Principais arquitetos do Brasil falam sobre os desafios de criar lançamentos inovadores
Profissionais dos principais escritórios de arquitetura conversaram durante o Conecta Imobi 2019 sobre o desafio de criar lançamentos inovadores. Todos concluíram que nos dias atuais a arquitetura precisa ser um meio de conexão entre as pessoas e a cidade. Os hábitos das pessoas nos dias de hoje justificam essa preocupação, que se torna uma tendência na área. Conheça mais a opinião de três dos principais arquitetos do Brasil sobre inovação que também influencia a estrutura do mercado imobiliário.
Liliana Sá – Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados
“Nós arquitetos temos um papel importante que não é só o de receber o briefing ou a vontade do nosso incorporador, cliente e investidor. A gente tem que fazer a conexão com as pessoas que vão usar os espaços que faremos”, explica Liliana Sá, da Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados.
A arquiteta reforça a mudança de hábito das pessoas acharem que não precisam ser mais proprietárias das coisas, como imóveis e carros. Esse comportamento reflete também na arquitetura, na cidade, fazendo com que seja necessário investir em lançamentos inovadores com espaços públicos para tirar as pessoas de dentro de casa, lugares onde trabalham, conversar na rua e socializar.
Greg Bousquet – Triptyque Architecture
“Esse novo paradigma faz com que a gente no mercado imobiliário tenha que atender uma demanda mais imediata e não faseada no tempo”, comenta Greg Bousquet, da Triptyque Architecture, sobre a tendência dos consumidores em não mais ter essa preocupação em possuir de fato um imóvel. O mundo virou maior para as pessoas, com mais possibilidades de mudanças.
Outro fator de destaque para Greg é a sustentabilidade aplicada na arquitetura. A mudança de hábito da sociedade tem que ser vista também na própria estrutura do prédio. A ideia é evitar o desgaste, ter uma sustentabilidade construtiva e pensar no futuro com menos carbono.
Rodrigo Marcondes – FGMF
“A nossa atividade vem carregada de inovação, mas uma inovação particular. É diferente de uma startup. A gente tem sempre que ser inovador, mas ao mesmo tempo esse projeto não vai ficar apenas um tempo e vai embora. Faremos prédios que ficarão décadas”, disse Rodrigo Marcondes, da FGMF.
O profissional explicou que a arquitetura e a construção refletem a sociedade. Conforme as pessoas mudam, a arquitetura se transforma também, mas ao mesmo tempo com uma inércia muito grande. Esse comportamento acontece devido ao fato dos lançamentos serem planejados uns 5 anos antes.
Dessa forma a arquitetura tem que sempre pensar se os lançamentos que estão fazendo ainda são inovadores, além de sempre conectar todos os elos da cadeia de construção: incorporadoras, arquitetos e corretores. “Nosso papel é saber como integrar tudo isso de uma maneira legal porque não inovamos sozinhos”, afirma Rodrigo.
Como sua imobiliária vê o papel da arquitetura no dia a dia? Conta para a gente nos comentários!
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