Executivos estão otimistas com a economia em 2017, aponta estudo
Especialistas do mercado financeiro estão mais otimistas com os rumos da economia brasileira ainda em 2017. É o que mostra pesquisa feita, no último trimestre, pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP) e pela Saint Paul Escola de Negócios. Diretores financeiros de grandes empresas foram entrevistados e 75,9% deles confiam no crescimento das receitas de suas companhias.
A expectativa quanto às questões macroeconômicas para os próximos meses melhorou, quando levados em conta a diminuição da inflação, dos juros e a estancada na queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Já entre as preocupações dos executivos, apesar da confiança na melhora da economia, estão a demanda de mercado interno e o ambiente político, que ainda inspiram cautela.
“Estamos passando por um ponto de inflexão da crise, mas a grande dificuldade ainda é a incerteza política, que acaba evitando uma recuperação mais rápida e robusta. O Brasil precisa de reformas, o Governo tem tentado, mas elas não são fáceis de serem aprovadas. Então, fica difícil cravar quando será o fim da crise”, opina o coordenador do índice FipeZAP, Eduardo Zylberstajn.
Ele explica que o impacto no mercado imobiliário foi muito sério. “Temos de positivo a redução da taxa de juros do País, mas ainda convivemos com desemprego alto”, afirma Zylberstajn, ressaltando que as reformas (Previdência e Trabalhista) são fundamentais para um efeito positivo geral na economia do País.
Tendências
O professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), Luciano Nakabashi, explica que a pesquisa reflete uma melhora na trajetória da economia que vem afetando positivamente as expectativas dos agentes econômicos (pessoas físicas e jurídicas).
“A tendência é que a economia brasileira comece a se recuperar ao longo de 2017, mesmo que de forma lenta. A melhora nas expectativas e a redução dos juros reais tendem a reverter a trajetória de queda da demanda, dando um fôlego para a economia brasileira que se encontra com bastante capacidade ociosa”.
Para Nakabashi, a questão fiscal está no centro da atual crise. As reformas, sobretudo a da Previdência, vão na direção de colocar a dívida pública em uma trajetória sustentável. Isso, a longo prazo, fará com que a retomada da confiança se transforme em investimentos.
“O mercado imobiliário ainda levará um tempo para sentir uma melhora. Apesar de a redução dos juros favorecer a compra de imóveis pelas famílias e por parte dos investidores, a estagnação do mercado de trabalho ainda permanece em 2017”.
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