Saiba como construtoras e imobiliárias se reinventam para atender a nova geração

Volte alguns anos e perceba que o mundo já não é o mesmo. Em pouco tempo as pessoas mudam a forma como se comunicam, a interação com o mundo e também o jeito que querem levar a vida e morar. E quando o assunto é a compra ou o aluguel de imóveis residenciais, construtoras e imobiliárias têm de inovar para atrair o público, especialmente clientes com até os 30 anos de idade. “Aquele conceito padrão de prédios com um grande número de apartamentos iguais, pré-moldados, que sugerem que todos precisam se adaptar a um modelo fixo, não se encaixa mais as necessidades atuais”, opina o superintendente da MaxCasa Luiz Henrique Vasconcellos. O trunfo da empresa do especialista é entregar apartamentos com a chamada “arquitetura aberta”, que permite que o proprietário faça a divisão dos cômodos como bem quiser.

Jovens querem muito mais do que um simples lugar para morar (Foto: Shutterstock)
É que a nova geração, quando se fala de moradia, entende que as suas necessidades vão mudar ao longo do tempo. Portanto, ela não precisa prever agora uma necessidade que terá daqui há 3 anos. “Se tiver um apartamento que seja adaptável ao longo do tempo, melhor”, diz Luiz reforçando ainda a preferência dos clientes jovens por um ambiente tecnológico e sustentável. “Eles buscam apartamentos com tecnologia de automação, que facilitam acoplar seus muitos aparelhos eletrônicos de forma sincronizada e que auxiliam no seu dia a dia. Podemos citar também, nesse aspecto, a questão sustentável. Os apartamentos comuns com modelos pré-moldados, em uma necessidade de modificação geram resíduos que precisam ser descartados na natureza”, comenta ele.
Por falar em sustentabilidade, para a produtora Renata Silva de 27 anos, a coleta de lixo reciclável foi o quesito “desempate” na hora de alugar seu apartamento. “Estava entre dois imóveis e quando o corretor me disse que em um deles não era feita a coleta seletiva, eu resolvi de cara em qual moraria. Separar lixo é algo básico”, relembra ela, que revela que o corretor começou a entender suas necessidades de moradia após visitas em três imóveis diferentes.
Se o jeito de se locomover dos jovens também está mudando, as residências devem estar adaptadas ao “novo” meio de transporte. Para a faixa etária, algo básico em um condomínio são os chamados bicicletários. “Os mais jovens optam por regiões da moda, de fácil acesso a transporte público (…) e já vemos uma movimentação para uso de bicicletas”, diz o CEO da Rossi, Rodrigo Martins. Fora dos empreendimentos, a construtora disponibiliza bikes em estações de empréstimos em cidades como Paulínia e Barueri, ambas em São Paulo.
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