Tendências e Comportamento no Conecta Imobi On
O Conecta Imobi On trouxe uma variedade de palestras para falar sobre Tendências e Comportamentos que influenciam e vão influenciar no mercado imobiliário. Aqui, você encontra alguns destaques!
Dia 01
Debate: mercado imobiliário no pós-pandemia – Danilo Igliori (Grupo ZAP), Cristiane Muniz (UNA MUNIZVIEGAS), Philip Yang (Urbem) e David Ades (Mac Incorporadora)
Um dos debates que mais chamaram atenção no Conecta Imobi On foi sobre um possível êxodo urbano nas grandes cidades com a pandemia. Comandado por Danilo Igliori, economista-chefe do Grupo ZAP, o bate-papo contou com os maiores especialistas do país e abordou reflexões sobre os possíveis comportamentos de moradia das pessoas no pós-pandemia.
Os convidados compartilharam experiências e possíveis cenários que possam ocorrer no mercado imobiliário. Separamos alguns pontos importantes compartilhados pelos painelistas:
Como ficarão as grandes cidades no pós pandemia?
“Não acredito que vá acontecer uma evasão ou espraiamento, simplesmente porque é inviável”, comentou Cristiane Muniz, UNA MUNIZVIEGAS.
Para Philip Yang, do Instituto Urbem, trazendo para um contexto histórico de pandemias no Brasil e no Mundo, nenhuma das grandes pandemias que acometeram o mundo transformou questões de moradias. “Não temos na história uma pandemia que tenha alterado ou mudado alguma tendência de forma urbana do que já havia ocorrido antes”, afirmou.
Home office impacta na cidade
Para David Ades, da Mac Incorporadora, os espaços para home office e academia serão cada vez mais importantes. “São áreas cada vez mais solicitadas por quem está trabalhando de casa. Isso mostra que as pessoas gostam de viver na cidade, por isso, não se perderá o aspecto da cidade. Com as pessoas de home office em uma ou duas vezes na semana, o trânsito será beneficiado”, ressaltou.
Creative Trends 2020: Shutterstock – Kaori Abbe, Field Marketing Manager da Shutterstock
O Shutterstock é o principal banco de imagens do mundo, presente em mais de 150 países e disponível em 21 idiomas. Anualmente apresenta seu relatório sobre tendências de imagens, vídeos e faixas musicais. Com base nos seus dados de histórico de busca de milhares de pesquisa, é possível prever alguns temas preponderantes no novo ano. Esse relatório serve para inspirar todos os profissionais que trabalham, de alguma forma, com comunicação.
Kaori Abbe, Field Marketing Manager da Shutterstock, separa esse relatório em 3 grupos: as tendências de fato, as tendências em ascensão e uma tendência que a Shutterstock aposta que vale a pena ficarmos de olho.
Principais
- Os loucos anos 2020: neste ano atípico para todo mundo, houve um aumento em mais de 4.000% nas buscas por estampas douradas, 1920 retrô, geométrico linear, art déco e paletas de cores elegantes;
- Cultura do ocultismo: muito presente e relevante para os millennials e geração Z, é a busca por uma espiritualidade mais alternativa. Aqui as buscas estão focadas em leitura de mãos, cartas de tarô, horóscopos, magia e espiritualidade. Esse é um tipo de comportamento que acaba ganhando força em momentos de incerteza;
- Flores poderosas: flores em geral são muito populares, é um clássico. Mas o que tem de diferente nessas buscas ultimamente? A inovação nessa busca se concentrou em dar destaque para as flores, no que antes era apenas um acessório sutil. É a utilização das flores no seu máximo esplendor e grandiosidade.
Em ascensão
- Minimalismo preto: aqui é a busca do preto sobre o preto. É uma nova possibilidade de designs, trazendo uma riqueza de texturas e tons de preto, onde em alguns momentos, é usado como elemento de contraste com outra cor;
- Vida na natureza: vem em contraponto ao que vinha nas tendências dos anos anteriores sobre o abuso da tecnologia. Aqui, vemos as pessoas querendo se reconectar com a natureza, querendo experiências imersivas. Paisagens deslumbrantes e a capacidade daquela cena nos fazer refletir sobre nossa própria existência;
- Pintura chinesa: é o resgate de uma tradição muito antiga, a aquarela oriental. É uma cultura muito rica em metáforas, algo também muito buscado. E com o maior interesse em caligrafia, esse tipo de arte chinesa também se torna uma referência na busca;
- Esportes: é um interesse que vinha crescendo muito em função das Olimpíadas que aconteceriam este ano em Tokyo. Mas também acabou se tornando uma forma de conectar humanos, porque o esporte tem a capacidade de engajar e fazer cada um se superar.
