O impacto de Dados e Big Data no mercado imobiliário
Tecnologia da informação permite entender o perfil dos clientes e direcionar melhor os imóveis
O uso de dados de inteligência vem transformando o mercado imobiliário. A tecnologia da informação permite produtos e serviços personalizados. Isso quer dizer que os negócios ficam mais assertivos, direcionando os perfis de imóveis adequados para cada cliente, seja para a compra ou aluguel.
O Impacto de Dados e Big Data no Mercado Imobiliário foi tema de um debate na tarde desta terça-feira (19) no Conecta Imobi 2021. Participaram Ricardo Paixão, CEO da iConatus, empresa de dados e tecnologia da informação, e da Marc Negócios Imobiliários, e Gustavo Zanotto, CEO da Beemob, plataforma de serviços para o mercado imobiliário. O mediador foi o economista-chefe da OLX Brasil, Danilo Igliori.
Zanotto afirma que o mercado imobiliário foi o último setor de atividade econômica do mundo a incorporar a tecnologia nos seus negócios. Para ele, ainda há grande dificuldade de analisar questões primárias, como o produto certo para determinada região ou como o corretor de imóveis pode direcionar melhor os esforços com sua carteira de clientes.
“O mercado imobiliário precisa ser cada vez mais assertivo com o seu cliente. Quando a gente fala em capturar todos os dados que estão soltos e como trabalhar melhor esses dados, é modelar isso para que eu me torne um profissional mais produtivo, mais direcionado ao fechamento de um negócio.”
Gustavo Zanotto, CEO da Beemob
Ele explica que a análise de dados permite conhecer melhor o comportamento de consumo, os vetores de crescimento de uma cidade, o que as pessoas precisam e qual o impacto que um determinado imóvel tem para quem deseja comprar ou alugar.
“A tecnologia mudou o mercado significativamente, contribuiu para uma melhora em todas as etapas do processo da jornada do corretor de imóveis e de outros players do mercado. Ela é uma aliada para o dia a dia. Os dados estão aí para serem usados de forma eficiente”, destaca Zanotto.
Dados brutos devem ser bem trabalhados
Ricardo Paixão explica que dados brutos vistos em um relatório ou em uma planilha devem ser trabalhados e contextualizados, se transformando em informação e conhecimento. Hoje, existem várias empresas especialistas na área que prestam serviços para imobiliárias.
“Mercado imobiliário desorganizado em dados gera desinformação. É muito comum vermos ofertas em duplicidade, informações contrastantes sobre o mesmo imóvel, diversas vezes com preço diferente. Causa confusão, é uma engrenagem defeituosa que traz uma ineficiência operacional para toda a cadeia, quem está comprando ou vendendo”.
Paixão lembra que nada substitui o ser humano na jornada de negócios, a tecnologia apenas potencializa. “No momento em que a gente conseguir linkar os dados de uma forma mais humanizada, usar com mais harmonia a experiência humana com o algoritmo, certamente estaremos um passo à frente”, pontua Paixão.
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Desorganização do mercado
Gustavo Zanotto explica que a análise de dados amplia a possibilidade de entender a real situação de cada mercado imobiliário brasileiro, em todos os municípios do País, cada um com uma cultura diferente. É buscar a regionalização.
“O grande entrave hoje, para mim, é a precificação. E através de tecnologia a gente encontra as diferentes variáveis que levam à precificação de um imóvel de forma coerente. A partir daí você consegue entender diversas flutuações desses produtos, dessa dinâmica das cidades”.
Ricardo Paixão frisa que a inteligência geográfica pode ser melhor explorada no processo de venda de imóveis. “O grande problema se chama integração. Como é que essas empresas conversam entre si? Eu vejo empresas nascerem com pouca vocação e sem vontade de se integrar. Então, no fim do dia, a imobiliária tem dez soluções que não conversam entre si”.
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