O mercado imobiliário continuará aquecido após a Copa?

Na opinião do economista Eduardo Zylberstajn, coordenador do FipeZAP, o mercado brasileiro viveu uma situação atípica nos últimos anos e é pouco provável que os preços sigam aquecidos, com elevação acima de 20% ao ano, como vinha ocorrendo.

Estádio do Maracanã no Rio de Janeiro (Foto: Shutterstock)
“Dos anos 1980 para cá vimos alguns períodos em que um ano ou outro o preço dos imóveis subiu 15% ou até 20% acima da inflação ao ano. Mas agora foram quatro anos seguidos, o que nunca tinha acontecido”, avalia.
Segundo o economista, até o ano passado o mercado estava muito aquecido, mas são vários os fatores que levam a isso. “Para continuar aquecido, é necessário que o mercado de trabalho e o crédito sigam em alta. Em 2014, isso deve ser mais complicado porque os indicadores econômicos estão mais fracos e isso deve respingar também no mercado imobiliário. Mas não é uma crise”, pondera.
Para Zylberstajn, depois da Copa devemos iniciar um novo ciclo. “Aquele ritmo de alta nos preços, que começou em 2006, não deve ser mais observado. Deveremos verificar um período mais calmo e modesto, mas isso não quer dizer que os preços vão desabar. Haverá uma acomodação do mercado”, conclui.
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