Microapartamentos: como se encaixam no mercado imobiliário
Mais do que nunca, corretores e corretoras de imóveis precisam entender como microapartamentos, ou apartamentos compactos, estão gerando impacto.
Uma das maiores tendências no mercado imobiliário, os microapartamentos (apartamentos com cerca de 30m²) já representam o maior aumento em lançamentos imobiliários dos últimos anos.
Só na cidade de São Paulo, em 2021 foram lançados 82 mil microapartamentos, segundo o Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Administração de Imóveis (Secovi-SP).
Organizamos abaixo alguns tópicos para entender a relevância dos apartamentos compactos. Confira!
O que é um microapartamento?
Microapartamentos ou apartamentos compactos são imóveis de até 40m²: pequenos e eficientes.
Ao contrário do que muita gente pensa, esses imóveis não são uma moda, mas uma maneira eficiente de atender a novos nichos de mercado.
Mais procurados por pessoas que moram sozinhas e investidores que alugam por temporada, os microapartamentos, por sua natureza, não oferecem muito espaço. Padrão que acaba tendo a necessidade de móveis planejados.
Além disso, a maioria dos empreendimentos de apartamentos compactos, apostam muito em espaços coletivos como coworking, lavanderia e até cozinha compartilhada para tornar o imóvel mais atraente.
Onde encontrar microapartamentos?
Sem dúvidas a localização é um dos pontos fortes para quem quer comprar ou alugar um imóvel dessa natureza.
Os microapartamentos estão localizados em sua grande maioria em áreas mais densas da cidade, próximos a estações de metrô, universidade e principais centros financeiros.
Segundo um levantamento realizado pela Universidade de São Paulo (USP), considerando imóveis de até 40m², a maioria dos novos microapartamentos e estúdios da cidade de São Paulo se concentram em bairros como Jardins, Pinheiros e Vila Mariana.
Ou seja, esses empreendimentos tendem a se concentrar em bairros nobres da zona oeste e zona sul da cidade de São Paulo.
Quem quer comprar microapartamentos?
O perfil de compra dos microapartamentos é majoritariamente de investidores, em geral, interessados em encorpar a renda com o aluguel do imóvel para terceiros.
Mas é possível visualizar um alinhamento de tendências recentes na busca por este tipo de imóvel: pessoas jovens, estudantes, solteiras e que optaram por morar sozinhas são o grande público dos microapartamentos.
Há também quem acredite num estilo de vida mais minimalista, de vida compartilhada e até de quem se muda muito e precisa de praticidade.
Como os microapartamentos influenciam o mercado atual?
A aposta dos investidores é que esse tipo de imóvel se popularize até chegar a cidades de diferentes portes, como cidades universitárias ou com grandes pólos industriais.
Além disso, os microapartamentos fazem parte de um movimento global, bastante forte no Japão, que promove uma perspectiva habitacional diferente.
Com objetivo de aproximar moradia e trabalho, um decreto de 2016 vinculado à Lei de Zoneamento permitiu que esses imóveis fossem classificados como não-residenciais.
Resumidamente, este tipo de categorização faz com que esses edifícios sejam considerados mistos, já que compostos por apartamentos compactos e microapartamentos.
Além disso, esta categorização também possibilita acesso a estímulos financeiros previstos no Plano Diretor da cidade de São Paulo.
Vale lembrar que em maio deste ano a revisão do Plano Diretor de São Paulo foi paralisada pela Justiça por falta de acessibilidade.
E você, ainda tem dúvidas sobre como trabalhar com os microapartamentos? Compartilhe com a gente nos comentários!
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