Projetos disruptivos focam no morador e na cidade
Clientes cada vez mais buscam projetos que se adequem ao seu estilo, mas também pense no seu entorno
As cidades têm se transformado e não só porque estão mais populosas ou com mais trânsito. O crescimento é natural, um processo ininterrupto ao longo dos anos. Mas existe uma outra mudança que ainda caminha a passos lentos, mas que começa a transformar o cenário das grandes cidades. É uma adaptação ao que os consumidores buscam, uma nova forma de consumir, coerente com gostos e estilo de vida, preocupada com questões que antes não faziam a diferença. O mercado imobiliário não está imune e tem acompanhado esse processo. O resultado são projetos disruptivos ganhando espaço no setor.
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Diferentes culturas, mas mesmas preferências
O Brasil é um país continental, diferente em cada região e o mercado imobiliário atua diferente em cada uma delas para atender ao gosto do consumidor local. Mas tem uma questão que é inerente a qualquer canto do país. “Muitas vezes as pessoas tendem a dizer que um projeto diferente não vai funcionar em determinado local. A cultura é diferente, mas, no fundo, quando se trata do mercado imobiliário, as pessoas querem a mesma coisa: morar bem e estar perto da família e dos amigos”, disse Paulo Toledo, CEO da Cia Inteligência Imobiliária, durante palestra do Conecta Imobi 2021.
Os empreendimentos podem transformar as cidades e o empreendedor precisar pensar o que pode fazer de diferente para transformar também a vida das pessoas. É preciso trazer produtos inovadores para trazer aderência e fazer sucesso. E os corretores precisam estar abertos a esse olhar. “O cliente compra porque ele se identifica com o produto”, disse Paulo.
Pensar a cidade leva a grandes transformações
A cidade se transforma em um ritmo acelerado e os atores do mercado imobiliário precisam desenvolver o exercício de pensar a cidade para o futuro. “A cidade é um organismo vivo, é preciso entender as tendências de consumo e comportamento. É preciso avaliar os impactos que os empreendimentos vão causar na calçada e no entorno, são pontos que podem levar a grandes transformações”, ressaltou Thiago Monteiro, CEO da Haut Incorporadora Design.
Gentileza urbana também gera gentileza
A gentileza urbana é um conceito que está, cada vez mais, presente nos projetos de empreendimentos disruptivos. Estamos falando da valorização não apenas do espaço interno, também do entorno. É um movimento que dá atenção ao paisagismo externo, como o empreendimento impacta os passantes e não só os moradores, como ele pode ser transformador para a cidade.
O cliente cada vez mais dá valor quando um projeto do mercado imobiliário agrega valor para a comunidade. “As pessoas gostam e cuidam do que conhecem, existe um senso de comunidade cada vez mais forte. A questão da gentileza urbana está cada vez mais no dia a dia e os clientes dão valor”, ressaltou Rafael Kirchner, sócio-diretor da Vokkan Urbanismo. A empresa é responsável pelo que é considerado o primeiro bairro parque do Brasil, em Santa Catarina, com opções de moradia, lazer, comércio e prestação de serviços.
Inovação faz a diferença
Uma tendência de mercado é que as pessoas não querem mais morar igual, elas querem se identificar com o produto. Até para investimento, a inovação valoriza mais. “No Recife, o mercado imobiliário não se reinventava fazia tempo, com as mesmas fachadas, mesmos produtos. Por que precisa se conformar com ruas com muros de cinco metros? Por que não ter uma arquitetura mais aberta e inclusiva? Tomamos a decisão de entrar no mercado de luxo, mas não luxo ostentação, com torneira de ouro. É o novo luxo, focado nas experiências, life style, posicionamentos, memórias que os apartamentos podem produzir ao usuário”, concluiu Thiago.
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