O guia completo para fazer um planejamento de obras
O processo de planejamento de obra é a base para o sucesso de qualquer projeto de construção, garantindo não apenas a organização das atividades, mas também a eficiência na execução.
Essencialmente, este tipo de planejamento envolve uma série de etapas, desde a regularização da obra junto aos órgãos competentes até a elaboração de cronogramas financeiros e de execução detalhados.
Neste guia completo, abordamos em detalhe cada uma das etapas, processos, métodos e fases do planejamento de obras, explicando a sua elaboração e ressaltando os ganhos positivos para os novos empreendimentos.
Continue no artigo e tenha uma ótima leitura!
Qual a importância do planejamento de obras?
O planejamento de obras é um processo essencial para garantir a execução bem-sucedida de um projeto de construção.
Este processo deve ser realizado com base em uma série de etapas, como a regularização da obra, o levantamento de atividades e a elaboração de cronogramas financeiros e de execução.
Por exemplo, imagine a construção de um edifício comercial. Sem o devido planejamento, a obra poderia enfrentar diversos problemas, como a falta de regularização junto aos órgãos competentes, o que levaria a multas e embargos, ou até mesmo a interrupção dos trabalhos.
Neste cenário, o não cumprimento do cronograma e a ausência de um levantamento detalhado de atividades e recursos poderiam gerar atrasos significativos, aumentar os custos e comprometer a entrega final do empreendimento.
Ou seja, um dos principais aspectos que ressalta a importância do planejamento de obras se encontra em sua capacidade de antecipar e minimizar riscos, além de assegurar o cumprimento de prazos e o controle dos custos.
É importante considerar também que o planejamento de obras não é apenas uma formalidade, mas um processo estratégico que possibilita a execução ordenada e eficiente de um projeto, assegurando a eficiência e assertividade de todos os aspectos técnicos, financeiros, legais e de qualidade de uma obra.
Mas, como realizar um planejamento eficaz, que gere impactos positivos na execução das obras? Continue e confira!
Como fazer um planejamento de obras?
Como vimos, a etapa de planejamento deve considerar diversos aspectos, desde os legais e de regulamentação da obra até aqueles relacionados ao projeto arquitetônico e estrutural. A seguir, explicamos em detalhe cada um.
1. Regularização da obra
A regularização de uma obra é fundamental para garantir que ela esteja em conformidade com as leis e normativas vigentes. Por exemplo:
- Código de Obras;
- Estatuto da Cidade;
- Ocupação do solo;
- Licença ambiental.
Antes do início da construção, é necessário que a administração e gestão da obra obtenha alvarás e licenças junto aos órgãos competentes, como a prefeitura, órgãos ambientais ou, em alguns casos, de salvaguarda de patrimônio cultural e histórico.
Essa etapa inclui a verificação de aspectos como uso do solo e segurança. A falta de regularização pode resultar em multas, embargos ou até a demolição da obra, além de impedir a comercialização ou legalização do imóvel após sua conclusão.
2. Levantamento das atividades
O levantamento das atividades consiste em identificar todas as tarefas envolvidas na execução da obra, desde a preparação do terreno até o acabamento final. Esta fase é essencial para o planejamento, uma vez que permite a visualização de todas as etapas do processo construtivo.
Assim, cada atividade deve ser detalhada, especificando sua natureza, recursos necessários e requisitos técnicos.
Um levantamento minucioso evita cenários de riscos, desperdícios, assim como também garante a execução eficiente de cada fase. Ou seja, o levantamento prévio facilita a gestão de equipes e recursos, além de permitir uma melhor organização do cronograma de execução.
3. Tempo médio de cada atividade
Determinar o tempo médio gasto em cada atividade demanda a análise do histórico de execução de projetos semelhantes, assim como consultas com profissionais especializados e uma avaliação das condições específicas do local da obra.
Essa estimativa deve considerar fatores como:
- Condições climáticas;
- Disponibilidade de mão de obra;
- Complexidade técnica do projeto;
- Possíveis interferências externas (alterações em legislação, por exemplo).
Um cálculo adequado evita atrasos e sobrecarga de equipes, garantindo um cronograma exequível e realista. O planejamento correto do tempo médio permite a sincronização entre as atividades e a otimização dos recursos.
4. Dependência e hierarquização entre as tarefas
A dependência e a hierarquização entre as tarefas referem-se à ordem de execução das atividades e como as tarefas se interconectam, dependendo uma da conclusão de outra.
No planejamento de obras, é essencial entender essa sequência para evitar atrasos e ineficiências. Por exemplo, algumas atividades, como a instalação de fundações, devem ser concluídas antes de iniciar outras, como a construção de paredes.
Neste sentido, o planejamento correto dessas interdependências garante que os recursos sejam alocados de forma eficiente, sem sobreposições ou períodos de inatividade.
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5. Levantamento das quantidades de cada serviço
Essa etapa, também conhecida como quantitativo de serviços, é fundamental para assegurar que todos os recursos sejam previstos de forma inteligente e precisa.
Como exemplo, uma das metodologias de levantamento convencionalmente usadas pressupõe a medição de áreas, volumes e unidades que serão utilizados em cada fase do projeto.
