Imóveis remanescentes podem se mostrar uma boa oportunidade
Na hora de comprar um imóvel é importante conhecer todas as opções que estão disponíveis no mercado para garantir a melhor a oferta. Os mais conhecidos são os lançamentos e os usados. Mas existe uma outra possibilidade, os imóveis remanescentes, que, diferente do que o nome sugere, podem se mostrar uma boa opção de compra para o cliente – e também de venda para o corretor.
As incorporadoras no lançamento de um empreendimento fazem todo tipo de apelo para chamar a atenção do consumidor e promover a novidade no mercado. Os argumentos tendem a favorecer a compra, como pagamento diferenciado e a chance de escolher a unidade que mais agrada. Em muitos casos, a ação de lançamento de um empreendimento pode ser suficiente para esgotar o estoque de imóveis. Mas, em outros, isso não acontece e as unidades que não foram comercializadas são chamadas de imóveis remanescentes.
Em outras ocasiões, estes imóveis são estrategicamente retirados das vendas para se criar uma reserva de estoque durante a obra ou até mesmo posterior ao término da construção. “Muitas vezes, as construtoras separam estas unidades em caso da necessidade de capital de giro com mais urgência”, explica Laudimiro Cavalcanti, diretor do Creci-RJ (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro).
Os corretores devem ficar atentos na hora de buscar um imóvel para os clientes. Ir além do lançamento e do usado pode se tornar um negócio atrativo, aumentando a possibilidade de fechar o negócio com mais rapidez. Isso porque os imóveis remanescentes podem se encaixar perfeitamente entre os desejos dos consumidores e podem oferecer uma série de vantagens, que podem servir de argumentos para os corretores. “Esta é mais uma opção de negócio a ser oferecida e que pode atender às necessidades de muitos clientes”, afirma José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP.
Um ponto positivo dos imóveis remanescentes é que, quando são colocados à venda, já estão prontos ou com a obra em estágio avançado. A possibilidade de analisar a unidade já com o resultado final para morar praticamente ou completamente pronto pode gerar uma segurança maior para o cliente. O prazo de entrega também pode ser levado em conta favoravelmente, já que o comprador vai poder se mudar em breve ou até mesmo de imediato. Esta é uma forma até de economia, se o comprador morar em um imóvel alugado, por exemplo.
Outro fator que pesa a favor é que, mesmo estando pronto ou em fase adiantada da obra, é possível financiar o imóvel remanescente. E ainda existe a possibilidade de negociar uma ótima condição de pagamento, principalmente se o construtor estiver precisando de capital de giro de forma mais imediata. Além do que, com o recesso da economia, a negociação pode ser ainda maior. “O cliente pode fazer uma proposta e, com a crise, a construtora não pode dispensar um potencial comprador e dificilmente vai recusar se for um bom negócio. No final das contas, o comprador pode até conseguir um preço mais barato”, garante Laudimiro Cavalcanti.
Ele ainda acrescenta que os imóveis remanescentes podem ser um bom negócio para quem tem dinheiro parado na poupança. “Vale a pena aproveitar para fazer propostas. A poupança não vai render tanto com o dinheiro aplicado e o imóvel vai recuperar esse preço e é sempre um porto seguro para um investimento”, conclui.
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