Gestão condominial: 6 práticas para fazê-la da melhor forma
Gestão de condomínios pode ser algo mais complexo do que imaginamos. A gestão condominial envolve uma série de detalhes burocráticos e práticos para garantir o bom funcionamento do condomínio e, consequentemente, a qualidade de vida de quem mora em prédios.
A gestão condominial normalmente é feita pelo síndico do condomínio, que pode ser interno ou contratado, com o suporte de empresas especializadas em gestão de condomínios.
Neste artigo, vamos explicar o que é gestão condominial, quais os tipos de gestão de condomínios e dar dicas para condomínios que querem fazê-la da melhor forma. Boa leitura!
O que é gestão condominial?
Gestão condominial é a área responsável pela administração do condomínio como um todo.
A gestão do condomínio passa por responsabilidades financeiras, jurídicas, operacionais e até mesmo de ordem cívica entre os moradores.
O principal objetivo da gestão condominial é garantir que o condomínio funcione da melhor forma, desde o pagamento de contas e realização de manutenções, até a zeladoria do patrimônio do condomínio.
Funções da gestão condominial
As funções da gestão de condomínio são diversas, com diferentes níveis de complexidade.
Veja algumas:
- Gestão financeira: gerenciamento da conta bancária do condomínio, entradas e saídas do orçamento, contas a pagar etc;
- Folha de pagamento de funcionários próprios e terceirizados, como portaria, limpeza, segurança, entre outros;
- Prestação de contas;
- Convocar e mediar assembleias para deliberar sobre temas relacionados ao condomínio;
- Manutenções de rotina e extraordinárias, desde a constatação de eventuais reparos até a contratação de prestadores de serviço, acompanhamento de obras etc;
- Garantir o cumpriemnto do regimento interno do condominio;
- Gerenciar conflitos entre moradores que possam impactar na vida coletiva do prédio, aplicando sanções previstas nas regras do condomínio (Exemplo: problemas relacionados a barulhos ou mal uso de áreas comuns).
Tipos de gestão condominial
A gestão de condomínios é uma tarefa complexa, que pode variar de acordo com o tamanho do empreendimento e de moradores.
Existem também diferentes tipos de gestão condominial, que também podem servir a diferentes demandas e níveis de complexidade da administração da vida em condomínio.
Gestão de condomínio terceirizada
A gestão condominial terceirizada é aquela em que se contrata uma empresa especializada na gestão de condomínios.
Além de um ponto focal na empresa, que faz o papel do síndico do condomínio, normalmente a contratação envolve equipes de comunicação, financeiro, prestação de contas e outras especialidades necessárias para o gerenciamento do condomínio.
Essa é uma opção cada vez mais comum em condomínios de diferentes portes, sobretudo prédios com número maior de moradores, áreas comuns, etc;
Autogestão do condomínio
No formato de autogestão, quem faz a administração do condomínio são os próprios moradores.
Normalmente, essa gestão é feita através de um síndico eleito em assembleia, que também é morador do prédio.
Essa modalidade de gestão de condomínio é mais comum em prédios menores, com demandas teoricamente menos complexas que condomínios maiores.
O síndico eleito tem as mesmas responsabilidades de uma gestão terceirizada, sendo responsável por zelar pelo bem estar do condomínio e pelas questões administrativas do prédio.
Normalmente, há remuneração em dinheiro ou isenção da taxa condominial ao morador eleito como síndico.
Síndico contratado
Neste caso, contrata-se um síndico profissional para cuidar das responsabilidades administrativas e gerenciais do condomínio.
Ele será responsável pela prestação de contatos, gerenciamento de funcionários terceirizados, entre outras tarefas.
Não há necessariamente uma empresa terceirizada com equipe dedicada para a gestão do condomínio, contratando-se apenas a figura do síndico.
Autogestão assistida
Este formato de gestão condominial é um híbrido entre a autogestão e a gestão contratada.
