Mercado imobiliário tem boas oportunidades para corretor de imóveis
Mesmo com a crise econômica que atinge o país, o mercado imobiliário continua com boas oportunidades para os corretores de imóveis. A demanda por pessoas qualificadas é alta, principalmente para construtoras, mas a falta de confiança com relação ao investimento acaba brecando a carreira dos profissionais.
Hoje o mercado é visto como incerto, mas São Paulo e cidades do interior do estado em constante crescimento como Araraquara, Guarulhos, Jundiaí, Praia Grande, Osasco e Ribeirão Preto oferecem mais oportunidades. Mesmo assim, faltam corretores de imóveis que tenham qualificação e experiência. O medo e a falta de informação sobre corretagem são outros fatores que assustam os profissionais.
“O que assusta os profissionais é eles verem que o mercado imobiliário está em crise e aí, mesmo os que estão desempregados, ficam com medo de entrar em um mercado que só tem notícia ruim”, explica Bruno Vivanco, vice-presidente comercial da Abyara.
Segundo pesquisa realizada pelo FipeZAP, o pessimismo com o mercado imobiliário teve uma leve melhora no 2º trimestre de 2016. Dos entrevistados que compraram imóveis recentemente, 53% consideram os preços como “altos ou muito altos”, o que representa uma queda de quatro pontos percentuais frente aos 57% registrados no 1º trimestre de 2016.
Quanto à expectativa na queda de preços dos imóveis, a pesquisa também aponta uma melhora. Das pessoas entrevistados, 51% delas acreditam em redução real dos preços e 49% têm expectativa de que os preços devem, ao menos, acompanhar a inflação.
Vagas no mercado imobiliário
Vivanco conta que a Abyara já chegou a ter 5 mil corretores em meados de 2012. Hoje, com um número bem menor, a construtora faz um trabalho ininterrupto de contratação e de esclarecimento do mercado. “A gente junta os candidatos às vagas em palestras e treinamentos para explicar o mercado, mostrar que é um mercado legal, que ainda tem oportunidades e que também tende a melhorar”, comenta o VP da Abyara.
Para quem está no início da carreira, a boa notícia é que o mercado também está aquecido. De acordo com Raquel Felix, coordenadora de marketing do IBRESP (Instituto Brasileiro de Educação Profissional de São Paulo), o departamento de marketing da instituição recebe constantemente pedidos de imobiliárias para divulgação de vagas de emprego. “Segundo a demanda registrada por nós, o mercado teria condições de absorver pelo menos 2.000 novos candidatos a estágio por mês”, comenta.
Joaquim Ribeiro, presidente da Fenaci (Federação Nacional dos Corretores de Imóveis) aponta que falta mais qualidade do que quantidade na área de corretagem de imóveis. Antes de exercer a profissão, é importante que o profissional passe pelo curso de Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) e tenha sua situação regularizada no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci).
Como em qualquer outra área, também é preciso se identificar com a função. “A pessoa tem de ver se realmente é essa a profissão que deseja, pois, embora se exija apenas a conclusão do ensino médio para se ingressar em um curso de Técnico em Transações Imobiliárias, o corretor de imóveis tem de ter uma série de aptidões e conhecimentos”, diz Ribeiro.
A coordenadora de marketing do IBRESP recomenda, ainda, que o corretor tenha mais qualificações, além do curso de TTI. “O corretor deve investir no seu desenvolvimento profissional. Para atender essa necessidade o IBRESP tem criado novos cursos de complementação profissional na modalidade a distância”, conta Raquel.
O presidente da Fenaci diz que o corretor deve se atentar também ao Código Civil. É função do profissional olhar os documentos com muita atenção, verificando impostos, certidões trabalhistas, constatando se o imóvel não oferece nenhum risco, se realmente o interessado pode comprar aquilo sem ter problemas futuros, como, por exemplo, localização inadequada, zoneamento incorreto, entre outras dezenas de transtornos.
Vale ressaltar que o salário do corretor de imóveis varia de acordo com sua posição no mercado, não há um valor fixo ou piso salarial. O profissional autônomo pode ganhar até 6% do valor do imóvel. Já em imobiliárias, o valor é negociado entre as partes.
Os corretores que já possuem o técnico e buscam exatamente este desenvolvimento para se posicionar de forma mais efetiva no mercado podem se preparar com cursos específicos para cada área, como os que o IBRESP oferece.
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