Saiba quando o corretor deve abrir mão dos negócios imobiliários


Se o corretor constatar alguma irregularidade no imóvel, desistir pode ser o melhor caminho (Foto: Shutterstock)
A motivação e as incansáveis tentativas de fechar negócio são características marcantes dos corretores de imóveis. Mas, mesmo eles, se deparam com momentos em que desistir é o melhor caminho. A decisão é difícil. Mas a praticidade deve falar mais alto.
Entre as razões que indicam que o “fracasso” é iminente está a documentação. Não é só o comprador do imóvel que precisa cumprir uma série de exigências para conseguir comprar ou financiar o bem. O vendedor também tem obrigações. Se ele, por exemplo, tiver dívidas com o INSS ou com a Receita Federal, ou se houver pendências com o condomínio do edifício ou IPTU, não conseguirá se desfazer do imóvel.
Nesse caso, o melhor que o corretor tem a fazer é “tirar o time de campo”. “Estas pendências tornam o imóvel indisponível. Ou seja, a negociação estará inviabilizada. O corretor terá feito a parte dele, de apresentar as partes e viabilizar o negócio. Mas, diante destes empecilhos, não há o que fazer a não ser desistir”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Defesa dos Corretores de Imóveis, ONG-ABCI, Francisco Zagari Neto.
Segundo ele, mesmo quando estiver constatado o fim das negociações, o corretor de imóveis deve sempre olhar a longo prazo e considerar as pessoas envolvidas – comprador e vendedor – como potenciais clientes no futuro. “Em muitos casos, quando um contrato é desfeito, o corretor pode cobrar uma multa. Mas essa é hora de conseguir bons resultados – mesmo num cenário negativo. Abrindo mão da multa e propondo um outro negócio, o cliente será ‘fidelizado’ e sairá satisfeito”, afirma Neto.
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