Tecnologia e o mercado imobiliário: entenda a visão da futurista Martha Gabriel
Investir em tecnologia na sua empresa é a solução para não ficar obsoleto no mercado. Essa foi a mensagem de Martha Gabriel, uma das principais pensadoras digitais do Brasil, para o público da sexta edição do Conecta Imobi. E não dá para falar sobre tecnologia sem abordar também transformação digital, robôs, inteligência artificial e o impacto disso tudo na sua imobiliária.
Por que o mercado imobiliário precisa falar sobre transformação digital?
Toda empresa que existe hoje foi programada, organizada e aprendeu a fazer negócios para o mercado analógico, que é o do passado. Com o digital, isso está mudando constantemente e de forma drástica há pelo menos 20 anos. Atualmente tanto as pessoas quanto os players do mercado são digitais.
Ou seja, o modelo muito bem feito desde o século passado não está funcionando mais. Então o que é necessário para a transformação digital? Pegar empresas que não estão adequadas ao atual cenário, que muda constantemente, e transformá-las em negócios alinhados com o digital.
Como tudo muda muito rápido, é preciso ficar atento para se atualizar o tempo inteiro. É com essa dinâmica que as empresas vão começar a enxergar resultados no novo cenário que vivemos. A tecnologia está intrínseca a todo esse movimento.
Tecnologias para o mercado imobiliário ficar atento
Uma análise feita no século passado mostrou que a partir do ano 1 da era cristã, o conhecimento do mundo levou 1500 anos para dobrar. Na segunda vez, dobrou em 250 anos. Demorava para dobrar 100 anos no início do século passado. Na Segunda Guerra Mundial, 25 anos. Hoje está dobrando todo dia.
A única maneira de dar conta desse volume é com tecnologia, que muda cada vez mais rápido. As tecnologias que atualmente estão influenciando o mundo são as seguintes:
- Inteligência Artificial
- Internet das Coisas (IoT)
- Big Data
- Blockchain
- Robótica
- Nanotecnologia
- Impressão 3D
Uma das grandes revoluções para o mercado imobiliário é a realidade aumentada. Por exemplo, é possível apresentar um imóvel para a pessoa sem ela ter que se deslocar para o local, evitando assim o trânsito. É uma forma de agregar valor.
Robôs no mercado
Não adianta brigar com robôs no ambiente de trabalho. O desafio hoje é pegar cada coisa que fazemos e questionar se pode ser automatizada. Se sim, automatizamos o processo com tecnologia e fazemos uma atividade que humano faz. O ser humano precisa ir para cima da cadeia.
Quem está se beneficiando desse cenário? Aqueles que usam essa dinâmica como vantagem competitiva para melhorar o negócio. O que precisamos é sair preparados para fazer o que a gente tem que fazer e deixar as máquinas trabalhando no que elas são boas. Não adianta querer mudar as coisas lutando contra elas. Seria necessário construir um modelo novo que torne o atual obsoleto.
Foi o que aconteceu com todo mundo que usou tecnologia e passou para um novo patamar. A Apple é um exemplo. Ao invés de brigar com a pirataria, procurou o valor, começou a vender música uma a uma e fez o iTunes e o iPod. A empresa se tornou a maior vendedora de música do planeta. Agora o Spotify apresenta um novo modelo. Descobriu que as pessoas gostam de usar a inteligência artifical para fazer descobertas.
O último estudo que o Fórum Econômico Mundial publicou prevê que 2060 é o ano que os robôs, a inteligência artificial e as máquinas vão fazer tudo que o ser humano faz. Cada vez mais as máquinas vão fazer mais coisas. “O ser humano tem que fazer com elas se não quiser ser substituído por elas”, afirma Martha Gabriel.
Robôs não substituem humanos, mas sim atividades.
Temos que usar a tecnologia para ampliar ainda mais a nossa competência. Os robôs não substituem humanos, mas sim atividades. Não substituem as profissões, porém mudam elas. Algumas atividades já não são mais para humanos. São para as máquinas. Outras atividades são só para humanos e o foco tem que estar nelas:
- Pensamento crítico
- Resolução de problemas complexos
- Emoção
A tecnologia ajuda a ter a melhor experiência e o lado humano também. A melhor experiência é pensar na necessidade do outro, afinal as pessoas não compram produtos e serviços. Elas compram experiência. Ninguém compra um apartamento, mas uma casa, um lar, um escritório, um lugar para viver, um lugar para investir. Tudo tem um significado por trás.
Um dos desafios para oferecer experiência é saber o que a pessoa quer e onde ela está na jornada do consumidor. Dez em dez pessoas procuram primeiro na internet para depois seguir para outras fases. Quem entende da jornada tem dados e sabe o que fazer.
Atualmente 41% das empresas não têm estratégia de relacionamento clara com o cliente no meio digital. Como consequência, perdem dados que dão a eficiência e a experiência. Por fim, se você quiser alinhar a empresa ao mercado é necessário fazer a transformação digital do negócio e das pessoas que estão nele.
Clique aqui e assista ao vídeo oficial da 6ª edição do Conecta Imobi e prepare-se para viver uma nova experiência em 2020!
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