Veja o interesse de cada estado brasileiro em imóveis
Santa Catarina foi o estado brasileiro onde a população mais buscou imóveis na internet na primeira quinzena de novembro de 2017. Do total da busca em sites especializados e anúncios em redes sociais, 16,4% aconteceram na localidade. Nesse mesmo período, o segundo estado com maior interesse em casas e apartamentos foi Mato Grosso do Sul, com 14%, seguido por São Paulo, com 11,1%. Em quarto apareceu Rio Grande do Sul (10,6%) e, em quinto, Rio de Janeiro (10,6%).
O levantamento foi feito pela DGBZ Marketing Imobiliário, a pedido do ZAP Pro. O CEO da empresa, Galileu Prezzotto, explica que, para chegar ao resultado, foi usada uma ferramenta própria, chamada Buylitics. Ela faz o monitoramento e caça a movimentação de busca por imóveis (atrás de termos como “comprar apartamento”) no Google, Youtube, redes sociais, site de incorporadoras e especializados, como o ZAP.
“Pelos dados a gente consegue traçar estratégias. O trabalho consiste em facilitar a vida do corretor de imóveis e entender onde o cliente tem mais peso de compra. No início de novembro, tinha mais gente na jornada de compra de imóveis em Santa Catarina. Claro que esses dados mudam com frequência (por sofrerem influências variadas)”, diz Prezzotto.
Projeções
O economista o Eduardo Reis Araújo afirma que ainda não é possível saber como será o comportamento de cada estado no início da retomada do mercado imobiliário, que deve ocorrer em 2018. “Vai depender do peso relativo de cada um. Mas o Brasil se recuperando a uma taxa de crescimento de 2,5% ao ano, São Paulo, que detém a maior parcela da economia nacional, certamente vai surfar nessa onda”.
Segundo o economista Luciano Nakabashi há tendência de leve retomada em 2018, o que ainda depende de um aumento da oferta de financiamento imobiliário a juros atraentes e de manutenção de recuperação do mercado de trabalho. Os dados de preços mostram, diz ele, que as capitais do Sul do País já estão retornando à normalidade, mas em patamares baixos de venda.
“Curitiba e Porto Alegre registram estabilidades dos preços reais, ou seja, descontando os efeitos inflacionários. Florianópolis já registra uma leve alta. São Paulo e Belo Horizonte também apresentam tendência de estabilidade nos preços reais”.
O especialista ressalta que as capitais que tiveram maior aumento dos preços, em momentos pré-crise, e com maior número de lançamentos, como Rio de Janeiro e Brasília, “sofrem mais com o excesso de estoques e consequente manutenção do processo de redução dos preços reais dos imóveis”.
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