A moradia é um direito que precisa ser exercido de forma digna
A dignidade do morar é um tema que está cada vez mais presente no ecossistema do grupo ZAP+. Na tarde deste segundo e último dia de Conecta Imobi 2022, o assunto foi discutido na plenária Negócios com a presença de Milene Abla, presidente da Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura, e André Czitrom, empreendedor social da Magik JC. A conversa foi intermediada por Danilo Igliori, head do DataZAP.
Os três especialistas passaram por diversos temas que permeiam o assunto: mobilidade e infraestrutura urbana, desenvolvimento sustentável, habitação social e o papel de todos os agentes no debate público sobre moradia.
Para introduzir, Igliori perguntou sobre a relevância do tema para os participantes. Milene destacou: “A palavra ‘digno’ é muito bem colocada. A gente tem que partir do princípio que a moradia é um direito, mas nem todo mundo mora da forma correta e adequada”.
E completou: “Quando você reflete sobre o déficit habitacional do país, você está falando de quase 6 milhões de pessoas morando em condições precárias. Todas essas condições são o oposto da dignidade”. Ainda segundo Milene, para morar bem, são necessários projetos e planos de governo para assessorar essa população em más condições.
Aproveitando esse gancho, André trouxe também a questão da locomoção na moradia digna. “A gente não pode pensar apenas na construção da moradia, mas onde morar e com quem essa pessoa mora (a comunidade em que ela está inserida). Isso tudo envolve morar bem e a gente começa a ver a necessidade de outras iniciativas para suprir isso”, falou.
“É um enorme desafio liberar pressão de déficit habitacional” (André Czitrom)
Com o assunto engatado, Danilo Igliori perguntou sobre os elementos que compõem esse problema e qual seria a agenda para dar passos importantes e mudar essa realidade.
Para Milene, essa é uma questão que depende de diferentes fatores econômicos e políticos, como: capacidade de compra, enxergar as áreas centrais das cidades e como ocupá-las da melhor forma possível, retrofit, por exemplo. “Isso não resolve o déficit habitacional, mas eu acho que pode atenuar e trazer vida para as cidades”. E ainda acrescentou:
“A partir do momento que conseguirmos fazer isso, a gente traz qualidade de vida, melhora o trânsito, a industrialização de forma que causem menos impacto. Por mais que pareça uma realidade distante, já existem várias iniciativas nesse sentido de interesse social” (Milene Abla)
Sobre a resolução do déficit habitacional, André disse ainda que a disputa de protagonismo de qual grupo vai encontrar as soluções é o que gera o maior impasse. “Um grande problema é a judicialização do tema cidade e habitação. Quando isso acontece, a cidade fica parada, não se desenvolve, não adianta”.
Falando isso, André completou dizendo que, se todo mundo quer uma cidade melhor, com mais habitação, o ideal é haver parcerias entre setores e categorias, não disputas.
Aproveitando o assunto, Igliori completou: “Articular os vários atores para a solução dos problemas destacou a participação da população nesses embates. O primeiro passo é articular como recortar isso. Vamos apostar em dados e em tecnologias para fazer a gente pensar nisso”, disse.
ZAP+ define dignidade do morar como causa de marca
O ZAP+ acompanha de forma atenta o debate sobre o acesso à moradia digna e, com foco na responsabilidade social, elegeu o tema “Dignidade do Morar” como causa da marca. O anúncio veio no palco principal do Conecta Imobi 2022 no segundo e último dia do evento.
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