Para ficar de olho
- Arte de protesto: estamos passando por uma fase de mais mudanças culturais e sociais. E as pessoas estão usando cada vez mais a voz para protestar. Já estava previsto que 2020 iria ser um ano de muito ativismo. Portanto, através da atitude de cada um, estamos vendo constantes movimentos pedindo mudanças.
Tendências para o Brasil:
- Pop retrô: uma releitura de um certo saudosismo, só que de um jeito mais jovial.
Facebook e a nova jornada do consumidor: tendências e insights – Nina Dragone, Head de Real Estate & Autos
Nina Dragone, Head de Real Estate e Autos do Facebook, trouxe alguns insights sobre como a tecnologia mudou o comportamento do consumidor e quais são as tendências. Desde sua fundação, o Facebook foi percebendo que assim como as pessoas querem se conectar com familiares e amigos, elas também desejam estar próximas dos negócios. “A essência das plataformas do Facebook é aproximar pessoas, então muito mais frequentemente do que a gente imagina, as conexões entre as pessoas geram negócios, geram transações e geram comércio”, explicou.
Para facilitar a conexão entre marcas e pessoas, em 2014, o Facebook lançou o Dynamic Ads, um produto de catálogos e serviços que as empresas têm para oferecer e que consegue através da Inteligência Artificial impactar pessoas dentro do momento de compra. Com o passar do tempo, o Facebook foi organizando essa relação dentro de comércio dentro da plataforma. “O algoritmo vai entendendo o que você tem mais propensão para usar e vai customizando as abas do seu Facebook de acordo com o que você está consumindo”, explicou Nina.
Já no Instagram, as pessoas descobrem produtos e marcas por meio de comentários e conversas. “Por conta desse comportamento das pessoas, lançamos o Instagram Shopping, no qual você tem um catálogo de produtos, consegue postar um anúncio e oferecer uma melhor experiência para o usuário”, comentou. Uma tendência que surgiu na Ásia por conta da pandemia da Covid-19 é apresentação de produtos durante as lives.
Nina compartilhou dados que mostram o quanto as redes sociais estão presentes na vida das pessoas. “Quando a gente olha para o mobile, o brasileiro passa em média 4h59 minutos no celular por dia. Boa parte desse tempo, mais de 3h30, as pessoas passam dentro das plataformas do Facebook”, contou. Com a pandemia esse tempo aumentou: 56% das pessoas afirmam que estão passando mais tempo em apps de mensagem e mais tempo na mesma proporção nas redes sociais.
Como correlacionar isso com os negócios? Nina traz 5 comportamento e tendências que os empresários precisam se atentar e que explicam exigências do consumidor no mobile:
- Fluidez: o consumidor passou ter uma fluidez diferente com os negócios. Da mesma forma que tem fluidez, com a família, amigos e coisas que gosta, ele quer ter essa mesma fluidez na experiência que tem com as marcas.
- Descoberta: as pessoas estão 100% conectadas, então não precisam fazer um movimento offline para descobrir novas marcas e produtos. Pesquisa da GlobalIndex apontou que as redes sociais já são o principal canal de descoberta de novos produtos.
- Imediatismo: como já existe a experiência de produtos que chegam em questão de minutos, as pessoas esperam a mesma experiência de outros negócios.
- Acesso global: com as barreiras que o universo online quebrou, os consumidores comparam suas experiências com experiências que teriam em qualquer outro lugar do mundo.
- Segurança: as pessoas querem saber como as empresas estão usando os dados que elas compartilham.
Dia 02
Tendências pós-Covid-19 – Mariana Ferronato, Diretora de Marketing do Grupo ZAP
Mariana Ferronato, Diretora de Marketing do Grupo ZAP, trouxe na sua palestra diversas tendências que foram aceleradas por conta da pandemia, além de dicas práticas de como os profissionais do mercado imobiliário podem adaptar seus negócios para aproveitá-las. “Precisamos olhar as tendências que influenciam pessoas e cidades para ver o futuro do mercado imobiliário, perceber o que vai refletir nele”, explicou.
A apresentação foi dividida em cinco grupos de tendências: Consumo, Entretenimento, Moradia, Trabalho e Crenças. “Tem uma questão que é considerada a grande tendência dos próximos anos, o trabalho em casa”, destacou Mariana.
Abaixo separamos 5 das 16 tendências apresentadas por Mariana Ferronato e insights de como aplicar na sua imobiliária.
Consumo
- Distanciamento: por conta da pandemia da covid-19, as pessoas começaram a adotar o distanciamento social.
As dicas para o mercado imobiliário lidar com esse comportamento são a revisão de práticas sanitárias e a de seu atendimento inserindo práticas de higiene.
