Pesquisa DataZAP+ revela o que consumidores desejam em um imóvel ideal
Perfil dos clientes se mostra importante para traçar a jornada de busca de um imóvel
A pandemia mudou, repentinamente, os hábitos da sociedade, seja sobre as relações pessoais, de trabalho e também à moradia. Com o isolamento social e o home office, a casa deixou de ser um local de passagem para muitos para se tornar o espaço que se passa a maior parte do tempo – se não o tempo integral. Uma pesquisa revelou os desejos dos consumidores na busca pelo imóvel ideal e apontou as tendências do mercado imobiliário. Os dados do levantamento realizado por DataZAP+ foram divulgados em palestra do Conecta Imobi 2021.
O primeiro ponto é sobre o perfil do comprador. “Quanto mais a gente descobre sobre o perfil, mais oportunidades gera”, ressaltou Taiane Amâncio, coordenadora de Inteligência de Mercado na OLX. Segundo a pesquisa, o público feminino se destacou em participação na jornada de busca pelo imóvel, com 56% sobre 43% do público masculino. Em relação à geração, foram os mais velhos que se destacaram na procura, com 53%. “Entre os millenials, dois a cada 10 entrevistados mostraram interesse”.
O estado civil também é fator determinante. O perfil mais apontado são casados ou com união estável e os que são pais e mães. Um dado curioso é que 67% dos consumidores apontaram que têm ou pretendem ter um pet, sendo cachorro e gato os mais presentes.
O perfil também indica que 71% dos consumidores trabalham. “Um terço dos entrevistados tem renda acima de 10 salários mínimos, principalmente nas capitais, mas o perfil médio aponta para clientes que fazem ou podem fazer Home Office e que têm renda média de oito salários mínimos”, detalha Taiane.
A pandemia, apesar de ter influenciado na procura, não foi determinante para iniciar a jornada, afinal de contas, 70% dos consumidores já planejavam a compra antes. Além disso, os clientes não demonstraram grande interesse em mudanças mais bruscas. “A pesquisa mostrou que 73% buscam imóveis na mesma cidade que vivem e 44% disseram que pretendem mudar de bairro, sendo uma resposta mais comum entre solteiros, sem filhos, que trabalham e não fazem Home Office”, explica a coordenadora.
O cenário também mostrou que os clientes estão mais conservadores em relação a comprar imóveis para investimento, já que 6% apontaram essa finalidade enquanto 94% disseram que seria para moradia própria. A principal preferência é por apartamentos, com 42%, seguido por 25% por casa. “As pessoas com renda mais elevada preferem apartamentos. A busca por casa de rua é, sobretudo, o público com renda de até quatro salários mínimos, que mora fora das capitais e tem filhos. Já as casas em condomínios são mais procuradas por casados, que podem fazer Home Office e têm renda mais alta”, indica Taiane.
Em relação a valores, um em cada quatro consumidores apontou a busca por imóveis entre R$ 300 mil e R$ 499 mil. Já sobre os tamanhos, os acima de 70 metros quadrados foram os mais buscados. “No total, 51% indicaram a procura por imóveis medianos, enquanto o público mais jovem busca menores”, ressalta ela.
Entre as variáveis de mudança, houve uma queda na preferência de lugares menores. Segundo Taiane, são pessoas que já tiveram experiência de vivência neles e o comportamento se altera para imóveis médios ou grandes. “Isso abre uma demanda para quem está apto a morar sozinho e busca imóveis menores”, sugere. Imóveis com dois ou três quartos estão entre os preferidos, apontados por 84%.
Uma curiosidade é que dois pontos se mostram relevantes. O primeiro é que a suíte é um diferencial importante, já que 61% revelaram que buscam um imóvel com uma suíte. As vagas de garagem são quase essenciais e 95% desejam que o imóvel tenha.
Estar perto de vias de acesso foi o ponto principal sobre localização, com 44%, principalmente para trabalhadores ativos. Já solteiros mencionaram a proximidade de shoppings, cinemas, teatros e museus. A praia é a preferência de quem não trabalha.
Entre os serviços, os clientes não abrem mão de ter supermercados, padarias e açougues por perto. Já na área social e de lazer, quatro itens são fundamentais: churrasqueira, piscina externa, academia e salão de festas. “Mensageira e delivery room são importantes para quem faz Home Office e o depósito, para moradores com renda mais elevada. Espaço beauty, lavanderia compartilhada, sauna e cinema, para solteiros”, afirma Taiane.
A preocupação com o meio ambiente também é importante, com o reaproveitamento da água como principal para gerações mais velhas. A energia limpa é apontada por quem busca apartamento padrão. Bioarquitetura, biodiversidade e iluminação natural por quem faz Home Office.
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Em termos de estrutura tecnológica, destaque para isolamento acústico, principalmente entre quem não têm filhos. O Wifi predomina entre quem faz Home Office. Já entre o conceito de moraria, 46% considerariam morar em bairros planejados, principalmente quem faz Home Office, solteiros e não têm filhos.
Confira essa e outras palestras do evento Conecta Imobi 2021 aqui no blog.
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