Quais são as forças de uma imobiliária de locação tradicional?

As imobiliárias de locação digitais começaram a surgir há cerca de uma década e chegaram revolucionando o mercado, especialmente na primeira parte do processo de locação, ou seja, desde a busca até a assinatura do contrato.
É consenso entre os empresários que o surgimento das imobiliárias digitais foi o fator que mais tirou o mercado imobiliário da zona de conforto, promovendo uma profunda transformação nas pessoas e processos.
No entanto, mesmo com recursos abundantes, as imobiliárias digitais não conseguiram resolver o alto custo com a angariação de imóveis e a falta de suporte pós contratos.
Enquanto as imobiliárias tradicionais resolvem a questão da angariação com relacionamento, força da marca e presença local, as imobiliárias digitais precisam resolver isso com Marketing Digital, impondo um CAC (custo de aquisição de clientes) insustentável no longo prazo.
Já em relação ao suporte, as imobiliárias tradicionais resolvem esse problema com presença humana de alto nível na ponta. Já as imobiliárias digitais enfrentaram bastante resistência à teoria de que seria possível conectar proprietários e inquilinos através de um app.
Na minha opinião, nos próximos anos veremos uma definição clara de papéis. Empresas digitais cuidando de tecnologia e produtos financeiros, e empresas tradicionais cuidando da transação e suporte.

As perguntas que eu entendo que toda imobiliária tradicional deveria responder são:
- Como eu fortaleço aquilo que me diferencia?
- Qual é o verdadeiro papel de uma imobiliária? Como terceirizar ou fazer uma parceria naquilo que não é o meu core?
- Meus gestores estão preparados para a próxima década de transformação digital?
por Lucas Madalosso, CEO e co-fundador da Refera
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