- Shop Streaming (evolução das vendas online por meio de lives): a China é o grande case dessa tendência. A ideia é apresentar produtos por meio de lives. As empresas podem até mesmo fazer parcerias ou contratar influenciadores para essas lives. O site chinês Tao Bao somou R$ 1,5 bilhões em vendas de produtos em apenas 90 minutos de lives.
A dica para o mercado imobiliário é investir na habilidade de apresentar imóveis a distância.
Entretenimento
- Vídeos: durante o período de isolamento houve um aumento do consumo de vídeos e o boom do aplicativo TikTok.
A dica para o mercado imobiliário é conhecer as plataformas de vídeo e usá-las nas suas estratégias. “Vídeo não é só sobre vender imóvel. É encontrar formas de falar sobre seu imóvel”, explicou Mariana.
Moradia
- Casa como refúgio: a pandemia fez com que as pessoas ficassem mais em casa e o lar se tornou o ponto central da vida. Esse comportamento fez com que o prédio, para quem mora em apartamento, seja visto como comunidade, por exemplo.
Um dos ganhos do mercado imobiliário são as oportunidades de oferecer plataformas online de gestão de prédios, já que as pessoas estão mais tempo em casa.
Trabalho
- Mais pessoas trabalhando remoto: com o home office, empresas viram que podem ser mais produtivas e reduzir custos, o funcionário percebeu mais flexibilidade e ganho de tempo.
Para o mercado imobiliário a mudança é significativa no segmento de imóveis comerciais. Os escritórios com tamanho menor podem ter mais destaque e é possível que imobiliárias com muitas sedes possam reduzir esse número.
Propósito das marcas – Antônio Fadiga, CEO da Artplan
Como empresa ganha e perde dinheiro? Ela passa por esses cinco fatores: posicionamento correto, qualidade do que vende, cadeia sustentável, responsabilidade com equipe e performance financeira.
Porém vem acontecendo a migração de poder nas empresas – de geração para geração. As gerações mais novas se importam com condições climáticas, diversidades, questões sociais e direitos.
Nessa mudança de mentalidade, se percebe uma busca maior por marcas que desempenham um papel adicional ao negócios: as pessoas começam a procurar atitude da empresa. Quando você avalia o valor do funil, awareness, consideração, e propósito para ir a conversão, o propósito serve tanto para consideração, quanto para conversão
Alguns dados relevantes:
- 63% das pessoas acreditam que as marcas podem fazer mais em questões sociais do que o governo;
- 64% das pessoas escolhem mais marcas por questões sociais;
- 91% dos millennials trocaria uma marca por uma que abrace uma causa;
- 62% dos clientes querem que as empresas se posicionem sobre questões atuais.
A grande maioria das pessoas começa a entender que o proposito é importante. Assim, ter propósito passou a ser um novo ingrediente que seu cliente vai querer ver cada vez mais na sua marca
Propósito é importante, mas como fica o lucro da empresa?
Dá para ganhar dinheiro e fazer o bem ao mesmo tempo? Organizações guiadas por propósitos têm melhor performance, pois 84% dos consumidores se mobilizam mais por uma marca que traz outras coisas além do que a empresa oferece. Colaboradores que trabalham em uma empresa com propósito estão três vezes mais engajados. Empresas com propósito claro, têm performance 212% acima das que não tem.
Se propósito é importante, porque tem empresas que não estão fazendo?
A principal razão é de origem interna. O maior obstáculo para qualquer transformação, seja de propósito ou digital, é literalmente o jeito que a gente sempre fez as coisas.
Poucas pessoas conseguem responder a sua razão de existir, quando questionadas. Se a sua empresa deixar de existir, alguém vai sentir falta dela? É preciso pensar se a resposta for não.
Propósito é mais do que solidariedade. Vai além de iniciativas sociais.
Você conhece mesmo os colaboradores da sua empresa?
- 87% dos colaboradores das empresas não estão engajados com suas empresas. O que é estar engajado? Vestir a camisa;
- Apenas 28% dos colaboradores entendem a empresa, ou seja, 72% não entendem;
- Mais de 80% dos colaboradores não estão engajados, estão abertos a novas oportunidades.
O negócio do nosso negócio é gente, em qualquer ramo que você estiver. Ontem, hoje e amanhã. Se você não mostrar um cuidado autêntico com seus colaboradores, a sua tarefa de dirigir essas pessoas vai ser mais difícil.
Como se engaja colaboradores?
Um erro comum: comunicar princípios e valores da empresa e considerar missão cumprida. Aqui entra o papel da cultura: você pode ter a melhor estratégia do mundo para a empresa. Se não tiver uma estrutura clara e perene pros colaboradores, eles podem ir embora.
Como ter um propósito: as pessoas não compram o que você faz. Compram o que você acredita. Você tem que descobrir o seu DNA. O que é sua marca. E isso tem que fazer nexo. Sentido para as pessoas. Não se trata de escolher seu propósito. Precisa descobrir o seu. Ele depende de atitude – descobrir e construir o seu.
