MCMV: novo teto do programa pode alcançar a classe média
Em um novo pronunciamento sobre o programa Minha Casa Minha Vida, o presidente Lula deu a entender que quer ampliar o teto do MCMV para a classe média.
“Nós precisamos fazer não apenas o Minha Casa Minha Vida para as pessoas mais pobres. Precisamos fazer o Minha Casa, Minha Vida para a classe média”, informou o presidente durante estreia do bate-papo semanal Conversa com o Presidente, falou, de acordo com reportagem da Agência Brasil.
“O cara que ganha R$ 10 mil, R$ 12 mil, R$ 8 mil, esse cara também quer ter uma casa e esse cara quer ter uma casa melhor. (…) Então vamos ter que pensar em todos os segmentos da sociedade para a gente fazer com que as pessoas se sintam contempladas pelo governo”, completou.
De acordo com Coriolano Lacerna, Gerente de Pesquisa e Inteligência de Mercado da OLX Brasil, é sabido que existe um grupo de famílias que se encontra em um “vale do crédito imobiliário”. “Elas possuem renda familiar acima do limite do antigo MCMV, porém, têm uma renda familiar muito baixa para adquirir um imóvel por meio do Sistema de Financiamento Habitacional, considerando um financiamento convencional”, explica.
Para Coriolano, essa modificação nas faixas de renda, mesmo que pareça pequena, somada a outras iniciativas do novo Minha Casa Minha Vida, como a revisão no critério de elegibilidade dos municípios e a descentralização da operação do programa da Caixa Econômica Federal, permitirá que aproximadamente 5 milhões de famílias que antes não tinham condições de adquirir um imóvel sejam beneficiadas.
Apesar de não ter havido nenhuma nova determinação, o desejo do governo pela ampliação ficou claro.
Senado aprova MP que altera faixas
O Senado aprovou na terça-feira, 13/06, a medida provisória que cria o novo Minha Casa Minha Vida, , restando apenas a sanção presidencial para concretização. Dentre todas as mudanças, o que me chamou a atenção foi a alteração nas faixas de renda.
Ainda de acordo reportagem da Agência Brasil, o programa vai atender famílias com renda mensal de até R$ 8 mil, em áreas urbanas, e de até R$ 96 mil no ano, na zona rural.
O texto, que já aprovado pela Câmara dos Deputados, também prevê a permissão do uso do FGTS para projetos de iluminação pública, saneamento básico, vias públicas e drenagem de águas pluviais.
E, segundo o conteúdo veiculado pelo portal EBC, há previsão de aplicar – no mínimo – 5% dos recursos do programa no financiamento da retomada de obras paradas, reforma ou requalificação de imóveis inutilizados e construção de habitações em cidades de até 50 mil habitantes.
Fim da exclusividade da Caixa
Além de todas as alterações relacionadas ao programa Minha Casa Minha Vida, um outro aspecto promete chacoalhar o mercado imobiliário: o fim da exclusividade da Caixa Econômica Federal como operadora do programa.
Essa mudança deve impactar diretamente o relacionamento com bancos privados, digitais e cooperativas de crédito que, agora, poderão operar no MCMV.
Confira o que Bruno Lessa comenta sobre o assunto:
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