Alexandre Frankel: “Somos uma empresa de bytes e não de tijolos”
“A gente anunciou no começo desse ano que a Vitacon não vai mais vender apartamentos. É isso mesmo.” Foi com essa frase que Alexandre Frankel, CEO da Vitacon, abriu sua palestra na sexta edição do Conecta Imobi. “Eu queria contar um pouco para vocês qual é o futuro, o que a gente está enxergando”, completou o empresário.
A construtora completou 9 anos de existência em 2019 e até hoje já fez 70 prédios. Segundo Frankel, eles acreditam em um modelo diferente de negócio para os próximos anos. Ficou curioso para saber mais? Então continue a leitura!
Tudo começou com o desejo de transformar a mobilidade nas cidades
“Nós sonhamos com uma cidade em que tudo poderia ser mais fácil, mais rápido. E eu que era um cara que ficava 5 horas por dia dentro de um carro, reinventei completamente a minha vida”, compartilhou Frankel.
Logo, a Vitacon sempre buscou proporcionar mais tempo para as pessoas e isso se refletiu nos hábitos de consumo da população. De acordo com dados apresentados na palestra, 40% das unidades vendidas em São Paulo em 2018 foram sem vaga de garagem.
Espaços menores e compartilhados
Outro conceito defendido pela companhia é o de “vida inteligente” ou “vida sob medida”. Ou seja, apartamentos bem menores e compactos (a construtora chegou até a fazer um de 10m²), tornando a moradia mais acessível para quem normalmente não conseguiria arcar com o custo de um espaço maior e que ainda fosse perto do trabalho, por exemplo.
Complementando essa ideia, a Vitacon também passou a investir no compartilhamento de áreas comuns dos prédios, como lavanderia. Segundo Alexandre Frankel, esses ambientes podem ser uma extensão das casas das pessoas.
“Estamos querendo questionar o status quo do mercado imobiliário”
Para Frankel, o modelo que nós conhecemos hoje pode não ser o mais adequado para muita gente em determinadas fases da vida. Sendo assim, a Vitacon criou a Housi, uma plataforma para prover moradia sob demanda, fluida e pronta para morar, pelo tempo que a pessoa quiser. O processo é totalmente digital e sem burocracia.
“A nossa ideia é tirar todos os atritos e a moradia ser consumida mais do que como um serviço: a gente quer criar uma nova categoria de produto”, explicou. Além disso, a construtora também lançou o conceito de App Space, que consiste em projetar prédios integrados com aplicativos de celular que queiram operar seus serviços e soluções dentro do condomínio. “Por isso hoje eu paro de vender apartamentos e começamos a pensar em ser uma grande plataforma para integrar o mercado imobiliário”, afirmou o empresário.
O que você achou dos insights que o Alexandre Frankel compartilhou? Conte pra gente!
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