Cliente estrangeiro aumenta lucros do corretor
Para prospectar clientes estrangeiros, não basta falar inglês. O corretor de imóveis precisa firmar parcerias internacionais, estabelecendo uma ampla rede de contatos no exterior. O primeiro passo é buscar, via internet, associações de corretores em países nos quais seja interessante captar clientela. Uma viagem até essas localidades traria uma bagagem importante para bons negócios. A opinião é do presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis no Estado de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto
É possível ter um excelente retorno financeiro com estrangeiros, que geralmente procuram apartamentos maiores, de alto padrão, bem localizados e em condomínios com toda infraestrutura de lazer– e não se importam de pagar bem por isso.
O presidente do Creci-SP ratifica que a locação e a venda de imóveis para estrangeiros são atividades para serem trabalhadas em parceria. “Principalmente para quem não tem experiência nesse ramo. E trabalhar com corretores do exterior que tenham clientes e a partir desses contatos ter condição de criar público para desenvolver essa atividade”.
Existem imobiliárias especializadas no segmento, já consolidadas no mercado imobiliário, principalmente nas capitais brasileiras. Os especialistas nessa área costumam ser experientes na profissão, mas nada impede que um corretor jovem entre no setor e obtenha sucesso profissional.
Para Liliana Ferrarese, fundadora da Sampa Housing, empresa paulistana especializada em aluguéis corporativos de espaços mobiliados, é importante que o interesse pelo setor venha acompanhado de um bom site, com anúncios em inglês.
“É necessário conhecer muito bem a cidade que está vendendo para passar segurança, ouvir e ajudar o cliente na escolha, descrevendo o que cada bairro tem de pontos fortes e fracos. Na maioria das vezes, os estrangeiros são novos no local e ainda não conhecem muito bem”, explica Liliana.
Segundo Viana Neto, muitas empresas que se instalam no Brasil e trazem executivos de fora costumam ter uma pessoa da própria companhia para fazer a prospecção de moradias, por isso o corretor daqui precisa se desdobrar. “Boa parte desses funcionários, às vezes até em nível de diretoria, acaba depois se transformando em corretor de imóveis, porque percebe que a atividade é rentável”.
O representante do Creci acha que o trabalho de autônomo também pode gerar bons frutos. “Conheço um corretor que só trabalha com empresários estrangeiros, faz locações. Ele fatura alto, porque aluga imóveis pelo dobro do que valem no mercado brasileiro. Os clientes pagam satisfeitos porque ele é muito profissional e tudo o que arruma é bom. Esse corretor consegue fazer locações com 2% do valor do imóvel, coisa que é quase impossível para corretores no Brasil”.
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