TikTok como plataforma de marketing para o mercado imobiliário – Kim Farell, Head de Marketing da América Latina do TikTok
O Tik Tok é uma das plataformas que mais cresceu nos últimos anos. A Diretora de Marketing para América Latina do Tik Tok, Kim Farrel, participou do Conecta Imobi On e falou sobre a empresa no país, o aumento expressivo nos últimos anos e trouxe dicas para o mercado imobiliário que podem ajudar em uma maior exposição de imóveis.
O Tik Tok vem crescendo no mundo, neste ano, já são 2 bilhões de downloads. Além disso, o aplicativo aumentou nas telas dos smartphones dos brasileiros em um ano, em mais de 75%. O consumo de vídeos no mundo alavanca cada vez mais essa tendência. Hoje 80% dos conteúdos online são em formato de vídeo, desses 75% são consumidos pelo celular.
A executiva também trouxe dicas para quem deseja começar no Tik Tok e é do setor imobiliário para humanizar, mostrar produtos e ensinar:
- Adapte desafios: a plataforma tem diversos desafios que podem ser adaptados para o mercado imobiliário;
- Use criadores: uma outra alternativa é se utilizar de criadores que já estão na plataforma para mostrar seus imóveis de forma criativa;
- #ApenasNoTikTok: com ele, você pode trazer ensinamentos simples e de maneira dinâmica, como por exemplo, ensinar sobre IPTU, financiamento, entre outros;
- Lives: realizar lives mostrando imóveis que estão à venda, como uma experiência de tour virtual ao vivo;
- Antes/Depois: conteúdo de sempre mostrar como era e depois ficou, pode-se fazer com reformas, mostrando um antes e depois. Esse conteúdo engaja até o final.
Dia 03
A visão do Google sobre as mudanças dos consumidores – Daniela Schmitz, Head of Industry no Google
No Google, só no setor imobiliário são aproximadamente 15 milhões de buscas no Brasil, sendo 6 milhões por tipos de imóveis e 2 milhões à procura de entender créditos imobiliários. Os números foram apresentados pela Head of Industry no Google, Daniela Schmitz, que trouxe diversos dados relacionados ao mercado de imóveis.
Tanto inquilinos quanto compradores e proprietários notaram que o comportamento não é o mesmo antes da pandemia. Por isso, 70% dos proprietários afirmam que flexibilizaram o pagamento do aluguel, já 2.3% dos inquilinos desmontaram ter o interesse em trocar de imóvel. Dentro desses, apenas 7% pensaram em se mudar mas desistiram e 50% dos proprietários dizem sentir o impacto seja por inadimplência ou dificuldade de oferecer visitas.
Daniela apontou também que a digitalização acelerou e muito, e isso deve se consolidar mesmo após o fim da pandemia. “Toda crise traz mudanças e o consumidor está mais digitalizado, por isso temos esse desafio: de se adaptar a nova realidade”, disse a executiva. Prova disso é que 70% dos clientes buscam na internet, enquanto só 23% ainda procuram em imobiliária físicas.
Nessa fase de busca, Daniela relembrou que 50% dos consumidores não dão importância à marca. Em seguida, na etapa de captura de informação, o consumidor começa a se preocupar mais com marcas, tendo em mente por onde buscar imóveis e como financiá-los. “A casa própria continua sendo o sonho dourado do brasileiro”, afirmou Daniela que chamou atenção para o fato de que as necessidades começaram a se modificar muito pelas mudanças de hábito por causa da pandemia. De acordo com ela, há clientes que optam por áreas mais verdes, outros por espaços menores.
“Conversar com essas pessoas e entender o motivo da mudança pode ser mais assertivo na oferta do imóvel”, sugere. Daniela explica que preços e localização ainda são características importantíssimas para o consumidor.
A executiva falou que 66% dos consumidores usam os principais portais e construtoras como parceiras na busca do imóvel ideal, por isso, marcas que seguiram com eles durante a jornada têm grande chance de fazer parte do hall que eles passam a se relacionar, caminhando então para a etapa de conversão. “Em meio a uma busca fragmentada, quem consegue lealdade, conquista a audiência”, comentou.
Um panorama sobre os perfis dos consumidores pais de pet, geração Z, geração prateada e do público LGBTQIA+ – Agência Mosaico, Box1824, DogHero, Hype50+
Profissionais que trabalham diretamente com pais de pet, geração Z, geração prateada e LGBTQIA+ apresentaram dados do potencial de consumo desses públicos e dicas de como o mercado imobiliário pode trabalhar com eles. Abaixo separamos alguns pontos que foram conversados no painel.
