Crédito com garantia de imóvel, Home Equity valoriza o mercado imobiliário
18 de janeiro de 2018
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O Home Equity é um crédito com garantia de imóvel, feito por bancos e empresas financeiras de menor porte, para quem deseja um empréstimo com prazo de pagamento flexível e juros mais atrativos. Ainda não tão conhecida no País, a modalidade já movimentou bilhões no mercado, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abrecip), o que reforça a credibilidade do setor imobiliário.
Por muitas ocasiões, o corretor de imóveis é questionado se ainda é um bom negócio investir em propriedades. Além da estabilidade e ganhos que podem ser obtidos através delas, o Home Equity atesta a força de um imóvel para a captação de verba.
O dinheiro, oriundo das entidades financeiras, pode ser usado para qualquer fim, como no investimento de uma empresa, abatimento de dívidas, construção, reforma para a valorização do próprio bem, entre outras opções.
O presidente da Abrecip, Gilberto Duarte de Abreu, explica que a vantagem dessa modalidade é justamente a menor taxa de juros. Entretanto, faz uma ressalva: o interessado deve ter bastante consciência sobre as parcelas.
“(O cliente) precisa saber como vai usar o crédito para investir ou pagar uma dívida, por exemplo. Se não tiver controle (sobre as contas), pode não resolver como agravar a situação financeira devido ao ônus dos juros”.
De acordo com Abreu, mesmo o brasileiro conhecendo e usando mais o crédito consignado, cheque especial, entre outros, o Home Equity já evoluiu bastante. “É um mercado de R$ 10 bilhões (movimentado), que já passa a ser algo relevante”.
Ele ressalta, porém, que, no momento em que o imóvel é colocado como garantia, passa a estar alienado à instituição financeira com a qual foi feito o acordo. “Para vender, é preciso quitar a divida. Ou, se for o caso, o comprador pagar o valor”.
Percepção do mercado
Segundo o gestor do Crédito com Garantia de Imóveis do Banco Daycocal, Laércio Roberto de Souza, o produto, em breve, “será a segunda onda do mercado imobiliário brasileiro”, pois o mais conhecido, utilizado e considerado a primeira “onda”, ainda é o financiamento para aquisição.
“O brasileiro aprenderá a usar o seu imóvel como oportunidade de ter crédito barato e de longo prazo, além de melhor utilizar os recursos para um crédito consciente, como já acontece nos países desenvolvidos”.
O superintendente executivo de Negócios Imobiliários do Banco Santander, Fabrizio Ianelli, concorda que a modalidade de crédito tem sido melhor trabalhada pelas instituições financeiras. Segundo ele, a expectativa é de fechar 2017 com crescimento 30% maior do que a carteira de clientes de 2016.
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