Coliving: entenda como funciona essa tendência de moradia
Já ouviu falar em coliving? Se você é um corretor de imóveis ligado às principais tendências do setor, certamente esse termo é familiar.
Essa é uma modalidade de moradia que já é realidade ao redor do mundo e se mostrou uma tendência que veio para ficar.
Por trás do termo em inglês, há um conceito de moradia compartilhada que pode ser o formato ideal para muitas pessoas, especialmente aquelas que buscam por facilidades no dia a dia e apreciam a vida em comunidade.
A seguir, entenda um pouco mais sobre essa tendência de moradia.
O que é coliving?
Coliving é um conceito de moradia compartilhada. Em inglês, “coliving” significa literalmente “coabitando” e é justamente esta a melhor definição para esta modalidade de moradia.
No coliving, um grupo de pessoas possuem espaços individuais de moradia, como studios, como em um prédio em condomínio tradicional, ou apenas quartos individuais.
O grande diferencial do coliving é que esta comunidade compartilha de diversas áreas comuns, algumas delas que tradicionalmente fazem parte de uma casa ou apartamento, como sala de estar e cozinha.
Diferente de um condomínio tradicional, em que as áreas comuns funcionam mais como um complemento de lazer, como piscina e quadra esportiva, no coliving as áreas comuns cumprem uma função ainda maior.
No modelo de coliving, os moradores compartilham espaços como cozinha e lavanderia, por exemplo, fazendo uso coletivo desses recursos.
Existem diversos tipos de espaços que podem ser compartilhados no coliving, para diferentes finalidades, dos mais tradicionais aos mais inusitados.
Em geral, os colivings são oferecidos por empresas e startups imobiliárias especializadas neste tipo de moradia.
Construtoras, investidores e ONGs também entram na lista de instituições que podem oferecer esse tipo de moradia compartilhada.
Quais são os benefícios do coliving?
O coliving pode ser uma ótima alternativa de moradia para quem busca viver em comunidade, ter um custo de vida mais baixo e uma experiência social diferente.
Veja a seguir alguns benefícios do coliving:
- Economia: com a moradia compartilhada, o coliving oferece também o compartilhamento de despesas comuns, como aluguel e internet, o que torna o custo de vida no coliving mais acessível em comparação a moradias individuais.
- Flexibilidade: O coliving oferece mais flexibilidade aos moradores que moradias tradicionais. Isso porque é possível o espaço por períodos mais curtos ou longos, de acordo com a própria necessidade, além de possibilitar a mudança de dinâmica da moradia sem tanta burocracia.
- Senso de comunidade: Um dos principais benefícios do coliving é que este tipo de moradia oferece senso de comunidade e pertencimento. Com o coliving, é possível viver com mais colaboração e oportunidade de socialização, conectando-se a pessoas de diferentes origens, estilos etc.
- Comodidade: No coliving, é normal que as áreas comuns sejam bem equipadas, facilitando o dia a dia e oferecendo mais comodidade para a rotina dos moradores. Espaços como cozinhas, áreas de lazer e espaços de trabalho fazem a diferença para quem opta por esse tipo de moradia.
- Menos burocracia: Para quem quer fugir da burocracia, o coliving também é uma boa opção. Esse tipo de locação têm contratos mais simples, que agilizam o processo do aluguel e atraem clientes que buscam por praticidade também na hora de fechar o negócio.
- Oportunidade de networking: O coliving é uma das opções preferidas dos chamados nômades digitais, e um dos principais motivos é a oportunidade de ampliar seus contatos profissionais, o chamado networking. Pela socialização ampliada nos espaços compartilhados, muitos deles inclusive com a finalidade de ser um escritório, as oportunidades de conexão profissional também aumentam.
O que saber antes de atuar no nicho de coliving
Se você é corretor de imóveis, saiba que o coliving também é uma oportunidade para diversificar sua carteira de clientes e ampliar as possibilidades de negócios.
O coliving é normalmente criado por empresas especializadas no nicho de moradias compartilhadas, o que não dispensa, no entanto, o papel fundamental do corretor de imóveis como intermediador do processo de locação.
Se você se interessou pelo coliving, veja algumas informações importantes antes de apostar neste nicho de atuação do mercado imobiliário:
1. Qual o público-alvo do coliving?
O coliving oferece uma série de vantagens, mas, como nos outros tipos de moradia, não é para todo mundo.
Existe um público-alvo específico tende a optar por esse tipo de moradia compartilhada, especialmente jovens que trabalham de forma remota, estudantes, nômades digitais e mesmo pessoas recém mudadas de cidade que buscam por conexões no novo lar.
Famílias mais tradicionais e pessoas que preferem moradia com mais privacidade e menos interação certamente não fazem parte do público-alvo do coliving.
Entender as especificidades do público é o primeiro passo para atuar neste nicho. Portanto, capriche na sua pesquisa de mercado, converse com profissionais mais experientes e busque entender como impactar esse público.
2. Colivings são tendência em grandes centros urbanos
As moradias compartilhadas são uma tendência do mercado imobiliário nacional e internacional, especialmente em grandes capitais como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Isso acontece, principalmente, pela competitividade desses mercados e a dificuldade de encontrar opções de moradia acessíveis com boas localizações, devido a alta nos valores do aluguel.
As oportunidades de trabalho nessas regiões também fazem com que a demanda por diferentes tipos de moradia, incluindo o coliving, seja maior.
3. O coliving tem regras de convivência e locação específicas
Cada coliving possui suas regras e modos de utilização, tanto das áreas comuns quanto do modelo de locação das unidades individuais.
Essa é uma realidade dos condomínios tradicionais, mas em um contexto de colaboração e comunidade como o coliving, as regras de convivência são ainda mais importantes.
Entender os direitos e deveres dos locatários é essencial para orientar clientes da melhor maneira possível e evitar insatisfações futuras.
4. Como fazer o contrato de locação dos colivings?
Diferente da maioria dos contratos de locação, os contratos de moradia em colivings geralmente são simples e flexíveis.
Por exemplo, a maioria oferece diferentes opções de garantia de aluguel e durações de contrato inicial menores que o padrão, normalmente de 30 meses.
O mais importante quando o assunto é contrato do coliving é que ele explique de forma clara e objetiva sobre as obrigações e os direitos do locador, tanto no que diz respeito às obrigações financeiras, quanto à duração do contrato, política de cancelamento e as regras da moradia compartilhada.
Como corretor de imóveis, é seu papel entender caso a caso para orientar melhor seus clientes.
5. Entenda os diferenciais de cada coliving e destaque-os
Com tantas opções de prédios, modelos e empresas oferecendo moradias compartilhadas, é papel do corretor de imóveis entender os diferenciais de cada empreendimento para destacá-los no momento da negociação.
Entender os diferenciais desse modelo também ajuda o corretor de imóveis a direcionar a oferta para clientes com perfil semelhante.
É importante entender quais serviços e comodidades o coliving oferece, além de dominar os detalhes da infraestrutura e outras informações importantes para oferecer um atendimento de qualidade ao cliente.
Como corretor de imóveis, é importante estar atento a essas e outras tendências, como oportunidade para diversificar seus serviços e atender a demandas de públicos cada vez mais diversos e exigentes.
Você já trabalha com esse formato de moradia? Conte sua experiência nos comentários!
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