Especulação imobiliária: o que é e como ocorre? Saiba mais!
Você certamente já ouviu falar em especulação imobiliária, seja no noticiário ou em discussões do mercado. Mas você sabe o que significa e como esse processo ocorre?
O conceito de especulação imobiliária pode ser resumido como o ato de comprar imóveis com a intenção de vendê-los por um preço maior no futuro.
Existem, no entanto, alguns detalhes importantes sobre o assunto que todo corretor de imóveis precisa saber.
Continue lendo para entender como funciona!
Especulação imobiliária: o que é?
Especulação imobiliária é a compra e revenda de um imóvel por um valor mais elevado que o valor de aquisição.
Diferente do investimento imobiliário tradicional, ela tem o objetivo principal de revender o imóvel com altos ganhos.
A prática é comum no mercado de imóveis, podendo ser realizada por pessoas físicas ou empresas, como grupos imobiliários que atuam com foco nesse tipo de situação.
Em geral, o especulador imobiliário, seja ele um indivíduo ou uma empresa, investe em áreas com potencial de valorização.
A especulação imobiliária é mais comum em áreas urbanas, especialmente aquelas que recebem investimentos em infraestrutura ou estão próximas de pontos turísticos ou estratégicos, como centros comerciais.
Diferenças entre investimento imobiliário e especulação imobiliária
Quando falamos em especulação imobiliária, pode haver confusão sobre o que é especulação imobiliária e o que é o investimento imobiliário, já que os dois conceitos têm finalidades parecidas em alguns pontos. No entanto, ela é diferente do investimento em imóveis.
A principal diferença está no objetivo e cronograma do investimento.
O investidor imobiliário é aquele que adquire um bem imóvel para lucrar com o aluguel do empreendimento, vendê-lo futuramente ou gerar uma renda passiva através de aplicações financeiras associadas ao imóvel, como fundos de investimento.
Já o especulador imobiliário investe na compra de um empreendimento para revendê-lo por um valor mais elevado, com o objetivo de obter lucro no curto ou médio prazo, sem finalidade de uso do imóvel para moradia própria ou locação, por exemplo.
A regulamentação legal também é uma diferença entre investimento e especulação imobiliária. O investimento imobiliário é regulamentado, enquanto a especulação é uma prática não regulamentada e inclusive desencorajada em muitos casos.
O risco do investimento também é um diferencial. Enquanto os investimentos imobiliários tendem a ter risco moderado, a especulação é um movimento de alto risco, visto que o especulador pode investir em uma área com potencial de expansão, mas sem um planejamento de ocupação daquelas unidades de moradia, visando apenas o lucro no curto prazo.
Exemplos
Para entender melhor como esse conceito se aplica na prática do mercado imobiliário, vamos a alguns exemplos:
- Compra e revenda de imóveis em área em desenvolvimento: essa é a forma mais comum de especulação imobiliária, quando um comprador adquire imóveis ou terrenos em áreas em desenvolvimento econômico e de infraestrutura. Ao adquirir imóveis na região, o especulador aposta na sua valorização graças ao valor agregado da região. Desta forma, poderá revender o imóvel por altos preços mais rapidamente.
- Compra de vários imóveis: a compra de imóveis em massa também é um exemplo de especulação imobiliária. Uma empresa ou investidor adquirem uma grande quantidade de imóveis em determinado local, elevando o preço das propriedades da região.
- Compra de imóveis financiados: outro exemplo de especulação imobiliária é a aquisição de imóveis financiados para revenda. Esse formato permite que o especulador adquira os imóveis que pretende revender por valores elevados mesmo que não tenha o valor integral da propriedade no ato da compra. O risco de inadimplência aqui é alto, já que o investidor não tem capital para este investimento e nem garantia de retorno com a especulação.
Riscos e vantagens
De modo geral, a única vantagem da especulação imobiliária é a movimentação da economia com a construção, compra e venda de imóveis, pois estimula a geração de empregos.
No entanto, essa prática representa riscos significativos não só para o mercado imobiliário como para as políticas de habitação da sociedade como um todo.
O principal risco é que com a elevação dos preços de empreendimentos imobiliários que resulta dessa prática, o acesso à moradia fica mais restrito.
Pessoas de baixa renda, por exemplo, são impactadas com a especulação imobiliária que, em geral, não prevê o acesso à moradia, apenas maior lucro em menos tempo. Esse é um ponto que inclusive deu origem a movimentos sociais que investem esforços em combater a especulação imobiliária para defender o direito à moradia previsto na Constituição Federal.
Outro risco que a especulação imobiliária apresenta é a inadimplência. Especialmente em casos de investidores que usam o financiamento como forma de adquirir imóveis para revenda por preços maiores, a falta de garantia de retorno pode fazer com que a dívida do financiamento não seja quitada.
Além de ser um movimento de alto risco, a especulação imobiliária também não é um tipo de investimento regulamentado por lei, o que coloca essa prática em uma “zona cinzenta” de regulamentações e segurança jurídica.
A vacância de imóveis também é um risco que advém da especulação imobiliária, já que os imóveis adquiridos ou construídos em massa em regiões que estão em desenvolvimento não têm garantia de ocupação. Mudanças econômicas e outras eventualidades podem impactar a ocupação daquele imóvel que foi projetado para ser comercializado por determinado valor.
Em resumo, a especulação imobiliária pode representar um risco para a dinâmica do mercado e o crescimento urbano das cidades.
Você, corretor de imóveis, já entende esse tema e seus impactos no mercado de moradias? Comente!
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