LGBTQIA+
“No setor imobiliário temos diversos formatos de família procurando um lar e se ater a um modelo heteronormativo só faz com que nossa chance de vender imóveis diminua”, disse Yheuriet Kalil, fundador e CEO da Agência Mosaico ao apresentar dados do público LGBTQIA+. O executivo, que trabalha em sua agência com ações voltadas para a diversidade, apresentou números que mostram o interesse de compra das pessoas LGBTQIA+. Confira alguns números:
- 18 milhões de pessoas é o número estimado de LGBTQIA+ no Brasil;
- Como menos de ¼ dos casais têm filhos, há mais dinheiro para gastar com si próprio;
- 973 mil LGBTQIA+ no Brasil pretendem comprar um imóvel como investimento;
- O público LGBTQIA+ quer morar perto de centros comerciais, teatros e biblioteca e bares;
- 7% do PIB nacional é gerado pelo mercado LGBTQIA+.
Pais de pets
Gessica Aragão, Líder de Criação e Marketing da DogHero, traçou um perfil dos donos de pets no Brasil e mostrou quais as expectativas de público em um lar. “O Brasil é o segundo maior mercado de pets no mundo. Hoje são mais de 139 milhões de pets. Os lares brasileiros têm mais cachorros e gatos do que crianças”, apontou Gessica, que mostrou como os brasileiros se comportam em relação aos animais de estimação. Conheça abaixo que adaptações o mercado precisa fazer para entregar um lar ideal para quem tem pets:
- condomínios com normas e locais adaptados para o convívio dos pets;
- mais diálogo entre moradores e síndicos sobre os pets;
- espaço pet para gasto de energia, banho, um complemento do apartamento;
- benefícios exclusivos, parcerias;
- ter sensação de pertencimento e aceitação que trazem satisfação.
Geração Prateada
“Enquanto milhões debatem como lidar com os millennials, o mundo envelhece”, lembrou Bete Marin, co-fundadora da plataforma Hype50+, consultoria especializada no consumidor sênior. Ela apresentou junto com Layla Vallias, também co-fundadora da consultoria, um retrato da geração com mais de 50 anos e o que essas pessoas esperam do lar. Veja abaixo mais sobre esse grupo de pessoas que é a que mais cresce no Brasil e no mundo:
- 50% do consumo global está com pessoas acima de 50 anos;
- Em todo mundo, o número de pessoas com mais de 65 anos irá praticamente dobrar em 2050;
- No Brasil, a geração prateada já consome 2 trilhões de reais e no mundo 15 trilhões de dólares;
- Se juntar todo o poder econômico, a economia prateada seria a terceira maior do planeta, atrás apenas dos EUA e China;
- A geração prateada quer uma casa confortável, que tem coisas funcionais e bonitas.
Geração Z
“Os jovens são antenas para captar o espírito do tempo”, conceituou Daniel Gasparetti, Diretor de Estratégia da Box1824, para falar da Geração Z. Esse grupo de pessoas, nascidos entre 1995 e 2010 e que tem entre 18 e 24 anos, representa 20% da população e que cresce em consumo porque está passando a ter o próprio salário. Abaixo listamos algumas características da geração Z para que você possa conhecê-la melhor e saber como se relacionar com ela na hora de realizar uma negociação.
- A geração Z consome pela experiência. Ela precisa de um bom storytelling para ser convencida de adquirir um produto. É questionadora;
- É um geração que pensa de uma maneira hipercognitiva porque cresceu com a internet, em uma interface mediada pela programação;
- É um público de identidade indefinida, que constrói seu perfil por meio das redes sociais e que muda com muita frequência;
- É uma geração comunitária, que se conecta por meio de valores em comum. 76% da geração Z deixou de comprar e espalhou notícias de empresas que realizaram campanhas homofóbicas;
- São um grupo de pessoas ativistas, mas que querem dialogar;
- Vivem a vida de forma pragmática porque cresceram em um cenário de crise.
Atendimento nota 10 – Afinal, quais são as estratégias das empresas que melhor atendem seus clientes? – Com Roberto Viegas (Helbor Empreendimentos), Gisele Paula (Instituto Cliente Feliz), Rafael Jordan (Grupo ZAP), Quelen Vidal Fraga (Guarida Imóveis), Gabriel Villarreal (Fourkeys)
Rafael Jordan, Diretor de Relacionamento ao Cliente do Grupo ZAP, fez a mediação desse painel com grandes nomes que se tornaram referência no assunto. O objetivo foi simples: como o mercado imobiliário pode ser referência de relacionamento com o cliente?
Cada participante deu uma visão sobre sua experiência nas diversas frentes em que atuam.