Portanto, nesta fase do planejamento de obras, um levantamento preciso é capaz de minimizar desperdícios e custos imprevistos, além de ser essencial para a elaboração de orçamentos e pedidos de compra junto aos fornecedores.
6. Levantamento de custos
No planejamento de obras, a etapa de levantamento de custos é crítica, pois abrange a precificação de todos os materiais, mão de obra, equipamentos e serviços necessários para a execução.
Para realizar um orçamento preciso, é essencial considerar as cotações de fornecedores, salários e possíveis imprevistos, como aumento no preço de insumos. Além disso, custos indiretos, como despesas administrativas e taxas, devem ser incluídos.
Vale ressaltar que um bom levantamento de custos permite a avaliação da viabilidade financeira da obra e ajuda a identificar possíveis reduções de gastos, sem comprometer a qualidade.
7. Cronograma de obras
Organizando o tempo de execução de cada atividade, o cronograma de obras considera as dependências entre elas e a disponibilidade de recursos.
Este cronograma detalha os prazos e quando cada tarefa deve começar e terminar, assim, possibilitando o acompanhamento e monitoramento da evolução da obra. Essa ferramenta permite identificar atrasos potenciais e ajustar as atividades para que o projeto se mantenha dentro do prazo estipulado.
É relevante considerar que o emprego de softwares especializados em gestão, de modo a auxiliar a elaboração de cronogramas precisos e monitoramento do progresso em tempo real, facilitando a tomada de decisões rápidas e eficientes.
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8. Cronograma financeiro
Determinar um cronograma financeiro representa uma das etapas essenciais do planejamento de obras, tendo por objetivo garantir que os recursos financeiros estejam disponíveis no momento certo.
Esta abordagem e processo gerencial, inserido no planejamento de obras, evita paralisações por falta de pagamento a fornecedores ou prestadores de serviços.
Este cronograma deve estar em sincronia com o de obras, prevendo os picos de demanda, assim como identificando períodos de menor gasto. Um bom planejamento financeiro também inclui uma margem para imprevistos, ajudando a manter a saúde financeira do projeto ao longo de sua execução.
9. Projeto arquitetônico e estrutural
O projeto arquitetônico e estrutural é o ponto de partida para o planejamento de obras, servindo como base para todas as etapas subsequentes.
Essencialmente, o projeto arquitetônico define a concepção estética e funcional da edificação, enquanto o estrutural determina todos os elementos técnicos que garantem segurança e estabilidade à obra.
Por estes aspectos, tanto o projeto arquitetônico quanto o estrutural devem ser aprovados por órgãos reguladores e seguir as normas técnicas vigentes. Além disso, é fundamental que esses projetos estejam alinhados para evitar incompatibilidades que possam comprometer a execução e o cronograma da obra.
10. Desenhos técnicos
Os desenhos técnicos são representações detalhadas das soluções arquitetônicas e estruturais, essenciais para guiar a execução da obra, integrando a estrutura dos projetos arquitetônicos e de execução da obra.
Desse modo, os desenhos técnicos incluem documentação que informa à equipe de campo as especificações do projeto. Entre outros:
- Plantas baixas;
- Cortes;
- Elevações;
- Detalhes construtivos.
Em paralelo, os desenhos também auxiliam na compatibilização entre os diferentes sistemas da edificação, como instalações elétricas, hidráulicas e estruturais. Como exemplo, a inclusão ou não de shaft na edificação.
Vale ressaltar que a precisão e clareza desses documentos são fundamentais para evitar erros durante a construção e assegurar que a obra seja executada conforme o planejado.
11. Gerenciamento de riscos
Considerando o planejamento de obras, a etapa de gerenciamento de riscos futuros é composta por algumas ações. Por exemplo, a identificação, análise e mitigação de potenciais problemas que possam impactar o cronograma, orçamento ou qualidade da construção.
Isso inclui desde questões técnicas, como cenários de falhas estruturais, até fatores externos, como mudanças climáticas ou possíveis atrasos na entrega de materiais.
Por estes aspectos, é comum entre as construtoras, a criação de planos de contingência e a alocação de reservas financeiras para imprevistos são estratégias comuns. Assim, permitindo a maior previsibilidade do projeto, reduzindo o impacto de possíveis adversidades ao longo da obra.
Conclusão
Neste guia completo sobre planejamento de obra você aprendeu como elaborar e qual a importância deste processo que antecede a realização da obra, tendo por objetivo a eficiência operacional aliada à redução de custos.
Neste sentido, o processo de planejamento não se trata apenas de um conjunto de formalidades burocráticas, mas sim de uma ação estratégica e fundamental para a execução eficiente de qualquer projeto de construção.
Ao assegurar a regularização da obra, a hierarquização de tarefas, a alocação correta de tempo e o gerenciamento de custos, o planejamento proporciona não apenas o cumprimento de prazos, mas também a qualidade final da construção.
Portanto, um planejamento bem estruturado garante o sucesso da obra, tanto em termos operacionais quanto financeiros, fortalecendo a viabilidade e a sustentabilidade do empreendimento.
Gostou do artigo? Aproveite e saiba também sobre a importância e como elaborar um Projeto Executivo!
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