Confira as expressões mais usadas pelos corretores de imóveis

Cada profissão tem os seus jargões: um código linguístico próprio, de um grupo sociocultural ou profissional um vocabulário especial.
Eventualmente, pode ser difícil de compreender ou incompreensível para os não iniciados, mais ou menos como gírias.
Isso não é diferente entre os corretores de imóveis que também usam expressões bastante específicas no dia a dia de trabalho.
Expressões mais comuns por região
Os jargões são muito comuns, mas variam de região para região do país.
Além disso, é preciso também ter cuidado, pois eventualmente pode dificultar a compreensão ou gerar confusão.
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É preciso ter em mente que este é um mecanismo de comunicação interna, entre profissionais, em geral colegas de trabalho e em conversas informais.
Dessa forma, é indicado evitar o uso dessas expressões com clientes, por exemplo, quando a comunicação precisa ser direta, transparente e polida.
Abaixo elencamos algumas expressões mais comuns por região do país:
Jargões de corretores de imóveis em São Paulo
- Calça branca: corretor novato, que ainda não fez nenhum negócio;
- Bulula: cliente que apenas está observando, olhando, um curioso, não irá comprar;
- Mosca branca: um imóvel muito raro de ser encontrado;
- Galinha morta: uma ótima oportunidade de negócio devido ao baixo preço;
- Fifty: parceria com outra imobiliária ou corretor;
- Plantão ou pirata: ação de prospecção de clientes antes do registro imobiliário de um lançamento;
- Tijolinho: pequeno anúncio classificado de jornal;
- Roleta: sorteio para definir a vez do atendimento;
- Bicicleta, chapelar ou passar a perna: enganar alguém.
Expressões de corretores de imóveis no Rio de Janeiro
Embora algumas coincidam, as expressões e gírias surgem a partir do cotidiano do mercado imobiliário e das situações específicas que ocorrem nos estandes de vendas.
A expressão bulula, por exemplo, também é usada no Rio e tem o mesmo significado em São Paulo.
A definição mais precisa de bulula se refere a clientes que passam por todo o processo de atendimento, preenchem cadastros, conversam com corretores, falam sobre suas preferências, mas não concluem a compra do imóvel.
Da mesma forma, a expressão fifty-fifty é aplicada quando a venda de imóveis ocorre por meio de parcerias entre os profissionais e a comissão é dividida em 50% para cada corretor.
- Bola murcha: cliente que tem vontade de comprar determinado imóvel, mas não possui os recursos necessários;
- Rodízio: sorteio para definir a ordem de atendimento dos corretores de imóveis em um estande de vendas;
- Regra 3: nessa situação, o corretor de imóveis fica no aguardo para que “sobre” um cliente quando, por exemplo, todos os profissionais da imobiliária estão em atendimento, ou para continuar um atendimento que foi iniciado por outro profissional que não pode estar presente naquele momento.
Jargões comuns por corretores de imóveis de Santa Catarina
O próprio Creci-SC relaciona algumas expressões utilizadas no estado:
- Furar o olho: deixar o corretor de fora da negociação;
- Bicicleta: quando alguém passa a perna no corretor;
- Fazer cachorro: quando é feito um negócio por fora, excluindo ou o corretor ou a imobiliária;
- CPF: Comissões Por Fora;
- Mosca branca: quando o valor é muito barato;
- Galinha morta: barbada;
- Rachide: dividir os honorários/comissão.
Expressões de corretores de imóveis da Bahia
O presidente do Creci-BA, Samuel Arthur Prado, atribui o uso de gíria entre os corretores ao senso de humor baiano e à necessidade de criar um dialeto.
Isso para que a classe se entenda de forma rápida e bem-humorada. Ele cita algumas expressões:
- Passativa: corretor que deu uma passativa no colega, ou seja, tomou o cliente do outro;
- Cliente laranja: cliente que não compra;
- Rato de estande: é o corretor que visita todos os estandes imobiliários da cidade para secar os plantões, mas não faz nada.
E você, conhecia essas expressões? Quais são as mais populares entre corretores da sua região? Conta pra gente nos comentários!
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