Gisele Paula (Instituto Cliente Feliz)
Para a Gisele, o maior exemplo de empresa no mundo que é referência em atendimento é a Netflix. A Netflix nasceu com uma cultura centrada no cliente, totalmente focada em resolver suas dores. Utiliza também muita tecnologia para entender o comportamento dos seus usuários, tanto que dificilmente é encontrado alguém que precisou entrar em contato com a empresa. Por isso, o caminho deve ser:
- Poupar o tempo do cliente, pois ele procura comodidade. Ele só quer utilizar o produto e o serviço sem precisar falar com você;
- Personalização, pois é preciso entender o cliente de uma forma humanizada, entender a fundo o indivíduo.
Gisele explica que existe uma grande diferença entre a empresa encantadora e a empresa combatente. Pois, para esta última, tudo é culpa do cliente. A empresa encantadora possui consciência e a capacidade de se colocar no lugar do cliente, estando disposto a ouví-lo. O segundo passo é a cultura, a empresa inteira precisa estar focada em gerar essa boa experiência.
Gabriel Villarreal (Fourkeys)
Gabriel, que possui em sua carreira um histórico na Disney, explica como fazer para transportar a cultura do bom atendimento para as imobiliárias. Segundo ele, é preciso estruturar os negócios sobre um determinado valor, pois qualquer decisão tomada pela empresa esse valor deve ser entregue. Cada colaborador precisa estar focado em entregar o mesmo valor em tudo o que faz.
Ele também nos explica que o cliente insatisfeito é o cliente mais “fidelizável” que existe, pois ele está emocionado. E a humanização está em reconhecer essas emoções, gerando empatia e se conectando com o cliente. Assim o cliente que gosta, volta, e quando volta, indica.
Roberto Viegas (Helbor Empreendimentos)
Viegas nos explica que a Helbor primeiramente foca em conseguir “vender” o imóvel para os corretores. Se eles realmente acreditam no potencial daquele imóvel, então eles estão prontos para ofertarem para o cliente final. É preciso ter uma equipe que acredita verdadeiramente no produto, para então realizar um bom atendimento. Ao total, são 23 pessoas na equipe de atendimento, e mais duas focadas em situações de crise de relacionamento.
Viegas esclarece também sobre a importância de entender bem o ReclameAQUI para poder utilizá-lo como termômetro. Porém, antes de tudo, é preciso não ter medo de falar com o cliente que fez a reclamação. É estar preparado para ouvir, para entender e ouvir sugestões.
Viegas lembra que o público do mercado imobiliário mudou muito nos últimos 20 anos, e que se deve entender quais as necessidades atuais do cliente.
Quelen Vidal Fraga (Guarida Imóveis)
Já Quelen explica que, de 400 colaboradores da Guarida, 186 são focados em trabalhar para o sucesso no atendimento ao cliente e todos os outros são co-responsáveis nesta experiência. Eles utilizam a tecnologia para unir pessoas e processos. A Guarida se dedica tanto a satisfação do cliente, que iguala o sucesso da empresa ao sucesso desses.
Desta forma, existem protocolos e canais focados em proporcionar a melhor experiência aos clientes. Tudo isso é baseado em análises de retorno e segmentação inteligente de clientes, para que a humanização não seja deixado de lado. Caso seja encontrado algum erro, os processos são revistos, evitando que situações semelhantes se repitam.
Para Quelen, o futuro do futuro no atendimento imobiliário está na autonomia e no omnichannel. Digitalizar o que é possível, mas sem esquecer o lado humano e, com isso, permanecer o atendimento personalizado. O dia do cliente deve ser visto como todos os dias e é o cliente que deve ditar as regras.
Dia 04
Tendências de redes sociais: maior empresa de monitoramento de Social Media do mundo apresenta seus principais insights – Com Marcel Yomaizumi (Onboarding Manager da Socialbakers), Gabriela Galvão (Account Manager da Socialbakers)
Marcel Yomaizumi, Onboarding Manager da Socialbakers, e Gabriela Galvão, Account Manager da Socialbakers, participaram do Conecta Imobi On para compartilhar com o mercado imobiliário dicas para ter sucesso com os consumidores nas mídias digitais.
Há 1 ano, Mark Zuckerberg já falava que “o futuro é privado” no âmbito de redes sociais. E isso significa exatamente o que tem acontecido hoje por conta do distanciamento social: interações menores, mas com mais interesse, o que significa menos curtidas e mais comentários.
