Vídeo imobiliário vira trunfo para vendas e corretores apostam em cursos de especialização
Responda rápido: o que te leva a querer conhecer um lugar? Provavelmente a imagem que viu do local tenha te impressionado, certo? Pois saiba que o chamado “primeiro olhar” faz a diferença no mercado imobiliário. E quanto mais interessante a imagem vista por um cliente, maiores as chances de se fechar um negócio. Na internet, os vídeos despertam a curiosidade do usuário, e o trunfo do momento é a produção de filmagens com alto padrão de qualidade. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Google, em 2019, os vídeos serão 80% do total do tráfego de internet.
Não basta estar com o celular na mão e apertar o “rec”. Filmar um imóvel requer habilidade. Tanto que várias imobiliárias estão investindo em cursos para formar corretores que produzam material de vídeo para um anúncio. O produtor audiovisual e palestrante Celso Saraiva investiu na tendência e abriu a produtora ASA100, especializada no serviço. Ele treina profissionais para que passem a operar ‘com maestria’ seus próprios celulares. Segundo ele, até então, poucas pessoas no mercado estavam acostumadas a trabalhar com vídeo. “Tínhamos na internet vídeos amadores, sem técnica, que não passavam a sensação de encantamento. E isso acabava desqualificando o imóvel”, resume.
Na imagem abaixo é possível observar o antes e depois que o uso da lente e o HDR disponível em smartphones faz a diferença na fotografia imobiliária.
Treinamento
A ideia foi oferecer cursos para imobiliárias e incorporadoras. No treinamento, com seis horas de duração, Saraiva ensina o corretor a captar imagens, cômodo por cômodo, sem pressa e sem “arrastar” ou borrar a imagem, entender qual é a luz favorável à captação, buscar o melhor ângulo para se filmar, e por aí vai. “O profissional faz tudo com o seu smartphone. Para melhorar a qualidade do vídeo, colocamos na frente da lente da câmera do celular uma outra lente, chamada ‘grande-angular’. Este equipamento é preso como um acessório e aumenta em 40% a área de captação”, conta. Com as imagens captadas, o corretor envia o material para a ASA100 através de um sistema de gerenciamento de vídeos, em seguida ela devolve, em 24 horas, já editado, com trilha sonora, vinheta animada com a identidade visual do cliente e as principais informações em legendas.
O corretor Claudio Ferrer, da Criar Imóveis, tinha pouca familiaridade com o uso de smartphones. E quando se falava em fotografia ou vídeos, a intimidade com o aparelho era praticamente nula. “Hoje é algo fundamental para o meu trabalho. Meu olhar mudou completamente e eu já fechei negócios, porque o cliente viu um vídeo que fiz”, conta. “Ele se transformou com o curso. Chegou a trocar o celular por um mais moderno. Hoje em dia, seus vídeos têm um grau de perfeccionismo e qualidade muito interessante”, diz Saraiva.
Temática de vídeos é ampla
Para grandes incorporadoras, vídeos que mostram a estrutura de um empreendimento e suas instalações são básicos. A tendência é produzir conteúdo que tenha a ver com o tema moradia e estilo de vida. Isso inclui dicas sobre o entorno do imóvel, decoração, noções de arquitetura e bem-estar. Na Brookfield, a utilização de recursos audiovisuais sempre foi a maneira mais eficaz para a apresentação dos projetos. O diretor de incorporação da unidade São Paulo, João Mendes, conta que os temas relacionados à decoração são os conteúdos mais consumidos em suas nossas redes. “Além de uma prestação de serviço aos nossos clientes, ‘prospects’, corretores e interessados em imóveis, os vídeos de decoração são uma forma discreta de apresentar nossos lançamentos, pois todos têm como pano de fundo os apartamentos decorados de projetos da companhia. É uma forma de mostrar nossos novos produtos e nossas unidades decoradas de maneira sutil, apresentando dicas e novas possibilidades de decoração”, explica ele, colocando que os próximos passos da companhia serão no caminho da exploração de ferramentas de transmissão de vídeo nas redes sociais, como o Stories (Instagram) e também os “lives” (transmissão de vídeos ao vivo) de Facebook e YouTube.
O videomaker Albert Moreira, sócio de Saraiva na empresa ASA100, diz que o vídeo imobiliário funciona como um comercial, pois apresenta as melhores impressões do produto, fazendo com que o cliente queira saber mais sobre ele. Ainda assim, segundo ele, o vídeo transcende o aspecto físico do imóvel e consegue propiciar a quem vê uma inserção de informações relevantes. Recentemente, Saraiva e Moreira gravaram a vista de um empreendimento, andar por andar, para mostrar o que cada novo proprietário poderia olhar da varanda de seu apartamento. Na MaxHaus, empresa que vende o conceito de planta aberta, que poder ser modificada pelo proprietário, foi feito algo semelhante. A ideia foi produzir vídeos com drones para o futuro comprador do apartamento ter certeza de qual será a vista do andar que está comprando. “Isso cria um universo de estímulos, tornando tudo mais atrativo”, completa Moreira.
Se você, corretor ou profissional do mercado imobiliário, se interessou pelo assunto e quer saber mais sobre as técnicas de vídeo em smartphone, veja onde encontrar o curso: www.asa100.com.br
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