O ano em retrospectiva: 12 lições aprendidas em 2022

O ano em retrospectiva. Varanda e ruas iluminadas, cheirinho de panetone no ar: a virada do ano se aproxima e a sensação é de estarmos nos últimos 100 metros de uma ultramaratona! Num ano de altos e baixos para o mercado imobiliário, é importante olharmos para trás e honrar as lições aprendidas ao longo deste caminho.
Revisitando alguns dos principais acontecimentos a cada mês, reúno aqui 12 lições aprendidas das movimentações ocorridas em nosso setor neste ano:
1) Na crise se cresce
Os últimos dois anos foram de recuperação e retomada após a crise global acometida pela pandemia da covid-19 contudo, tanto o ano de 2021, quanto o de 2022, foram marcados por resultados históricos e surpreendentes no crédito imobiliário.
Foram mais de R $140 bilhões contratados ao longo do ano de 2021, maior valor da história da Caixa Econômica Federal, um crescimento de mais de 21% na comparação com o ano anterior e de 56,1% em relação a 2019. O aumento chega a 74,5%, se comparado com 2018.
Se os resultados de 2022 já mostraram o potencial imobiliário quando há oferta de crédito, os financiamentos deste período totalizaram R$ 151,2 bilhões no acumulado e, apesar da forte desaceleração no volume de concessão de crédito neste final de ano, é importante reforçar que mesmo em cenários de crise, houve importante crescimento.
2) Mobilidade, flexibilidade e resiliência
Segundo o DataZAP+, braço de inteligência do ZAP+, no início do ano, 55% dos brasileiros consideraram imprescindível ter um espaço para home office na residência.
Moradia e trabalho nunca mais foram vistos da mesma maneira e a cultura da semana de trabalho presencial “TQQ” (apenas às terças, quartas e quintas) movimentou o mercado corporativo, mostrando que flexibilidade e resiliência vão muito além de habilidades socioemocionais: são pré-requisitos tanto para os produtos e mercados de residenciais como corporativos.
3) Expansão de banda e de horizontes
Com a revisão das prioridades tanto para o residencial quanto para o comercial, e com a velocidade e tecnologia 5G presentes em mais de 200 cidades brasileiras, a localização passa a ter novos horizontes de possibilidades, uma vez que, para boa parcela de compradores, basta uma boa infraestrutura de dados para que aquele imóvel se torne uma boa localização!
Com isso, novas praças e oportunidades de desenvolvimento mostraram ao longo dos últimos meses, outros horizontes para serem explorados.
4) Seja insubstituível
Em um ano desafiador, fica o questionamento: como atuar de forma necessária e insubstituível? Claro que “ninguém é uma ilha” e todos estamos sujeitos a sermos substituídos, contudo, as inúmeras movimentações que vimos nas empresas neste ano nos forçam a repensar nossa atuação enquanto profissionais e provocam a reflexão para este final de ano: qual a marca que você quer deixar no setor?
Apenas habilidades técnicas não te farão um profissional de destaque. Pense nisso e invista em aprimorar seu lado socioemocional e conhecimento amplo de mercado.
5) Relacionamento é a chave do bom negócio
Stakeholder é o nome em inglês para indivíduos e organizações impactados pelas ações de um profissional e por uma empresa.
Num ano marcado por fusões, aquisições e parcerias estratégicas, saber quem são as partes interessadas na sua cadeia produtiva e de valor é fundamental para a perenidade da sua atuação e do seu negócio.
Agora me conta, quem está na sua cadeia de valor e como você tem se relacionado com todas as partes interessadas?
6) Quem não é visto, não é lembrado
Eventos, summits, imersões, expedições, meeting, mentorias. A retomada dos encontros presenciais trouxe o calendário de eventos de volta e quem se beneficiou disso, retomou uma importante rede de contatos, a exemplo do Conecta Imobi, com quase 6.000 pessoas mostrando a importância e a diferença que faz um contato olho no olho.
Como você aproveitou as conexões que fez ao longo deste ano?
7) Há mercado para todo mundo
Se o mercado de luxo permanece em alta, a expectativa da retomada do programa Minha Casa Minha Vida coloca uma demanda que ficou reprimida de volta ao mapa das possibilidades e oportunidades do imobiliário.
Entender sobre os ciclos do setor e ficar de olhos abertos para tendências de demandas são exercícios fundamentais para continuar com o bom desempenho e performance.
8) Você é mais forte do que imagina
Um ano tem 8.760 horas, contudo foram 48 delas que causaram fortes tensões para a profissão da corretagem imobiliária, com o decreto que exigiu força e união das instituições que representam a classe e, em especial para quem soube enxergar o episódio como um exercício de fortalecimento para a atuação profissional (além do teste cardíaco!)
9) Busque soluções alternativas
A forte elevação no custo dos insumos para a construção civil pode ser um catalisador para a busca de soluções alternativas ao modelo de construção tradicional.
Num mercado ainda ancorado majoritariamente em técnicas construtivas de alvenaria, a busca por soluções embarcadas em tecnologia e inovação é uma forte tendência.
10) Liderança precisa ser inspiradora
Ano eleitoral e de Copa do Mundo. Independentemente de qual time, cor ou lado você se posiciona, lideranças inspiradoras são determinantes para o engajamento de uma rede de seguidores.
Como afirmou Robson Harada, finalista do prêmio Caboré: “O futuro do marketing não está nos influenciadores, mas nas comunidades”. De que forma a sua comunidade está engajada com seu propósito e de sua empresa?
11) O imobiliário é enorme, gigante!
Marcas e empresas globais chegando ao Brasil, influenciadores e empresas nacionais exportando conhecimento para outros continentes. A troca de experiências com mercado do oriente, europa e das américas reforça o tamanho deste setor que pode não ter fronteiras quando falamos de moradia, trabalho e lazer.
Dubai, Miami, Portugal e Israel estão entre os principais destinos internacionais para a busca por novos pilares de conhecimento, inovação e tecnologias aplicadas ao setor.
Prepare as malas e escolha seu próximo destino pela busca de mais conhecimento!
12) Tecnologia continua sendo um desafio
O boom das empresas “tech”: proptech, construtech, condotech, fintech… soluções que buscam embarcar a tecnologia para escalar negócios no setor confirmam que incluir a tecnologia é o atual desafio no imobiliário. Como afirmou Gustavo Zanotto, especialista em inovação para o imobiliário: “me preocupa o quanto o humano demora para adquirir habilidades que o torne relevante frente a tanta adversidade que a tecnologia irá impor no mundo dos negócios”.
À medida que profissionais e empresas analógicos perdem espaço, a principal provocação dessa transição está em reforçarmos nosso potencial competitivo como qualidades e habilidades que nos destaquem e nos diferenciem das máquinas. Nossa humanidade nunca precisou estar tão em alta!
Que essas dicas possam inspirar o seu ano e que venha 2023!

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