Tecnologia melhora processos e resgata empatia no mercado imobiliário
Lideranças de ZAP+, Quinto Andar e Loft falam sobre as como melhorias facilitam acesso a informações e agilizam a jornada imobiliária, mas não substituem o contato humano
A tecnologia tem melhorado os processos no mercado imobiliário, facilitando o acesso a informações e agilizando a jornada do cliente. Ponto positivo também para corretores e imobiliárias que ganham com as melhorias, encurtando o caminho entre uma oportunidade e o negócio fechado. Apesar dos avanços, o mercado imobiliário ainda promete ter muitos ganhos com a inserção da tecnologia na jornada nos próximos anos. Mas, apesar disso, uma etapa que não tem perspectiva de mudar, e isso é visto de forma positiva pelos agentes do mercado, é o contato humano em cada transação imobiliária.
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O fim da era dos desencontros
A busca por um imóvel costuma ser um momento de entusiasmo, para muitos, é uma grande realização. A jornada deve ser simples e prazerosa. Se antes a busca era cansativa, com muitas informações desencontradas e necessidade de muitas visitas até encontrar o ideal, hoje a tecnologia simplificou o processo.
“As informações eram incompletas, poucas e não confiáveis há poucos anos. O cliente passava muito tempo tentando achar o imóvel e tinha o sentimento de incapacidade. Ele ligava e o corretor estava ocupado, quando retornava, o cliente não podia atender. De noite, quando o usuário estava disponível para procurar, as imobiliárias estavam fechadas. Terminava o dia e os corretores e imobiliárias perdiam possibilidades de fechamento de negócio”, disse Gabriel Braga, co founder e CEO do 5º Andar, durante palestra no Conecta Imobi 2021.
A inserção da tecnologia na jornada imobiliária também resolveu outra questão. Antes, o usuário não sabia se estava fazendo um bom negócio, com um bom preço, porque as informações eram assimétricas. Agora, a organização das informações online permite mais transparência ao processo.
Tudo em um só lugar e com mais agilidade
E não é exagero. As plataformas trouxeram o mundo offline para o online, com a possibilidade de encontrar todos os imóveis em um só lugar.
“Sempre trabalhamos com grande capilaridade, com todos os corretores e imobiliárias para trazer ao usuário final. Ele quer saber se o imóvel está vago, quando pode entrar, olhar boas fotos e informações completas. É um projeto de tecnologia muito grande para unir isso.”
Marcos Leite, diretor Geral do ZAP+
A tecnologia também é aliada na qualificação dos leads e aceleração dos processos. “O corretor quer captar o imóvel mais rápido e a tecnologia pode fazer isso melhor. O ser humano não precisa ficar agendando visita, isso pode ser feito de forma digital. Além disso, a pandemia trouxe o exemplo prático que é possível fazer uma videocall dentro do anúncio. É possível educar os parceiros e clientes que consegue fazer uma chamada de vídeo com uma qualificação porque o cliente já vê o que ele não quer”, acrescentou.
Não é contradição: tecnologia resgata contato humano
A tecnologia garante uma maior automação no processo e isso faz com que o corretor ou as imobiliárias tenham mais tempo para fazer contato com os clientes e atender as suas demandas. “Acelerar esse processo de automação de pontos na cadeia amplificar as oportunidades para corretores e imobiliárias que estão no lugar certo com a pessoa certa. E isso só mostra que a tecnologia não vai substituir o corpo a corpo, as sutilezas do contato humano”, disse Mate Pencz, founder e CO CEO da Loft, na palestra.
A questão é que as tarefas repetitivas são mais fáceis de serem automatizadas e isso faz com que corretores e imobiliárias possam se conectar e empatizar com questões mais qualitativas dos clientes. “Vejo a tecnologia como uma bicicleta: ela é feita para empoderar o humano, mas não anda sozinha. Ela pode melhorar os processos, até porque muitas vezes o profissional está tão preocupado como vai agendar uma visita que perde as sensações com o cliente que está tomando talvez a decisão mais importante da sua vida”, complementou Gabriel.
E como será o futuro?
Digital, mas sem abrir mão do contato humano. A jornada imobiliária será um processo mais rápido e automatizado. “Em cinco, 10 anos, todos os dados estarão mais avançados do que hoje, vejo que isso vai ser mais automatizado e personalizado. Mas não vai mudar a necessidade do toque humano em toda transação”, ressaltou Marcos.
Além disso, a expectativa é que a tecnologia ganhe espaço em outras questões. Segundo o diretor Geral do Zap+, pesquisa do DataZap revela que uma das maiores dores do mercado imobiliário é casar o momento da necessidade de se mudar com o de vender o atual imóvel. “Esses modelos vão entrar no Brasil para acelerar o processo e trazer melhorias”, disse. Outra perspectiva diz respeito ao mercado financeiro. “Espero que o mercado brasileiro consiga usar criptomoedas para fazer as transações imobiliárias. Existem algumas iniciativas no país no caminho, mas acredito que vai avançar muito ainda”, completou.
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