Dicas e anotações do Real Estate Connect 2014
11 de agosto de 2014
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Mês passado, estive em San Francisco – USA, para participar juntamente com executivos da Rossi, Brookfield, PDG, Banco Pan, Cyrela, Patrimovel, e do portal VivaReal, do evento Real Estate Connect 2014, um dos maiores eventos mundiais para imobiliárias e corretores.
O evento apresentou mais de 100 palestras, reunindo mais de 2.000 profissionais durante seus 3 dias de duração.
Lembro de postar no Marketingimob sobre ele em 2011, e agora, 3 anos depois, lá estava eu. =) Posso dizer que foi uma grande realização.
Enfim, deixando o papo sentimental de lado, e falando um pouco sobre o evento, separei para compartilhar com vocês alguns pensamentos, ideias e dados estatísticos apresentados durante o Real Estate Connect. Espero que sejam úteis.
Antes de colocar todos os tópicos, compartilho aqueles que em geral, foram os temas mais abordados durante todo o evento. Apesar dos EUA realmente não ser igual ao Brasil, muito do que foi dito podemos sim ter a certeza de que refletem uma forte tendência.
Principais pontos:
- Mobile = Assim como as bilionárias empresas online AirbnB(pessoas colocam sua casa / quarto para alugar diretamente no site) e Uber (pessoas oferecem seu próprio carro para um serviço similar ao taxi), mudaram e mudam radicalmente os seus segmentos, não demorará muito para que o mobile force com que toda a indústria imobiliária também mude. Aqui no Brasil, onde é tabu divulgar o endereço, esta mudança tende a ser ainda mais forte;
- Vídeos = Pessoas preferem vídeos do que qualquer outro tipo de mídia – Tendência do “faça o seu próprio vídeo”. Seja o cliente, ao acessar online um imóvel, ou o corretor, ao filmar e transmitir em tempo real para o cliente – Drones, os robôs voadores, permitem vídeos profissionais mas ao mesmo tempo mais baratos;
- Conteúdo educativo = Dar toda a informação diretamente ao cliente
Outros pontos
- 99% dos corretores e profissionais do mercado imobiliário presentes portavam algum dispositivo tecnológico em mãos. A grande maioria, um tablet, mas também haviam smartphones e google glass (em menor número). Poucos tinham notebooks;
- Se você já ouviu profissionais do mercado falando mal da qualificação dos nossos profissionais, lá também ocorreu o mesmo. Participei de um painel onde consumidores falavam de seus corretores, e as reclamações são basicamente as mesmas que vemos aqui “o corretor não me responde / o corretor não tira boas fotos / o corretor avaliou o meu imóvel com um valor errado, etc”. Isto me chamou a atenção. Conhecemos as falhas do nosso sistema, mas lá achei que fosse diferente, pois o papel do corretor de imóveis nos EUA, assemelha-se ao médico no Brasil. Algo mais próximo e duradouro, com foco no relacionamento de longo prazo;
- Diferente do Brasil, lá existem dezenas, ou melhor, centenas, talvez milhares, de diferentes tipos de serviços voltados exclusivamente para o mercado imobiliário. Por exemplo, existem até gráficas voltadas exclusivamente para o mercado (entre outros diversos exemplos de empresas que poderiam ser genéricas, mas não, são voltadas para o corretores, imobiliárias e construtoras);
- Existe bastante foco no desenvolvimento de conteúdo educativo para compradores, vendedores, locatários, etc. Bem diferente do Brasil, onde são pouquíssimas as fontes de consulta online que informam como de fato comprar ou vender um imóvel;
- Se os consumidores tiverem uma experiência ruim em seu aplicativo / site mobile, eles nunca mais vão voltar;
- Consumidores preferem assistir vídeos 6x mais do que serem impactados com outras mídias;
- O mercado imobiliário pode fazer vídeos do tipo: 1. vídeo de imóveis / 2. depoimentos de clientes / 3. Vídeo do tipo “como fazer..”, ensinando pessoas / 4. vídeo promocionais;
- 2015 será o ano da importância do conteúdo e do inbound marketing;
- Melhor horário para enviar um e-mail marketing é 7h de sábado (ao menos conforme este palestrante americano);
- Adicionar uma aba no site com “venda seu imóvel” aumentou 54% o número de interessados em vender a casa com a imobiliária em questão;
- “Corretores são econômicos, eles até podem pagar U$5 em um café no Starbucks, mas nunca vão pagar U$0.99 em um aplicativo. É preciso mostrar que o investimento vale a pena.”
- “Os consumidores querem ser educados! … Mas eles não querem aprender.”
- Em média os americanos tem 30 aplicativos instalados em seus celulares. Mas só usam 10.
- Corretores que respondem imediatamente dobram a efetividade de seus contatos em relação aos que respondem em 3 minutos; (quem no Brasil responde em 3 minutos? =O )
- O mercado imobiliário americano emprega mais de 2 milhões de pessoas;
- Entre 2009 e 2003 as buscas do Google para imóveis aumentaram 253%;
- 84% das imobiliárias nos EUA são independentes (não são franquias, e não tem filial);
- 92% das buscas pelo imóvel são online;
- O mercado imobiliário investiu U$27 bilhões em publicidade em 2013…
- 56% deste valor vai para mídia online x 27% mídia impressa;
- Na maioria dos casos, mídia sociais não gera absolutamente nenhum retorno;
- 75% dos leads originados por meios online, que não foram aproveitados, foram devido a ausência de resposta ou resposta muito demorada;
- 85% dos vendedores querem corretores que utilizam vídeos para divulgar o seu imóvel. Apenas 15% utilizam;
- Páginas do Facebook estão morrendo, e os corretores e imobiliárias precisam sair desta o quanto antes.
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