Um panorama do marketing digital imobiliário
Guilherme Blumer é um executivo de marketing que está no mercado imobiliário desde o início da sua carreira e, apesar de ter tentado outros setores, se apaixonou pela área e decidiu ficar. Acompanhou de perto toda a mudança de um mercado tão tradicional para a era digital e participou ativamente desse processo.
Em 2005, quando o mercado imobiliário ainda engatinhava para o digital e ainda não existia um CRM específico para o mercado imobiliário, como a suahouse, Blumer comenta:
“A gente usava a mesma ferramenta que o SAC da Sadia, ou seja, se você achava uma barata na sua lasanha ou precisava comprar um apartamento, era o mesmo processo”.
Se gerasse algum lead com o ZAP ou Viva Real, caia na caixa de e-mail de algum funcionário, era repassado para os gerentes, onde estes repassavam para os corretores. Como resultado, o tempo de resposta era absurdamente alto.
Em 2017, quando Blumer entrou na Brasil Brokers, ele encontrou uma empresa que estava passando pelo processo de digitalização – como a grande maioria das imobiliárias de hoje no Brasil. O lead era gerado pelo portal, caía na mão do corretor, o tempo de resposta para esse lead era bem variável e possuía uma cultura onde o forte era a geração de volume de lead cada vez mais barato. Nessa realidade, ele, que é um apaixonado por funil de vendas, começou a aplicar as práticas do marketing digital.
“O grande segredo do negócio não foi nem a ponta e nem a boca do funil – foi o meio. É aí que tem o grande segredo para melhorar sua conversão, entender melhor seu usuário.”
Guilherme Blumer
A partir desse conceito básico, grandes mudanças foram implementadas. Hoje, a Brasil Brokers tem uma média de tempo de 70 dias entre o recebimento do lead até a assinatura de um contrato.
É fato que o mercado ainda não se atualizou completamente. Ainda vemos a indústria imobiliária brasileira vendendo muito o sonho de compra e financiamento de imóvel.
“Li numa reportagem que em 2025, 75% da força de trabalho será composta pela geração de millennials. E essas pessoas não têm uma necessidade de compra de fato, muitas vezes é uma necessidade de experiência.”
O que muitas vezes falta no mercado é uma visão mais voltada para esse público, para a vivência de experiências. Não é a toa que personalidades, como Alexandre Frankel da Vitacon, estão fazendo a diferença e lucrando com isso.
Uma das grandes mudanças que a tecnologia fez com qualquer setor da economia é a possibilidade de organizar informações e dar uma escala nunca antes imaginada, principalmente o comércio – ao qual o mercado imobiliário também faz parte. Passamos a entender em escala os comportamentos e nuances da sociedade. Através de algumas métricas de marketing, é possível fazer a mensuração dos números para poder aplicar a melhor estratégia.
Lucas Vargas e Vítor Vasconcelos discutem com Guilherme Blumer sobre a evolução do marketing imobiliário e como sua correta aplicabilidade se tornou fundamental para se obter sucesso neste mercado cada vez mais digital.
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