Isso porque, na autogestão assistida, há um síndico que faz parte da comunidade do condomínio, além de um conselho também composto por moradores, que contam com a consultoria de uma empresa ou profissional especializado.
A autogestão assistida do condomínio também pode contar com a terceirização de serviços específicos, como jurídico e contabilidade.
Boas práticas para gestão condominial
Embora cada condomínio tenha suas especificidades e a gestão condominial deva se adequar às demandas específicas do espaço e seus moradores, existem práticas que servem para toda gestão de condomínios.
Veja algumas dicas para uma boa gestão de condomínios:
- Ter um bom planejamento
Mapear manutenções, contas a pagar, comunicados, assembleias e tudo o que for possível prever é fundamental.
O bom planejamento evita que a gestão do condomínio seja pega de surpresa com as tarefas do dia a dia.
Também é a partir do planejamento que a gestão codominial pode visualizar oportunidades de melhoria em determinadas áreas, além de garantir histórico para novas pessoas.
Ter um documento com as ações gerenciais, com suas respectivas datas e status é o primeiro passo para construir um bom planejamento.
- Boa comunicação e transparência
Muitos problemas da vida em condomínio podem ser evitados com uma comunicação clara e transparente, tanto entre a gestão e funcionários quanto com os moradores.
Para tomadas de decisão que impactam o coletivo, organize assembleias objetivas com pautas pré-definidas e claras.
Os comunicados do dia a dia também devem ser de fácil entendimento para todos os moradores, e nos canais oficiais da gestão.
- Contar com apoio jurídico
Existem diversas questões relacionadas ao condomínio que são regulamentadas pela legislação do país, como a chamada Lei do Condomínio, além de leis municipais.
Para uma boa gestão condominial, é importante que o síndico conte com apoio de equipe ou profissional especializado para orientar as tomadas de decisão e ações gerenciais no condomínio, a fim de evitar eventuais problemas legais no futuro.
- Terceirizar o que for necessário
Ainda que a gestão condominial seja autogerida pelos moradores, é importante recorrer a profissionais e empresas especializadas sempre que necessário.
Isso porque a gestão de condomínios pode envolver uma série de tarefas que dependem de determinadas expertises para serem executadas da forma correta, como ações contábeis.
Se você é gestor de um condomínio, não hesite em terceirizar o que for necessário para garantir a qualidade da gestão e evitar dores de cabeça.
Alguns investimentos valem a pena e evitam gastos para consertar erros.
- Gerenciar conflitos de forma empática e imparcial
Gerenciar conflitos faz parte da gestão de condomínios. Lembre-se que o condomínio é espaço de convivência e naturalmente conflitos podem e vão acontecer.
O importante é que o gestor esteja preparado para lidar com esses conflitos de forma empática e imparcial, colocando-se no lugar das partes envolvidas e buscando soluções que privilegiem o bem estar coletivo.
Aqui, uma dica extra é buscar técnicas de mediação de conflitos comuns em gestão empresarial e de equipes, como a comunicação humanizada e não violenta.
- Participar da vida do condomínio
A boa gestão também passa por saber o que acontece no condomínio. Mesmo terceirizada, a gestão deve entender como funciona o dia a dia e quais são as dores e fortalezas daquele espaço.
Assim, a gestão pode se colocar no lugar dos moradores e tomar ações gerenciais de forma mais empática e assertiva, focando no bem estar dos moradores do condomínio e na boa gestão dos recursos e patrimônios daquela comunidade.
A gestão de condomínios pode ser uma função complexa, mas, se feita da forma correta, é indispensável para a qualidade de vida de quem vive no condomínio.
Para o corretor de imóveis, é importante entender sobre a gestão condominial para orientar seus clientes na hora de apresentar os imóveis em condomínios.
Você sabe como funciona a gestão condominial nos prédios em que atua? Conta pra gente o que achou deste artigo nos comentários!
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