Como a previsão de inflação para 2023 afeta vendas e locação
A previsão de inflação para 2023, no Brasil e no mundo, é de alta. Uma série de fatores ajudam a explicar esse aumento nos preços, em especial a lenta recuperação econômica pós-pandemia de COVID-19 somada à Guerra entre Rússia e Ucrânia. Pensando na inflação no Brasil, ainda contamos com um cenário político de certa indefinição.
Como corretor e corretora, é extremamente importante entender como a previsão de inflação para 2023 afeta o valor de venda e locação de imóveis. Preparamos um panorama para te ajudar a orientar seus clientes e se preparar com as melhores estratégias. Confira!
A inflação no Brasil e o reajuste de aluguéis
Por contrato, o locador tem o direito de reajustar o valor do aluguel anualmente utilizando o custo de vida geral no país.
O cálculo é feito com base no IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado) ou, mais comumente pós-pandemia, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Sendo que, quanto mais alta a inflação medida pelos índices, maior o valor de reajuste de aluguel.
Segundo o Índice FipeZAP+ de locação de novembro, o preço médio dos imóveis aumentou em 16,45%, percentual superior ao IPCA e IGP-M (ambos com 5,90%).
A variação é a maior desde 2011, com destaque para algumas capitais como Florianópolis (32%), Goiânia (28,67%) e Curitiba (25,51%).
Já a rentabilidade do aluguel, isto é, a média de locação comparada ao preço médio de venda, importante para promover o investimento no setor, está um pouco inferior à média projetada para aplicações financeiras (5,11% ao ano).
Ou seja, o corretor que está trabalhando imóveis para investimento, precisa ter bons argumentos, principalmente sobre ganhos a longo prazo.
Previsão de inflação para 2023 e a venda de imóveis
Ao longo dos últimos 12 meses, o mercado imobiliário viu uma alta significativa nos preços dos imóveis e um aquecimento geral do setor.
Com a previsão de inflação para 2023, a expectativa é que o valor dos imóveis sigam na mesma crescente. Também para a compra e venda de imóveis, a inflação no Brasil tem um efeito imediato.
Como a SELIC, taxa de juros básica, e a inflação estão intimamente ligadas e atuam diretamente sobre os juros do financiamento imobiliários, um aumento inflacionário significa que será mais caro pedir crédito, tornando a operação mais difícil e custosa para muitos clientes.
O Índice FipeZAP+ de Venda de imóveis registrou, em novembro, um avanço de 6,34% no preço dos imóveis nos últimos 12 meses – uma variação ligeiramente maior que a inflação do período (IPCA, +6,03% e IGP-M. +5,90%).
3 dicas para se preparar para a projeção de inflação para 2023
1. Acompanhar quanto está a inflação no Brasil
Atentar-se ao cenário econômico nacional é extremamente importante para traçar estratégias e avaliar resultados.
Uma boa forma de estar sempre por dentro é acompanhar os relatórios mensais do FipeZAP+, que registra a variação nos valores de locação e venda de imóveis nas principais cidades brasileiras.
2. Entenda tudo sobre financiamento imobiliário
Especialmente no caso de compra e venda de imóveis, é essencial entender, e saber explicar, como funciona a taxa de juros no financiamento imobiliário e como a SELIC interfere no mercado imobiliário em 2023.
3. Apresente alternativas e trabalhe argumentos
Nesse momento, o importante é mostrar que – tanto para locação quanto para a venda – é possível encontrar um bom espaço e que valha o investimento.
Para isso, invista em oferecer alternativas, como formas de economizar no financiamento imobiliário e programas como o Minha Casa Minha Vida.
E aí, o que você espera do mercado imobiliário com a previsão de inflação para 2023? Conta pra gente nos comentários!
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