Vendas de imóveis de 1 dormitório cresceram 400% em 10 anos
Enquanto em 2004 as vendas desses tipos de imóveis somaram 1.657 unidades, em 2013 saltaram para 8.391. Os números são de um levantamento do sindicato da habitação de São Paulo (Secovi-SP) feito a pedido do G1. Nos últimos dez anos, a venda desse tipo de imóvel na capital cresceu 406,39%.
O valor comercializado dos imóveis (VGV) de um quarto, acompanhando o aumento das vendas, registrou uma variação ainda maior, de 686,5%, ao passar de R$ 471 milhões em 2004, para R$ 3,7 bilhões no final de 2013. Os números foram atualizados pela inflação calculada pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Os imóveis pequenos também têm conseguido atrair o consumidor pelas facilidades que oferece aos moradores. Não é apenas preço, porque, em muitos casos, imóveis novos menores são até mais caros do que imóveis antigos maiores na mesma região. Praticidade conta muito hoje em dia, e vai contar cada vez mais. Os condomínios desses imóveis oferecem praticidades, serviços que facilitam o dia a dia.
De 2004 a 2013, as vendas de imóveis de dois dormitórios subiram 118,46% (de 6.717 para 14.674) e de três, 8,79% (de 7.049 para 7.669). De 2004 a 2012, a média de imóveis ofertados de um quarto era de 8% [do total]. De repente, no final de 2012 e 2013, tivemos a oferta crescendo 150%. Isso acontece por dois fatores: busca pelo ticket mais barato, que cabe no bolso. O segundo quesito igual ou mais importante é o fato de, hoje, o grande comprador, em média, estar na faixa que vai até 35 anos de idade, que se preocupa mais com mobilidade [localização] do que com o tamanho.
Para as construtoras e incorporadoras, bem como para quem investe no mercado imobiliário, os imóveis menores são mais vantajosos, na avaliação dos especialistas. Isso porque quem constrói lucra mais com a venda de dois imóveis pequenos no lugar de um grande, bem como quem compra para oferecer à locação.
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