mercado.
CRM imobiliário
O CRM (Customer Relationship Management) é uma ferramenta essencial para a administração de imóveis, permitindo o gerenciamento eficiente do relacionamento com clientes e potenciais inquilinos.
Essa plataforma centraliza informações sobre propriedades, contatos, contratos e interações, facilitando a comunicação e a organização das atividades. Com um CRM imobiliário, os administradores podem acompanhar o histórico de negociações, programar lembretes para renovações e gerenciar solicitações de manutenção.
Realidade aumentada
A realidade aumentada (RA) é uma tecnologia que permite sobrepor informações digitais ao ambiente físico, proporcionando uma experiência interativa e enriquecedora.
Para a administração de imóveis, a RA pode ser usada para visualizar alterações em uma propriedade, como reformas ou decorações, antes de serem realizadas. Isso facilita a tomada de decisões por parte dos proprietários e inquilinos, melhorando a comunicação entre as partes.
Chatbot
Os chatbots são ferramentas de inteligência artificial que atuam como assistentes virtuais, proporcionando respostas automáticas a perguntas frequentes de inquilinos e proprietários.
No mercado imobiliário, eles podem facilitar a comunicação ao oferecer informações sobre disponibilidade de imóveis, agendar visitas, esclarecer dúvidas sobre contratos e manutenção, entre outros.
Com um chatbot para imobiliárias, administradores economizam tempo e recursos, além de melhorar a experiência do cliente. Isso resulta em um gerenciamento mais eficiente e na satisfação do cliente, essencial para a fidelização e sucesso na locação.
Marketing imobiliário
Com a tecnologia, administradores podem usar anúncios online, redes sociais, e-mails marketing e conteúdo otimizado para SEO, alcançando um público mais amplo. Técnicas como vídeos, fotos de alta qualidade e descrições detalhadas atraem potenciais inquilinos e aumentam a visibilidade das propriedades.
Além disso, o uso de ferramentas de análise permite acompanhar o desempenho das campanhas, ajustando estratégias conforme necessário para maximizar o retorno sobre investimento, melhorar a vacância e gerar leads qualificados.
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Sistema de gestão de imóveis
Soluções em gestão de imóveis, como ERP, permitem o gerenciamento eficiente de tarefas, como cobrança de aluguéis, controle de manutenção, relatórios financeiros e comunicação com inquilinos.
Além disso, os sistemas geralmente oferecem recursos de automação, como lembretes de pagamento e geração de relatórios, que reduzem a carga administrativa.
Automação residencial
A automação residencial, como integração de dispositivos de IoT (Internet das Coisas), refere-se ao uso de tecnologia para controlar e monitorar diversos sistemas e dispositivos em uma propriedade, como iluminação, climatização e segurança.
Para administradores, essa tecnologia não apenas agrega valor ao imóvel, mas também proporciona conveniência e segurança aos inquilinos. Com sistemas de automação, os proprietários podem monitorar suas propriedades à distância, gerenciando funções essenciais e garantindo a segurança.
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Big data
A Big data envolve a coleta e análise de grandes volumes de dados para extrair insights significativos.
No contexto imobiliário, essa tecnologia permite que os administradores analisem tendências de mercado, preferências de inquilinos e padrões de comportamento, melhorando a tomada de decisões.
Por meio da análise de dados, os administradores podem ajustar estratégias de marketing, otimizar preços de aluguel e identificar oportunidades de melhoria nas propriedades.
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Conclusão
Neste artigo você aprendeu sobre a administração de imóveis, uma profissão caracterizada pelo gerenciamento eficaz de propriedades, contemplando aspectos desde a seleção de inquilinos até a manutenção e gestão financeira.
Como vimos ao longo do artigo, apesar da atividade não possuir regulamentação por lei próprio, no Brasil a atuação profissional tem como base a Resolução COFECI n° 199/1985, assim como leis acessórias e complementares, como o Código Civil, a Lei do Inquilinato e o Código de Defesa do Consumidor.
Além disso, a incorporação de tecnologias como tours virtuais, CRM e automação residencial representa um avanço significativo na eficiência da administração, permitindo uma gestão mais dinâmica e responsiva.
Portanto, a prática de administração de edificações e imóveis facilita a manutenção das propriedades, assim como potencializa a satisfação dos envolvidos, contribuindo para um mercado imobiliário mais transparente e competitivo.
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