Esse é só um exemplo de como com o passar do tempo, as mídias sociais vêm somando uma quantidade cada vez maior de dados de comportamento do usuário. Assim, elas se tornaram uma poderosa máquina de entregar conteúdo personalizado. Por isso, para ter sucesso nas redes sociais é preciso:
- Ter conteúdos personalizados: não distribuir igualmente o conteúdo, mas saber diferenciá-lo com base no tipo do seu público. Para o público que está comprando é um conteúdo, para quem está só pesquisando, o conteúdo deve ser outro;
- Distribuir o conteúdo em todo ecossistema digital: hoje estamos cientes que existe uma gama muito maior de opções além do Facebook. Como Instagram, IGTV, Twitter, WhatsApp, TikTok, YouTube e outros. E é preciso entender que assuntos abordar em cada uma dessas redes, pois o conteúdo é consumido de forma muito distinta;
- Segmentação precisa: assim como os conteúdos precisam ser personalizados, a segmentação do público deve ser feita de forma inteligente. Porque o sucesso é falar com a audiência certa;
- Análise de dados: para gerar conteúdo de forma inteligente, conseguir realizar segmentação e distribuir adequadamente seu material.
Inteligência artificial na aceleração da transformação digital – Renato Barbosa (Amazon)
Inteligência Artificial (IA) é apontado como uma das tecnologias que vão acelerar a transformação digital de diversos negócios no mundo, ela é similar à inteligência humana exibida por mecanismos ou software. Neste segmento, a A Amazon é uma das empresas que estão mais à frente quando o assunto é IA. O Conecta Imobi On recebeu o Renato Barbosa, da Amazon, que é formado em Ciências da Computação com MBA em Gestão e Governança da Tecnologia da Informação, trabalha há mais de 17 anos com clientes de vários setores e nos últimos 4 anos atua na Amazon (AWS), onde está focado na transformação digital e na promoção da inovação.
O executivo apresentou em sua palestra, alguns insights de como começar a usar inteligência artificial no seu negócio e o que é necessário. Veja a seguir os pontos para saber se você está pronto para transformar seu negócio com a inteligência artificial?
Estou pronto para transformar o meu negócio com Inteligência Artificial (IA)?
Para saber se, de fato, você quer transformar o seu negócio com inteligência artificial é importante se fazer perguntas para saber se realmente precisa. “É sempre interessante se perguntar o quão é importante para sua empresa investir em machine learning ou inteligência artificial. O quão é importante para você ou sua empresa construir melhores produtos e entregar a melhor experiência ao cliente? Como você pensa em entregar essa melhor experiência?”, questionou Renato Barbosa, completando que se você enxerga tudo, você vai conseguir entregar uma melhor experiência ao cliente com IA.
Para ele, se uma empresa realmente quiser fazer uma transformação digital, serão fundamentais três pilares: tecnologia, pessoas e cultura.
Tecnologia é a criação de estruturas tecnológicas para criação de uma área específica de inteligência artificial; pessoas que são profissionais diversificados com pensamentos e características diferentes, se não tiver isso, dificilmente terá pontos de opiniões diferentes; e uma cultura que estimule a autonomia, tomada de decisões e agilidade na transformação de projetos.
Dados Relevantes
Depois de se perguntar inicialmente porque você quer realizar uma transformação digital, o próximo passo é saber se você tem dados relevantes. Se você não tem números relevantes, você vai ter dificuldades. Centralizar os dados é essencial para que a Data Science, área interdisciplinar voltada para o estudo e a análise de dados, possa trabalhar. São eles que vão entender como o seu negócio funciona.
Quais aplicações posso fazer com inteligência artificial?
Uma das frentes de negócios da empresa, a Amazon Web Services, também conhecida como AWS, oferece diversas aplicações de inteligência artificial para vários negócios, como por exemplo:
- Decisão: com dados automatizados ficará mais fácil saber que tipo de decisão deve-se tomar para o seu negócio, baseado no seu cliente;
- Predição: impacta no comportamento futuro do seu cliente, podendo se antecipar;
- Precisão: melhoria de processos que, cada vez mais, ficam assertivos com seu público;
- Disrupção: colabora para que você possa criar novos modelos de negócios.
“Além disso, no mercado imobiliário é possível realizar de ações mais simples até mais sofisticadas, mas você pode começar com um chatbot de atendimento que você mesmo pode colocar as perguntas frequentes dos clientes e respostas, esse é um ponto de partida para coisas muitos maiores que a IA pode proporcionar aos negócios”, explicou.
Hackeando a Personam: Transformação Digital e Cultural já são coisas do passado. Bem-vindos a era da Transformação Pessoal! – Gustavo Zobaran, Gestor de Marketing, Conteúdo e Performance da Porto Seguro
Gustavo Zobara é Gestor de Marketing, Conteúdo e Performance da Porto Seguro, palestrante e escritor na área de comunicação, marketing, branding e inovação. Há 20 anos ajuda empresas, startups e pessoas no desenvolvimento de projetos de inovação e transformação tendo o digital como pilar central. No Conecta Imobi On, ele trouxe ensinamentos sobre como hackear sua persona com objetivo de nos reinventarmos neste momento de mudanças. Entre os pilares, Gustavo acredita que a educação precisa ser o principal pilar.
