Cenário político e o mercado imobiliário


China direciona mais de 40% do PIB para o setor, já o Brasil não chega a 20% (Foto: Shutterstock)
Passadas as eleições, com a reeleição da presidente Dilma Rousseff, como deverá se comportar o mercado imobiliário e o que os empresários do setor esperam e propõem?
O presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, acredita que o momento é de união das forças vivas deste País, comprometidas com o crescimento econômico, a equidade social e o bem-estar dos brasileiros. “Precisamos de um país totalmente livre da corrupção, que tenha suas contas equilibradas, planejamento de longo prazo e eficiência nas ações; que tenha previsibilidade e segurança jurídica. Este é o nosso desejo e de todos os brasileiros”, enfatiza.
Segundo Bernardes, a diretoria do Secovi-SP está com o firme propósito de estreitar o diálogo com o governo, apresentando propostas e subsídios técnicos para que a questão da moradia no País seja enfrentada de maneira ainda mais eficaz e definitiva.
Em documento elaborado pelo Secovi-SP entregue à equipe de governo da presidente Dilma Rousseff, no qual a entidade apresenta sua propostas, é ressaltado que o governo terá de rever sua política de investimentos públicos. “A China direciona mais de 40% do PIB para essa finalidade. O Brasil não chega a 20%. Terá, também, de rever sua política de comércio exterior. Olhar para o Pacífico pode ser um bom começo”, relata o documento.
Segundo Bernardes, os desafios são muitos. “Mas, de maneira alguma, podemos retroceder nas conquistas econômicas e, principalmente, democráticas, hoje claramente ameaçadas”, afirma no documento.
“Entretanto, seja qual for a dificuldade, a indústria imobiliária tem condições de oferecer lastro ao desenvolvimento, fornecendo sustentação para que a travessia seja feita”, diz.
O documento reforça que, havendo condições básicas de trabalho e produção, poderá ser retirada, dos ombros da União, a responsabilidade de tudo fazer e de tudo prover para os brasileiros, o que acaba por conduzir a um modelo de assistencialismo que tira do cidadão a vontade de progredir por si próprio.
“A indústria imobiliária continua pronta para desempenhar seu papel. Alguns ajustes, acompanhados da implantação de uma efetiva política nacional de habitação, vão descortinar um horizonte de possibilidades ao desenvolvimento nacional”, finaliza Bernardes no documento.
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