O que falta para que iniciativas urbanísticas transformem a cidade?
Especialista: Urbanismo
Estava na dúvida sobre qual tema abordar neste espaço, quando me dei conta de que estamos no início de outubro de 2014: primeiro turno das eleições. Pois bem, o momento é oportuno para refletir sobre a efetiva capacidade de mudança dos cidadãos.
Muitos entendem as eleições como o momento para definir o seu representante nos poderes executivo e legislativo e ponto.
Algumas exceções vão além, supervisionando a atuação desse ou daquele candidato eleito. Mas a grande parte da população não possui nenhum engajamento para fazer com que seus anseios sejam ouvidos, ou não se sente representada dignamente como foi demonstrado nas manifestações de julho de 2013.
Então o que falta para que pequenas iniciativas urbanísticas ecoem e transformem a cidade? Falta uma plataforma de captação de ideias e demandas dos cidadãos, que incentive a proposição de soluções por urbanistas, que supervisione os orçamentos e que busque parceiros ou meios inteligentes de financiamento dos recursos necessários.
Basicamente, uma entidade integradora do processo de desenvolvimento e viabilização de ideias, que pudesse assessorar governos a criarem um arcabouço legal, que permitisse a iniciativa privada cooperar com o poder público, promovendo a participação da comunidade local, outros profissionais e empreendedores, validando as demandas e garantindo a entrega, o uso e a sua perenidade. A ideia não é concorrer com o poder público, mas sim, dar oportunidade a projetos e iniciativas que estão por aí, nas garagens, nas universidades, nas associações de bairros, etc.
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