Veja abaixo 5 dicas de como se reinventar na pandemia:
- Saia da zona de conforto: tente sempre não permanecer estático na mesma rotina, se desafie diariamente;
- Confie em você mesmo: colocar em prática o que está pensando, tirar ideias e colocá-las em ação;
- Pequenas ações em vez de conceitos complexos: é melhor fazer pequenas ações que no conjunto se torna algo dentro de uma importância que, consequentemente, irá se transformar em coisas maiores;
- Respeite o antigo: olhar experiências anteriores e respeitá-las. É preciso aprender com quem tem mais experiência;
- Seja humano: ter sensibilidade de entender e se colocar no lugar do outro.
Afinal, o que o cliente quer? Em primeira mão, resultados de estudo inédito sobre os desejos dos consumidores de imóveis – Com Deborah Seabra (Grupo ZAP)
A Head da área de Economia Comportamental do Grupo ZAP, Deborah Seabra, apresentou no Conecta Imobi On uma pesquisa inédita sobre quem é e o que quer o cliente comprador de imóveis. A economista compartilhou com os participantes diversos dados.
A pesquisa está dividida em 4 frentes. Abaixo mostraremos cada uma delas e alguns insights trazidos por Deborah. Confira:
Quem é que quer comprar/alugar:
- O perfil de quem está buscando é meio a meio: 50% homens e 50% mulheres;
- Sobre orientação sexual, 6% é do público LGBTQIA+. É um nicho em potencial a ser explorado;
- 65% deste público é casado, e 64% possui filhos, com média de 2 filhos por família;
- A maior parte é da geração X (entre 37 e 56 anos), mas 1 em cada 4 clientes são da geração Z e Millennial, o que os torna um excelente nicho de negócios;
- 36% do público ganha acima de 10 salários mínimos, mas o restante do público ganha menos que isso, ou seja, a maioria;
- 85% desse público trabalha, e 42% desses trabalhadores podem fazer home office;
- 64% não são nativos da cidade em que estão buscando imóvel. É importante atentar que a visão de cidade para quem não nasceu nela é bem diferente de um nativo;
- 46% não mora em imóvel próprio. Ou seja, ainda existe a ideia do sonho da casa própria;
- 55% mora em apartamento.
Por que quer este imóvel
- O momento: 60% disseram que era um bom momento, apesar da maioria sentir uma incerteza e uma instabilidade quanto ao futuro. Mas justificaram esse bom momento com bases nos preços, nas boas taxas de juros e nas maiores variedades de ofertas.
- Para quê:
- 92% disseram que buscam para moradia principal, mas 8% quer comprar para investir. E esses investidores querem transacionar o imóvel em até 24 meses, e até lá, 63% querem deixar este gerenciamento com terceiros;
- Sobre quem vai morar no novo imóvel, a média diz que vai morar com mais 2 pessoas. E 81% irá morar com cônjuge ou parceiro;
- 60% afirmam que pretendem criar um pet no novo imóvel;
- Quem influencia na hora de escolher um imóvel é a própria pessoa, mas 52% afirma que o cônjuge ou parceiro exerce grande influência na hora da escolha. Para as mulheres, os homens têm menos influência na hora de decisão de escolha do imóvel.
Como é o imóvel
- Valor: Um em cada 2 consumidores pretendem comprar um imóvel entre 200 e 400 mil reais. 12% dos consumidores desejam comprar imóveis de alto padrão.
- Onde: 50% pretendem apenas mudar de bairro. Eis a importância do endereço completo, porque eles não conhecem a vizinhança. 94% pedem que a vizinhança deve ser segura. Em segundo lugar, querem oportunidades de lazer. E em terceiro lugar, proximidade com transporte público.
- Tipologia:
- 49% procuram apartamento, mas em março, esse número era 60%. Ou seja, a quarentena fez esse desejo mudar entre os consumidores;
- 75% preferem comprar imóvel usado, de preferência sem necessidade de reforma ou com apenas a necessidade de pequenas melhorias;
- 1 a cada 4 procuram de 36 até 70m². A maioria procura de tipologia média (70 a 140 m²). As pessoas estão buscando morar em imóveis maiores do que moram atualmente;
- Condomínio: as preferências de opções de condomínio são, em ordem, piscina, churrasqueira e academia. Mas 33% não se importam com essas comodidades;
- Tecnologia: as opções de facilidades tecnológicas são, em ordem de prioridade: Wi-Fi liberado pelo condomínio, tomadas USB e fechadura eletrônica;
- Novos conceitos de moradia: é um nicho que está em crescimento e 37% dizem que morariam em bairros planejados.
Qual é a forma de pagamento?
- 57% afirmam que recorrerão ao financiamento bancário.